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Mostrando postagens de junho 5, 2016
DE MANSINHO Ela chegou de mansinho, mal conseguia falar, cabisbaixa e com medo, escondia um segredo que não podia contar. Tropeçava nas palavras, gaguejava ao falar, nem sabia onde estava, tinha medo, mas falava e tentava se explicar. Porém, aprendeu de repente, com poucas explicações, só falou o necessário, não perguntou o salário e nem mesmo as condições. A vida é quem ensina, mas é preciso querer aproveitar o momento com muito desprendimento para então poder crescer. Cícero Alvernaz (autor) 09-06-2016.
POVO DA ROÇA Vaca leiteira, galinha poedeira, o gado, a tronqueira, o pasto, a porteira, a égua ligeira, a moça faceira, a chuva, goteira, a noite inteira pra gente amar. O rio, o riso, o sol, paraíso, a cobra, o guizo, e eu sem juízo querendo brincar. Viola tocando, o povo cantando, alguém escutando, crianças brincando, o galo cantando, casais paquerando, o povo dançando e gente chegando pra participar. É o povo da roça que se alvoroça caçoa, faz troça, bebe, almoça, pra comemorar. Cícero Alvernaz (autor) 08-06-2016.
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO Como na canção de Gilberto Gil, o Rio de Janeiro continua lindo, apesar dos transtornos no transito e da violência que ninguém consegue mais maquiar ou disfarçar. O Rio de Janeiro é uma cidade que já foi cantada em prosa e versos por inúmeros poetas, com destaques para Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade. Cidade Maravilhosa, assim considerada por sua inegável beleza natural. As suas famosas praias atraem olhares e admira ção incontida, corpos seminus na areia e muita badalação nas avenidas. Mas como está essa cidade hoje? Estive lá recentemente e pude sentir o drama, o preço da fama, de todo aparato que se criou em torno desta cidade, que não é maravilhosa nem horrorosa como alguns a possam classificar. O Rio hoje está vivendo o clima das Olimpíadas, com muitas obras que desviam e emperram o transito, congestionamentos monstros, barulho de buzinas, impaciência, pequenos acidentes e muita tensão devido à violência que só aumenta
OLHOS Olhos pequenos, castanhos, medonhos, alegres, tristonhos, felizes, risonhos, imersos em sonhos, cheinhos de luz. Abertos, fechados ou semi cerrados,  curtindo a vida que o tempo traduz. Olhos perdidos, olhares sentidos que olham sem ver, se perdem na ânsia de ver a distância, de ver o futuro, de ver no escuro. Olhos azuis ou verdes até que olham com fé a vida sem fim. Olhos que olham e gostam de olhar, que piscam juntinhos, que pairam sozinhos, que olham pra mim. Cícero Alvernaz (autor) 06-06-2016.
BALANÇO Balanço balança, se move com força, se joga no ar, e volta com pressa, se ergue, se alteia, balanço balança feliz balanceia e quer balançar. Balanço se joga na força do vento e sobe bem alto num raro momento. A vida balança e voa também, e a gente se envolve nesse vai e vem. Cícero Alvernaz (autor) 06-06-2016.
AQUELA HISTÓRIA Me conta aquela história, aquela história passada de um tempo passado, remoto, tempo de muita saudade, tempo de gente bonita cheia de simplicidade. Me conta aquela história que ouvi a muito tempo que vinha falando no vento apressada, sem parar. Me conta aquela história que eu quero recordar. Falava de um povo estranho, sem beleza, sem tamanho, sem maldade, sem cultura, que plantava e colhia café, um povo de gestos largos, que guardava sua fé. Me conta aquela história que se deu bem no passado, no tempo da foice e do arado, tempo de muita colheita. Me conta aquela história, minh'alma estará satisfeita. Cícero Alvernaz (autor) 05-06-2016.
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO Cidade sonhada, imaginada e diferenciada, mas também, complicada, boicotada, assaltada e roubada.     Rio de Janeiro de tantas histórias, tantas glórias, realidades e ficções, museus, praias, brasões, visitantes e anfitriões, mas, sobretudo, charlatões. Rio de diferentes visões, configurações, carregado de ilusões. Estive lá e vi uma cidade cheia de obras, de manobras, ruas esburacadas, transito infernal, engarrafamento e muito lamento. Mas sobressai a su a beleza natural, pois essa ninguém consegue roubar. Vi monumentos, museus, antiguidades num Rio cheio de saudade, canções e ladrões. Como contemplar uma cidade assim?  Estamos sempre em sobressaltos temendo um novo assalto ou algum constrangimento. Fiquei pensando, cheio de ingenuidade:  se um lugar desse fosse de paz e não de guerra esta terra seria um paraíso. Nunca vi nada igual. O Rio tem beleza natural, um povo legal e, para quem gosta, tem o melhor carnaval.  (05-06-2016) Cícer