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Mostrando postagens de fevereiro 28, 2016
PARA QUE SERVE UM VEREADOR?             Estamos num ano eleitoral e os pré-candidatos já estão se mexendo e se articulando com vistas ao pleito. Teremos vários candidatos a prefeito, acredito que em torno de seis e centenas de candidatos a vereador para compor a Câmara Municipal que tem 11 ocupantes. Diante desta realidade, eu estive pensando e analisando o contexto de uma eleição e o trabalho dos eleitos a partir de 1º de janeiro de 2017.             Sempre gostei de escrever sobre este assunto e conversar com pessoas ligadas à política partidária e colhi algumas “confissões” que julgo preciosas, pois mostram a realidade que vivemos e o engano no qual estamos - o dinheiro que gastamos com políticos e afins. A pergunta que soa e não quer se calar é: para que serve um vereador? O trabalho do vereador basicamente é legislar, fiscalizar o executivo e atender as reivindicações do povo. Isto na teoria, mas o que será que eles fazem na prática para justificar o alto salário que ganham
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CONFIDÊNCIAS DE UMA RUA Dizem que eu sou uma rua morta, uma viela perdida em um bairro pobre sem luxo e sem pretensão. Dizem sim, mas não é verdade! Sou cheia de vida e tenho muito pra contar. Tem muitas histórias e fatos diversos que aqui ocorreram e minha memória guardou e gravou. Sou formada por algumas dezenas de casas onde vivem muitas pessoas as quais fazem do seu dia a dia uma rotina cansativa, às vezes engraçada, mas sempre sofrida e cheia de carências. Da criança em idade escolar ao idoso aposentado vejo todos os dias essa população lutando com a vida e buscando um mínimo de dignidade e de independência. Vejo o morador desempregado, às vezes triste. mas nunca desanimado. Vejo a chegada do leiteiro, do carteiro, do padeiro e dos vendedores ambulantes. Vejo também os "pregadores" que batem de porta em porta. Enfim, estou sempre espionando o cotidiano das pessoas que formam este mundo particular e muito especial. Por mim passam carros e pessoas, além de
CRUEL IRONIA É inútil falar de paz, criar slogans, cartazes, faixas e espalhar pela cidade. É inútil falar de paz quando se vive uma outra realidade. É inútil fazer tratados, correr o mundo, visitar países e marcar reuniões. É inútil falar de paz quando muitos fabricam canhões. É inútil chorar pela criança que morre na Iugoslávia, ou em outro País, quando tantas morrem por esses brasis. É inútil falar de paz quando se tem nas mãos escopetas e fuzis. Chega de retóricas e palavras lindas! Chega de hipocrisia! É inútil falar de paz quando se semeia ódio, quando não se cuida da família. Cícero Alvernaz (autor) 22-04-1999.
VERDE-AMARELO Verde-amarelo sempre foi a cor do meu suor, a cor do meu sangue, a cor dos meus olhos, a cor dos meus sonhos, a cor do meu sorriso. Quiseram mudar essa cor, quiseram mudar a cor do meu sangue, quiseram mudar a cor da esperança, a cor do meu País, meu sonho de criança. Verde-amarelo simboliza um elo, uma corrente forte que não pode se romper. Tentaram mudar essa cor, se vestiram de vermelho, se olharam no espelho com ódio e com rancor. As cores que eu amo e vejo na minha Bandeira: verde, amarelo, azul e branco simbolizando o País que eu cantava feliz no meu tempo de Escola. Alguém veio e trocou talvez por ignorância e com muita arrogância. Meu coração chorou. Cícero Alvernaz (autor), 04-03-2016.
DESORDENADO Meio desordenado, com cara de magoado como se algo lhe fora negado, todo assim desajeitado caminha ele cansado, mas ninguém sabe ao certo nem conhece o seu estado. No tempo, no espaço perdido, como um animal ferido, caminhando esquecido, ei-lo assim sem sentido. Tentei perguntar o motivo de ele estar tão esquivo, mas nada foi dito ou ouvido. Deixei pra, lá por enquanto, "cada um chora o seu tanto", deve ser coisa qualquer. Pensei, mas não me contive, a gente sofre e vive, mas uma ideia eu tive: "nesta coisa tem mulher". Cícero Alvernaz, (autor) 03-03-2016.
FILHO PRÓDIGO Saía para não mais voltar, mas voltava para não mais sair. Quando eu era criança fazia muito isto: ia até à próxima curva, depois olhava pra trás, pensava na mãe, pensava na cabrita, pensava nas galinhas e voltava meio escondido, todo desenxavido. Mas eu era bem recebido como um filho pródigo, alguém que ama a casa e ama os pais, apesar dos desentendimentos. Eu voltava melhor, mais leve, mais comportado e meu pai me olhava de lado com o coração cheio de carinho. Eu sabia que ele me amava, pois seu olhar me falava. Cícero Alvernaz (autor) 03-03-2016.
AMOR, ESTRANHO AMOR Amor, estranho amor, que ás vezes aparece ferindo-me no peito assim tão de repente. Amor inesperado que quase me enlouquece e faz-me tão tristonho e faz-me tão contente... Amor, estranho amor, em formas variadas, em cores matizadas, em sons tão envolventes. Perfume mais suave ao longo das estradas, impregnando tudo assim suavemente... Amor que me sugere ás vezes mil loucuras, me leva em seus braços e faz-me suspirar... Me prende e me vence com suas armaduras fazendo-me sorrir, fazendo-me chorar... Amor, estranho amor, agreste, invencível, que vem tão de repente ferindo-me no peito. Amor desordenado, amor tão insensível, que vem sem avisar impondo-me seu jeito. Cícero Alvernaz (autor) 
IMAGINAÇÃO Da minha janela eu vejo lá longe alguém que vem vindo num passo cansado, eu vejo o passado, eu vejo o presente, na alma da gente que vai e que vem. Da minha janela eu vejo os campos, lá longe distantes perderam no tempo, um mundo contemplo de sonhos e dores, de risos e amores que vai e que vem. Da minha janela eu vejo crianças sorrindo contentes, eu vejo sem ver um filho nascer... Da minha janela eu vejo a donzela que vai e que vem. Cícero Alvernaz (autor) 08-11-1988.
A AMIGA QUE VEIO DO CÉU Ela veio de manhã e nos acordou com a sua presença festiva e singular. Ouvimos o seu barulho, pressentimos a sua aproximação e ficamos felizes com a sua chegada que já era esperada com muita ansiedade. Que bom que ela veio! É bom sentir a sua presença e deixa-la nos envolver e nos lavar a alma e nos renovar. Sentimos a sua falta durante a sua ausência temporária. Não pensávamos que ela fosse demorar tanto e contávamos os minutos para podermos finalment e revê-la. Quantos dias ficamos à sua espera olhando o céu e a distância que se perdia na curva da estrada. De repente ela veio de manhã e nos acordou. Bateu em nossa porta com insistência como a dizer: estou aqui, cheguei! O sorriso veio no vento e nas folhas que se desprendiam e voavam. Um cheiro de terra e erva molhada invadiu o ar que ficou mais leve e mais puro. As flores sorriam e cantavam cheias de vida, plenas de felicidade. Ela veio... que bom que ela veio! Sua presença inundou o nosso mundo e fez
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A RUA É PÚBLICA O arquivista, o cambista, o galo sem crista dançam na mesma pista. O palhaço, o ricaço,  dão a mesma entrevista. O mal amado, o desejado, o paquerado e o largado tem o mesmo ponto de vista. O homem de preto, o entregador de boleto, o distribuidor de panfleto passam na mesma rua. O sindicalista, o motociclista, o analista, o ativista, e até a mulher nua passam na mesma rua. Aqui todos passam e todos se encontram e todos se esparramam e todos se amam. O anarquista, o ortopedista, e até o engraxate passam por aqui e escutam quando o cachorro late. A rua é pública desde a Proclamação da República, desde o Império com sua coroa, desde que o sino ressoa, desde a antiga cultura e até da Ditadura. Por isto todos passam por aqui e se vão com sua postura. Cícero Alvernaz (autor) 02-03-2016. Curtir Curtir Amei Haha Uau Triste Grr Comentários Escreva um comentário..
PARA VOCÊ Para você eu faço uma lua, Ando, caminho e corro na rua Feito animal, feito criança. Para você eu me olho no espelho, Fico azul, fico vermelho, E me encho de esperança. Para você eu sou artista Eu sou atleta, sou recordista, Faço histórias, declamo poesias, Crio mil gestos, faço careta, Pulo um muro, salto valeta, E me transformo todos os dias. Para você eu faço um poema No qual você é o meu tema, Minha estrela, minha razão. Neste enlevo de tanto sonho Sou um menino leve, risonho, Que não tem corpo: só coração. Para você eu faço uma estrada Toda de flores, bem enfeitada, Só pra nós dois... Para você eu me ofereço E me entrego sem dó nem preço, Sem me importar com o depois. Cícero Alvernaz (19-09-2008) Mogi Guaçu, SP.
DECADÊNCIA  Dizem que quem vive de passado é museu, mas museu não vive: nós é que vivemos. Lembro-me quando as crianças e os adolescentes eram responsáveis e responsabilizados pelo que faziam. Eram exigidos e cobrados, aprendiam com a vida e valorizavam as coisas. A escola era o local mais importante depois do lar, onde os adolescentes iam estudar, aprender e também recebiam educação. A gente estudava e trabalhava, éramos cobrados e tínhamos que apresentar resultados. Era o  tempo da seriedade, da responsabilidade e do respeito aos pais e aos professores. Hoje, a psicologia moderna ensina tudo ao contrário e muitos adolescentes que poderiam estar estudando e trabalhando estão se iniciando no crime, em suas diversas modalidades. Antes, os pais disciplinavam os filhos, hoje muitos filhos batem nos pais. Inverteram-se os papeis e até os políticos de hoje são piores do que os de ontem. Quanta decadência! Cícero Alvernaz (autor) 02-03-2016.
CAMPONESA Vive no campo em contato com a natureza, simples, linda e humilde, a minha flor camponesa. Vive espalhando beleza, amor e também simpatia, está presente comigo nos versos da minha poesia. Seu vestido estampado, seu jeitinho, seu sorriso, transformam o campo em jardim e o jardim em paraíso. Fico de longe olhando, meu coração bate forte, depois fico imaginando: eu sou um homem de sorte. Depois a vejo de perto e seu sorriso é mais lindo, a tarde cai sossegada, tudo em volta vai sumindo. Então vejo o por do sol seus cabelos colorindo, tantas cores, tanto sonho, e a noite vem caindo. Cícero Alvernaz (autor) 02-03-2016. Curtir Comentar Compart
INDECISÃO Não sei se vou, nem sei se fico, não sei se estou e se me estico. Tanta intenção aqui fabrico, meu coração eu petrifico não sei se vou nem sei se fico. Não sei por que, nem sei pra que, não sei em que me exemplifico. Não sei se vou, nem sei se fico não sei se estou e se me estico. Tanta intenção aqui fabrico. Não sei, não sei, não decidi. Fico indeciso comigo aqui. A hora passa, nada resolvo, eu perco a cor e me dissolvo. Não sei se vou, não sei se fico. Cícero Alvernaz (autor) 01-03-2016.
O GATO Ele se enrola, mal se controla, puxa o tapete, vai pro sofá. Corre na sala, pula e se esconde, "cadê o gato, onde ele está?". Corre lá fora, sobe no muro, sobe mais alto, vai pro telhado. Some de vista, desaparece, "onde está esse danado?". Reaparece todo inocente, brinca co'a gente, pede comida. Vai pro tapete, rola no chão, dizem que o gato tem sete vidas. Depois, cansado, deita e dorme, todo espalhado, bem a vontade. Esse gatinho é bem fofinho, não tem malícia, não tem maldade. Cícero Alvernaz (autor) 29-02-2016.
RUA DE MINHA INFÂNCIA Rua torta, rua morta, rua que corta o meu bairro. Rua de asas, rua sem casas, rua de terra e sem asfalto,  rua com muitos assaltos, rua de gelo, rua de brasas. Rua de cheiro, rua de flores, rua de sol, rua de cores, rua de sonhos, dias risonhos, rua de fé, eu vou a pé rumo á escola, rumo á igreja. Rua que cresce, que além viceja, rua de brilho, a mãe e o filho caminham livres a conversar. Rua-encanto, rua-espanto, rua que amo, me faz sonhar. Rua comprida da minha vida, rua querida de minha infância, rua que amo, me traz lembranças, das brincadeiras e das festanças. Rua que eu guardo com emoção e com carinho no coração. Rua torta, rua morta, rua que corta o meu bairro, rua que fica, rua que explica o meu sossego, meu desapego, rua que existe na minha mente, quando inocente eu caminhava. E tantas vezes pensando em ti no aconchego triste chorava. Cícero Alvernaz (autor) 29-02-2016.
CRISE Crise no casamento, crise no namoro, crise na família, crise nos negócios, crise nos estudos, crise na vizinhança, crise na viagem, crise no trabalho, crise interior, crise exterior, crise nas finanças, crise nas andanças, crise nas crianças, crise nas balanças, crise nos adultos, crise na saúde, crise no País, crise econômica, crise política, crise astronômica, crise analítica, crise gastronômica, crise crítica, crise na fase, crise na frase, crise na crase, crise na base, crise no velho, crise no moço, crise na janta, crise no almoço, crise, crise, crise... Por mais que eu analise vou cometer deslise, pois neste País ultimamente só se fala em crise. Cícero Alvernaz (autor) 29-02-2016.
ANJOS DA GUARDA (Salmos 34. 7) Seres alados por Deus mandados, fieis mensageiros, ministros de Deus. Vem das alturas trazendo as novas que a fé renova nos filhos seus. Anjos existem, são mensageiros, e nos protegem a todo momento. Nós não os vemos, porém, sabemos que sempre temos o seu livramento. Anjos da guarda por toda parte protegem sempre quem a Deus teme. Mas quem não teme ao Deus querido desprotegido sofre e geme. Seres alados vêm das alturas lutam por nós, por nós guerreiam. Vencem batalhas sempre de pé, lutam com fé e o bem semeiam. Cícero Alvernaz (autor) 28-02-2016