SAUDADE Saudade: ausência presente, Dor gostosa, diferente, Pedaço de sonho no ar. Estranho sentimento que aparece, E vem sem avisar, e acontece, E de repente vem para ficar. Saudade: misto de dor e ternura, Paradoxal criatura Que não consigo entender. Saudade: ausência presente, Musa inconveniente Que inspira sem querer. Saudade: busca sentida, Companheira dividida Entre dois mundos, dois
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Mostrando postagens de maio 11, 2014
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NA ROÇA A roça é outro mundo Mais extenso, mais profundo, Recheado de carinho. O menino na estrada É poesia encantada, Caminha feliz e sozinho. Lá tem rios e montanhas E tem belezas tamanhas Que nem consigo contar. Lá o mundo é espaçoso, Colorido e formoso, É gostoso passear. Lá tem a roça de milho, A mãe levando o filho Bem cedinho pra escola. Um bando de passarinhos Vão cantando alegrinhos, E o homem se consola. A roça tem o seu jeito, Lá quase tudo é perfeito, Tudo passa devagar. O homem celebra a terra, Lá não se fala em guerra, Não é preciso brigar. O trabalho é a meta Do avô, também da neta, Dos filhos e de seus pais. Lá a terra é lavrada, Lá se usa a enxada, São unidos os casais. A roça é diferente, Tudo é simples e contente, Sem luxo, sem desperdício. Lá o povo se entende, Vive junto, não se ofende, Não tem lugar para o vício. Cícero Alvernaz (autor), 14-05-2014.
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MAIO Maio: mês das mães, mês das noivas, mês da canção, mês da inflação, mês do limão, mês da contramão, mês da poluição, mês da farra, mês da gambiarra, mês da saudade, mês da leviandade, mês da incapacidade, mês do frio, mês do estio, mês das flores, mês dos amores, mês dos tremores, mês da fofoca, mês da pipoca, mês do quentão, mês da farofa, mês da galhofa, mês da confusão. Maio: mês do desmaio, mês do trabalho. Valeu a intenção! Cícero Alvernaz (autor), 13-05-2014.
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O VELHO CARRO DE BOIS Pela estrada vem cantando O velho carro de bois. O seu canto traz saudades De um tempo que se foi. Doze bois o vem puxando Lentamente e cansados, Na subida eles choram Pois o carro está pesado. O carreiro o conduz Pelas curvas do estradão, Suas rodas vão cantando Deixando marcas no chão. Ele canta carregado Sua mística canção, Transportando a riqueza Produzida no sertão. O velho carro de bois Tem histórias pra contar:
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O QUE É POESIA Poesia é gesto, encontro, Sorriso, canção. É olhar, fixar, desejar, E deixar se encher De pura emoção. Poesia é momento, paixão, Aceno de mão. Poesia é verso, poema, Beleza extrema. É noite, é dia, Prazer, alegria, No meu coração. Poesia é sussurro, Balido, gemido, É tudo que vem, Nos acena e vai. Uma chuva, um sol, Uma gota que cai. Poesia é flor, é amor, É lance, nuance, romance, Um jeito de ser. Poesia é calma Que alegra a alma E faz renascer.
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ELE VEIO Ele veio pequenino e nasceu humildezinho Num lugar tão pobrezinho entre as palhas de um curral. Animais o bafejaram e dele todos cuidaram Naquela noite distante, naquele distante Natal. Ele veio tão somente pra cumprir sua missão, Veio á terra, humilhou-se, pra nos dar a redenção. Ele veio tão humilde, um menino pequenino, Deus eterno encarnado, o autor da salvação. Ele foi anunciado, pelos anjos foi saudado, E também foi adorado pelos humildes pastores. Na pequena manjedoura, eis a criança dormindo! “Glórias a Deus nas alturas!”, os anjos lhe deram louvores. Ele veio qual presente pra remir a humanidade Deus eterno se fez homem por amor á criação. Seus pais, Maria e José, cheios de amor e de fé Seguraram-no em seus braços com intensa emoção. Ele veio, está conosco, pois assim nos p