VELHO CAMBURÃO
Parece peça de museu, ele fica encostado, estacionado, sujo e enferrujado num canto da Delegacia, ou num tereno baldio abandonado como uma lata velha que o tempo esqueceu. Quantas corridas, quantas rondas, quanto trabalho, quantas viagens, quantas prisões junto com outros camburões. São muitas histórias, ajudou a prender e transportar muita gente, literalmente ajudou a limpar a cidade, mas agora está sozinho abandonado num canto. É uma peça velha, inútil e imprestável, mas já foi muito útil e já ajudou a salvar a vida de muita gente tirando da rua um perigoso delinquente. É o velho camburão preto e branco que já subiu ladeiras e desceu barranco e até atravessou rios de correnteza com sua nobreza em sua missão. Quando olho e penso me lembro de sua buzina, sua sirene anunciando que estava em missão, no seu árduo trabalho pedindo passagem. Ainda vejo a sua imagem, ainda sinto bater o coração quando me lembro do velho camburão.
(26-10-2019)
Parece peça de museu, ele fica encostado, estacionado, sujo e enferrujado num canto da Delegacia, ou num tereno baldio abandonado como uma lata velha que o tempo esqueceu. Quantas corridas, quantas rondas, quanto trabalho, quantas viagens, quantas prisões junto com outros camburões. São muitas histórias, ajudou a prender e transportar muita gente, literalmente ajudou a limpar a cidade, mas agora está sozinho abandonado num canto. É uma peça velha, inútil e imprestável, mas já foi muito útil e já ajudou a salvar a vida de muita gente tirando da rua um perigoso delinquente. É o velho camburão preto e branco que já subiu ladeiras e desceu barranco e até atravessou rios de correnteza com sua nobreza em sua missão. Quando olho e penso me lembro de sua buzina, sua sirene anunciando que estava em missão, no seu árduo trabalho pedindo passagem. Ainda vejo a sua imagem, ainda sinto bater o coração quando me lembro do velho camburão.
(26-10-2019)
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