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Mostrando postagens de julho 27, 2014
AGOSTO Cai a fuligem Em forma de cinza Sujando a roupa no varal. A lavadeira xinga e reclama, Achando que tudo vai mal. Depois vem a poeira Trazida pelo vento, Espalha tudo e suja ainda mais. Não adianta xingar A cinza, o vento, o tempo... Não adianta xingar. O rádio ligado Traz de longe notícias ruins. Também traz músicas, Horóscopos e afins. Não adianta o rádio desligar, Pois é agosto e nada vai mudar. A lavadeira sonha, Apesar da cinza e do sol. O rádio ligado é apenas Um som distante a vagar. O mundo ao redor é todo cinza. Estamos em agosto, Não adianta reclamar. (Cícero Alvernaz) Membro da Academia Guaçuana de Letras
Uma pergunta que vai me acompanhar por toda a vida: será que existe algum político que não seja safado? Quanto ao eleitor, na maioria das vezes, ele é enganado. Afinal, são tantas promessas que fica difícil não acreditar em pelo menos uma. (Cícero Alvernaz).
CACHORRO E GATA Quando te chamo de gata você me chama de cachorro. Um cãozinho vira lata, que vive pedindo socorro. Quando me chamas de gato não te chamo de cachorra. Sou cachorro, mas não lato, mesmo que você corra. Vivemos nesta toada como cachorro e gato. Não temos medo de nada na cidade ou no mato. Cachorro, gato e gata, é mui grande a confusão! Este enredo me arrebata e ás vezes me joga no chão. Quando te chamo de gata você gosta, eu entendo... Temos amor na medida exata, e a gente assim vai vivendo. Cícero Alvernaz (autor), 02-08-2014.
GALO GAÚCHO O Galo é um luxo, de craques é um celeiro, com Ronaldinho Gaúcho correu e chegou primeiro. Foi campeão da Liberta, também campeão mineiro, campeão na hora certa, pois de craques é celeiro. Foi campeão da Recopa em cima de um argentino. O Galo qualquer briga topa e sempre joga o fino. Se tornou um Galo Gaúcho, também um Galo mineiro, O nosso Galo é um luxo, e canta em qualquer terreiro. Ronaldinho foi embora e deixou muita saudade, ficamos órfãos agora deste craque de verdade. Cícero Alvernaz (autor), 29-07-2014.
CADEIRA DO DENTISTA Na verdade, não é uma cadeira: é mais um local onde se deita e aproveita o momento para refletir, é como se fosse um divã. Mas também não é isto. É um local de sofrimento antecipado, sofrimento mais psicológico do que físico. Nesta cadeira, a gente descobre o que realmente é ser paciente. Paciente, concentrado e disposto a fazer o que o doutor pedir. Não conheço cadeira mais dura e mais incômoda. Tem que relaxar, mas quem consegue? Fechar os olhos e imaginar algo bom, se sentir distante num lugar bem arborizado, lindo e perfumado... Mas isto é impossível, pois a posição e a situação incômoda não permite. A primeira vez que fiz tratamento dentário, eu tinha uns 13 anos, quando terminou o tratamento, o dentista, Dr Alcindo, me perguntou: do que você mais gostou? Eu respondi (com ironia): do motorzinho. Foi a primeira vez na vida que eu disse uma frase irônica, e não parei mais. Não é fácil fazer tratamento dentário. Pior é quando o dentista fica conversando com a ge