ENCONTRO CASUAL Foi um encontro casual desses que a vida prepara. Um momento diferente desses que mexem com a gente, coisa linda, coisa rara. Uma água que refresca nosso corpo no calor. Uma palavra que cai, um sorriso que atrai, orvalho pousado na flor. Um olhar que ilumina, uma palavra de fé. Um gesto de amor e bondade, um momento de saudade e um gostoso café. Uma fruta no pomar, uma bebida gelada. Uma noite de sossego, um momento de aconchego, uma carona na estrada. Foi um encontro casual desses que a gente adora. Foram muitos os assuntos que partilhamos bem juntos, de tudo eu me lembro agora. Cícero Alvernaz (autor) 15-08-2015.
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Mostrando postagens de agosto 9, 2015
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FOI DEUS Quem pôs a luz nos meus olhos? Quem guiou os passos meus? Quem desenhou meu sorriso? Foi Deus. Quem abriu o meu caminho? Quem me fez ser um dos seus? Quem me vestiu de alegria? Foi Deus. Quem me fez o seu herdeiro? Me fez um dos filhos teus? Quem me deu a liberdade? Foi Deus. Quem me cobriu no frio? Quem inspira os versos meus? Quem me deu a fé que tenho? Foi Deus. Cícero Alvernaz (autor), 14-08-2015.
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ALGO LINDO, SEM IGUAL O sorriso em tua boca é como um lago brincando ao sol. O reflexo do céu com suas nuvens leves e brancas parece sorrir também ao ver o teu sorriso branco, feliz e encantador. Gosto de sonhar olhando esta cena: você, morena, pequena, me olhando com seu jeito de menina pequenina. O sorriso em tua boca é mais do que um sorriso: é um quadro vivo, natural, é o próprio sonho presente, contente, transparente, algo lindo, sem igual. Cícero Alvernaz (autor) 19-09-1997.
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MEU DEUS... Meu Deus, a tua presença me inspira, a minha alma suspira, pois deseja te encontrar. A tua presença me eleva, faz dissipar toda treva, me faz sorrir e chorar. Meus Deus, eu sei que tu és verdadeiro, meu amigo e conselheiro, presente em todo momento. Contigo eu falo de dia, tu me enches de alegria, me dás força e alento. Meu Deus, sou criança bem pequena, nesta hora tão amena quero envolver-me em teus braços. Quero sentir teu calor, desfrutar do teu amor e cortar todos os laços. Meus Deus, o meu coração te adora, e min'halma te implora: fica sempre aqui comigo! As minhas noites são tristes e todo meu ser insiste em te-lo como amigo. Meu Deus, eu não quero mais chorar, nem quero sozinho vagar qual perdido peregrino. Sou como ave sem ninho, preciso do teu carinho, sou apenas um menino. Cícero Alvernaz (autor), 05-08-2005.
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O AMOR É UM MILAGRE Você vem e me envolve, sem querer me faz menino. Os meus sonhos me devolve e clareia o meu destino. Abro os braços e me entrego sem reservas e sem medo. A você eu me apego como se fosse um brinquedo. Nesse instante eu me esqueço e flutuo pelo espaço. Nos seus braços adormeço e me encontro em teu abraço. E me envolvo em teu sorriso, jamais quero acordar! Se aqui é o paraíso, para sempre vou ficar. O amor é um milagre que eu não posso entender. Não há nada que estrague esse instante de prazer. Minhas horas são ligeiras quando estou contigo assim. Não há dor, não há canseira, só há flor no meu jardim. Cícero Alvernaz (autor), 24-01-2006;
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POR CAUSA DE UM DENTE Por causa de um dente fiquei de repente bastante infeliz. A vida mudou e me castigou e assim me desfiz. O dente doeu, sem dó me encheu de dor sem parar. Fiquei revoltado num triste estado que nem sei contar. Por causa de um dente fiquei tão doente que quase morri. Fui logo ao dentista, Dr. João Batista, bem longe daqui. Cheguei bem simplório ao seu consultório, e ele me olhou. Mexeu no meu dente, sem dó, de repente, mas nada mudou. Dentista sem jeito, ficou satisfeito me vendo assim. A dor não passava, eu quase gritava: "tem pena de mim!". Voltei para casa com a boca em brasa, suando de dor. "Me deixe em paz, não volto jamais naquele doutor". Porém, no outro dia, sorri de alegria ao me levantar. Pois fui convencido que o dente doído foi extraído, e fui trabalhar. Cícero Alvernaz (autor), 12-03-2005.
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LICENÇA POÉTICA Quero licença para viver, quero licença para esquecer a ética, quero licença para reviver a minha licença poética. Minha licença lunática, febre de querer o impossível, inventar a minha matemática e ver além do invisível. Quero licença poética, fazer do presente um ausente, esquecer a ditadura da estética, e assim ser mais irreverente. Esquecer sinônimos, conjugações, na minha poesia frenética botar mais lenha, tecer mais emoções, com uma verdade hipotética. Cícero Alvernaz (autor), 09-08-2015.
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LIBERDADE Liberdade não é apenas poder correr e voar. Liberdade é também poder falar, discutir e discordar. Liberdade é olhar e desejar, é querer mais do que tudo e lutar pra conseguir. Liberdade é nunca desistir. Liberdade é ser livre, inclusive de si mesmo. É deixar fluir a criatividade, é amar sem medo de sentir saudade. Liberdade é olhar o céu e ficar admirando as estrelas. Liberdade é viver com esperança, é ser adulto e também ser criança. Quem ama a vida é livre. Liberdade é a essência da vida. Não há vida sem liberdade, não há liberdade sem vida. Cícero Alvernaz (autor), 16-05-2005.
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O MENINO O menino veio com seu cajado, em nosso meio está sentado. Tão pequenino ei-lo aqui, este menino chama por ti. Doce menino: fonte de luz, o meu destino ele conduz. Sorrindo fala do céu, do Pai, depois se cala e logo sai. Então procuro este emenino, tão meigo e puro, tão pequenino. Olhando vejo sua presença no meu desejo, na minha crença. O menino veio com sua luz, em nosso meio está Jesus! Cícero Alvernaz (autor), 19-12-2005.
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SIMPLES COMO UMA BORBOLETA Seja simples como uma borboleta que se contenta em voar por aí com suas asas coloridas depois da metamorfose a que foi submetida e que lhe deu uma nova vida. Ela segue a voar e na horta vai pousar, nas verduras e legumes, e pousa, finalmente, numa folha cuja haste a acolha enquanto passa o vento zombando de seu momento. A borboleta escapa das mãos de alguma criança que deseja pega-la para vê-la mais de perto, sem saber decerto que esta linda borboleta já foi uma lagarta preta. Mas agora está cheia de vida e voa desinibida com suas asas coloridas fugindo de alguma criança xereta. Na vida devemos ser simples como uma borboleta. Cícero Alvernaz (autor), 30-11-2005.