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Mostrando postagens de dezembro 14, 2014
VIDA DE GADO Zé Ramalho compôs a música "Vida de gado" nos anos 80, mas a mesma continua atual e ainda serve de estudos para muitos pesquisadores e observadores. É só ler e analisar a letra desta magnífica obra do cantor e compositor nordestino. O refrão diz:"Eh, ôô, vida de gado/ Povo marcado, ê/ Povo feliz". Lendo a letra e pensando na música pensei também na marcação de gado que vi quando eu era criança no interior de Minas. Ficava com dó dos animais que eram marcados a ferro quente e ficava imaginando o sofrimento deles. Depois conheci a música do Zé Ramalho entendi a metáfora, e hoje vejo a realidade do "povo marcado, ê, povo feliz". O povo é feliz, apesar de tudo, pois se contenta com pouco. Muitas vezes um "Bolsa Família" compra a consciência do povo. Não sabe ele, povo, que está sendo marcado com ferro quente e depois irá para o matadouro sem direito a nada. Povo marcado, enganado, anestesiado e comprado numa negociata que envolve o que
PAPAI NOEL Figura tão imponente, aclamado pelas gentes, herói de tantos natais. É amigo das crianças, para muitos, impostor, mas ele tem seu valor e leva consigo o amor em suas longas andanças. Papai Noel ilusório e sempre contraditório, mas amado e venerado. Ele faz parte da história, sem ele não há Natal, falem bem ou falem mal, neste mundo desigual todos o tem na memória. Desde os tempos de criança sempre tive esperança, sonhei com Papai Noel, mas fiquei decepcionado, me senti tão enganado depois que o conheci. Ele não me atendeu e não deu o que eu pedi. Pedi paz, pedi carinho, mas continuei sozinho e vi o mundo em guerra. Eu nunca pedi presente, nem mesmo prosperidade. Eu, tão ingênua criança, pedi paz e esperança, mas hoje eu vejo a maldade. Cícero Alvernaz (autor), 18-12-2014.
RELÓGIO DE PAREDE Na parede do quarto, da sala e da cozinha contando as horas... É mais que um relógio: é decoração, saudade, história, amor e emoção. O seu tic tac é música lenta que o tempo ouviu. Não para um segundo e sempre trabalha sereno e sutil. Os seus três ponteiros perseguem o tempo e marcam as horas. Assim se comporta e nunca se importa se alguém ri ou chora. O velho relógio tem sua importância, e tem relevância. Na parede do quarto me lembra saudoso os tempos da infância. Cícero Alvernaz (autor), 16-12-2014.
PERNILONGO Ele também é chamado de mosquitinho, mosquito, muriçoca. O nome não interessa, não muda nada. O que conta aqui é a ação deste "musquitin" que tem um "ferrãozin" terrível. Quando ele chega de mansinho e pousa, sem a gente perceber, o mal já está quase feito. De repente ele enfia o seu ferrão e introduz o seu veneno, e ao mesmo tempo ele retira algumas gotas de nosso precioso sangue. Pronto, está feita a desgraça! Em pouco tempo começa a coçar, doer e a inchar, forma vergões em volta e quanto mais coçamos é pior. A gente passa álcool, mas pouco resolve, enquanto não passa o efeito do veneno, não sara. E ás vezes nem dá tempo de sarar e vem outro e aplica uma segunda dose. Eu adoro matar pernilongos, com tapas ou de qualquer outra forma. É a minha vingança. Colocar veneno nem sempre adianta, pois muitos já assimilaram o veneno, e parece que até gostam. O certo é matar mesmo, mas ás vezes é difícil pegá-los. Além dos pernilongos, tem muitos outros "ins