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Mostrando postagens de novembro 1, 2015
A NOSSA MÚSICA Quando tocar nossa música, quando eu ouvir o seu som, a ouvirei concentrado com o meu radio ligado nesse momento tão bom. Quando eu ouvir o estribilho bem assim teimosamente, lembrarei de nossos sonhos, dos momentos mais risonhos que marcaram tanto a gente. Quando ouvir nossa música, quando a flor enfim se abrir, lembrarei do nosso amor, que se abriu igual a flor antes de você partir. Mas o tempo está presente e a vida continua. Nossa música no ar me fará de ti lembrar enquanto o verso flutua. Quando tocar nossa música, quando o seu som eu ouvir, estarei feliz pensando, com saudade relembrando seu jeitinho de sorrir. Cícero Alvernaz (autor) 06-11-2015.
LEVEZA Paira como pluma levemente sob o céu, voa como espuma, transparente como um véu. Se reveste de beleza, tão macia, transparente, nunca vi tanta leveza, a pairar tão livremente. Baila ao vento seus cabelos como quem quer ir além, e eu fico assim a vê-los, sorrindo bailo também. Me encanto co'a beleza que emerge do seu rosto, nunca vi tanta leveza, nunca senti tanto gosto. Cícero Alvernaz (autor) 04-11-2015.
A CAMINHO DE CASA A caminho de casa, amável regresso, quisera ter asa, não tenho, confesso. É grande a distância, o tempo não passa, Dá medo, da ânsia, o sonho me abraça. A caminho do lar, buscando meu ninho, quisera voar, mas não sou passarinho. Pareço um menino atrás de um brinquedo, no meu desatino sou mero arremedo. A caminho de casa não vejo a hora, meu peito abrasa, o tempo evapora. Cícero Alvernaz (autor) 03-11-2015,
O VENTO Beija as folhas sussurrando e se vai bem a contento, ninguém vê, mas sente o vento, suas asas, seu momento, Sua força, seu cantar, seu carinho, seu intento, lá se vai o amigo vento pelos campos a bailar. Vai levando com seu jeito folhas secas, palha e pó, vai levando amor desfeito, leva tudo, não tem dó. Derrubando até casebres, espantando passarinhos, com seu braço, sua febre, sua fala, seu jeitinho. Atravessa a campina, e alguém pede socorro, esta é a sua sina, salta o rio, sobe o morro. Lá vai ele sibilando, assoprando pelo vale, não há nada que o cale quando ele está falando. Vai o vento, vai a vida, o sorriso, vai a flor, tudo segue o seu caminho, mas fica sempre um carinho no peito de quem tem amor. Cícero Alvernaz (autor) 03-11-2015,
NÃO DEVIA SER ASSIM, MAS É Não devia ser assim, mas é. Não podia ser assim, mas é. Não queria que fosse assim, mas é... Só me resta aceitar com amor e muita fé. Certas coisas não podemos consertar. Pois se sempre foi assim, assim será. Este mundo é assim com seu jeito e seu defeito, não sou eu que nisto agora vai dar jeito. No País devia ter educação, moradia, alimentos, tudo à disposição. Ter remédio para o povo, ter divertimento a gosto, mas aqui o que tem muito é imposto. Na verdade, tudo é caro e não tem explicação. Tudo sobe todo dia - como sobe a inflação! Todo mundo é enganado, um governo sem ação, e a gente é roubado sem nenhuma reação. O Congresso rouba, engana, se apodera do dinheiro. se enriquece de propina de um jeito bem ligeiro. Os políticos enganam de uma forma descarada e aumentam seus salários, para nós não fazem nada. Não devia ser assim, mas é. Não podia ser assim, mas é. Não queria que fosse assim, mas é. Só me resta la
PIPOCA Pula na panela e pula fora dela quando estoura, quando esquenta, pula pula pula pula que até se arrebenta, quando aquece não aguenta ficar dentro da panela e pula pra fora dela. Tem gente que ama pipoca quando assiste um filminho, fica mais quente a cena bem juntinhos no cinema e até mesmo no sofá. Alguma coisa provoca, tem um clima de romance, com o cheiro da pipoca pode até pintar um lance. Não sei se isto é verdade, mas é o que todos dizem e até fazem questão. A pipoca estourando o cheiro vai se espalhando, aflorando a paixão. No escurinho do cinema independente do tema sem pipoca não dá não. Cícero Alvernaz (autor) 02-11-2015.
NINGUÉM ME ENCONTROU Ouvi o chamado de alguém, não sei quem, mas eu me escondi. Tapei meus ouvidos, calei minha voz, segurei meus gemidos, me silenciei. Fiquei escondido do mundo, de tudo, calado e mudo, ninguém me encontrou. E muitos passaram bem perto de mim, pararam, sentaram, e até comentaram, mas não me encontraram. O vento passou, a lua chegou, do céu me avistou, sorriu e brilhou. Os grilos cantaram na noite de estrelas, eu não pude vê-las, mas pude senti-las. Os homens se foram com sua maldade trincando os dentes de raiva, de ódio. Fiquei escondido, do mundo, de tudo, calado e mudo, ninguém me encontrou. Cícero Alvernaz (autor) 01-11-2015.
RENDIDO Você se apossa, me roça, me instiga, alvoroça, me suga, me espreme, e geme, arranha, me assanha... Você me aperta, desperta, me vira, conspira, me torce, desvira, se entrega e me tira do sério, mistério... Você me amassa, me passa, sacode, explode, me tenta, me estica, depois não explica porque tanto mexe. Você me tonteia, bambeia, me faz seu escravo, eu não fico bravo, mas gosto, aposto, me entrego sem medo. Não sei seu segredo, mas sei que me excita, esquenta, palpita, me deixa perdido, sem dó, atrevido, de amor preenchido. É tanta doçura, que leva às alturas, me deixa rendido. Cícero Alvernaz (autor) 01-11-2015.