ANÔNIMO JORNALISTA Quero ir e voltar me encontrar, me despir, sem medo de me ver e de sentir vergonha de mim. Quero me rever e me deter olhando a lua no céu como um lindo troféu da noite rodeada de estrelas que piscam no céu imenso que se desenrola e se estende qual um imenso lençol azul cobrindo uma cama qualquer onde repousa uma linda mulher. Quero ir e voltar sem me encontrar, sem sorrir, apenas passear pelo infinito que paira bonito com suas cores, seus contrastes, sua beleza sem conta, seu sorriso, seu silêncio, seu segredo e seu medo. Mas eu não sei voltar ao meu começo, perdi meu tempo e o meu endereço, perdi meu visto de turista, não sou mais que um artista, um anônimo jornalista nesse País sem notícias, com manchetes fictícias, um País sem identidade, sem fé, sem credibilidade. Preciso voltar do meu passeio, preciso rever quem já veio, pois já estou com saudade. Cícero Alvernaz (autor) 13-01-2018.
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Mostrando postagens de janeiro 7, 2018
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É DE SE PEGAR E NÃO JOGAR FORA É de se pegar e não jogar fora, é de se olhar e levar embora, é de se ter e guardar agora, é de se querer pela vida a fora. O amor não é amor apenas: é um jogo, é um fogo que não queima. É um sonho que se vai e fica, um sorriso que se abre e intensifica. É um sofrer desenfreado, é um chorar e um querer apaixonado, é de se pegar e não jogar fora. é de se olhar e levar embora. Cícero Alvernaz (autor) 13-01-2018.
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NÃO VIVO SEM POESIA Não vivo sem poesia, nem ela vive sem mim. Somos parceiros, chegamos primeiros, chegamos antes de Adão e Eva quando tudo ainda era treva sobre a face da terra e o Criador ordenou: haja luz! e a luz se fez. Não vivo sem poesia, nem ela vive sem mim, Somos unidos pelas palavras e pela densidade das ideias e dos confrontos nos pontos concordantes, afirmantes e dissonantes. A poesia não sou eu, o verso não é meu, que sou um simples plebeu que vive em busca do pão na palavra que alimenta, cura, dá vida e dessedenta. Não vivo sem poesia, vivo de vento, de brisa, e dessa mão que me alisa e às vezes me paralisa enquanto faço a minha poesia no meu dia a dia. Cícero Alvernaz (autor) 12-01-2018.
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MENINO PEQUENO Menino tão pequeno que cabe na palma da mão. Menino pequenino do tamanho de um grão, que se arrasta pela casa, que se perde pelo chão. Estrelinha pelo céu de uma noite qualquer, que nasceu de uma mulher tão pequena, tão serena, com seu vestido pequeno, com seu carinho tão grande, com seu amor tão imenso, com seu marcante destino na vida daquele menino. Esse menino pequeno que cabe na palma da mão, por incrível que pareça tem um grande coração. Cícero Alvernaz (autor) 11-01-2018.
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RICA EXPERIÊNCIA Falar "eu te amo" nem sempre é amar, pois amar é mais do que falar: é demonstrar. Amar é querer, fazer e se conter diante de alguma situação. É se acalmar num momento de turbulência, procurar o melhor, ter paciência, e até sorrir depois ao ver a consequência. Amar, enfim, é uma rica experiência. Cícero Alvernaz (autor) 11-01-2018.
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CORRUPTOS E CORRUPÇÃO No Brasil é de praxe chamar todos os políticos de corruptos. Sabe-se que nem todos são corruptos, ou não são "oficialmente" corruptos, mas a percentagem dos "não corruptos" deve ser tão pequena que acaba sendo pulverizada e praticamente desaparece. Isto acontece porque a política partidária é corporativista, isto significa que quem não ler pela cartilha da maioria corre o risco de ser cassado e assume em seu lugar o seu suplente. E ninguém quer perder uma boca tão boa, uma autêntica "galinha dos ovos de ouro" como é a política em nosso País. Raros são os empregos em que uma pessoa pode ficar rica em 4 anos, que é o caso da política. Por isto, tantos fazem de tudo para conseguir se eleger. É uma mina de dinheiro. Para se ter uma ideia, só um assessor de vereador ganha de 5 a 10 salários mínimos por mês. Imagina então quanto deve ganhar um vereador! É dinheiro que dá para encher um balaio, como se diz lá em Minas. Agora vem a pergunta
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O POETA CHORA O poeta chora como uma tarde de chuva, como um rio sem água e derrama sua mágoa, faz de seu choro um verso, em lágrimas fica imerso. O poeta chora, mas ninguém percebe o seu choro, seu lamento, passa de leve um vento que beija seu rosto molhado e seu pranto derramado se espalha pelo chão como uma triste canção. O poeta chora como uma tarde sem sol, como um peixe no anzol, como um pássaro sem ninho, como um pobre sozinho, uma criança sem carinho, um cão vagando sem dono, triste em seu abandono. O poeta chora. muita gente ignora o seu choro, seu lamento, mas passa de leve um vento que beija o seu rosto molhado e o seu pranto derramado caindo no chão adubado faz nascer fruto diverso regado pelo seu verso. Cícero Alvernaz (autor) 09-01-2018.
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VAI E VEM No vai e vem mais vem do que vai. No faz-desfaz mais desfaz do que faz. No ir e vir é preciso ir para depois vir. No sobe e desce nem sempre sobe quem desce. No cai-levanta nem sempre levanta quem cai. No leva e traz nem sempre traz quem leva. No corre-corre nem sempre chega quem mais corre. No chega e sai nem sempre chega quem sai. No ser-não-ser nem sempre ter é ser. Na vida assim nem sempre assim é a vida. Em tudo, enfim, nem sempre se chega ao fim. Cícero Alvernaz (autor) 08-01-2018.
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CANTEIRO Ela fez um canteiro num canto do quintal, canteiro de terra bem solta, colocou algum esterco, desenhou um coração como sendo a primeira flor, como prova de amor, fofou a terra em volta, molhou a terra de leve com uma água bem fresca saída de uma mangueira ligada a uma torneira. Ela fez um canteiro onde flores já brotavam e todo o ar perfumavam de um jeito mui risonho... Ela fez um canteiro que parecia um sonho e nele deixou um aviso: seu rosto com um sorriso e uma placa escrita assim: "Não pise no meu canteiro, não maltrate o meu jardim". Cícero Alvernaz (autor) 08-01-2018.