Postagens

Mostrando postagens de setembro 1, 2019
É INCRÍVEL  É incrível como o brasileiro não se identifica com a nossa Bandeira e nem sabe cantar o Hino Nacional! Quando eu estudava no Primário, na época dos militares, era comum cantar o hino, hastear e respeitar a nossa Bandeira, o professor falava dos símbolos nacionais, que são o Hino Nacional, a Bandeira Nacional e as Armas da República. Hoje, dia 7 de setembro, estou me lembrando disto. Era uma época em que se transpirava civismo e patriotismo. Época em que os presidentes militar es lutavam bravamente para extirpar o comunismo que ameaçava tomar conta do Brasil. Se não fossem eles, hoje, provavelmente, o Brasil seria uma imensa Venezuela, ou uma Cuba grande e extremamente pobre. Vencemos aquela etapa, muitas vezes pela força e a galhardia e hoje podemos respirar melhor e gozar de nossa cidadania e liberdade. Fazendo um paralelo, 7 de setembro é uma data histórica, mas, sobretudo, é uma data heroica que marca a Proclamação da Independência do Brasil, que se deu no ano de 1822.
NEM SEMPRE Nem sempre o que é bom pra mim é bom pro Serafim.  Nem sempre o meu não é o não do Sebastião.  Nem sempre o meu sim é o sim do Joaquim.  Nem sempre o meu gosto é o gosto do Ariosto.  Nem sempre a minha camisa é da cor da saia da Adalgisa.  Nem sempre o meu verso é bom ou é perverso.  Nem sempre a minha comida satisfaz a Margarida.  Nem sempre o meu cachorro atravessa o rio e sobe o morro.  Nem sempre a minha poesia tem prazer e alegria.  Nem sempre o meu jeito é feio e suspeito.  Nem sempre a minha alegria a todos contagia.  Nem sempre estou bem e nem sempre para tudo eu digo "Amém". (07-09-2019)
TUDO VIRA MODA CAIPIRA Tudo vira moda caipira, pois em tudo se inspira e tudo vira uma moda, um mote, um tema, um poema, um verso no universo sem fim da poesia. É só ter inspiração e criatividade que "saudade" vira um poema e "estrela" passa a ser uma companhia até durante o dia, flor vira canção e amor vira paixão. Tudo vira moda caipira: uma estradinha no fim do mundo, um buraco raso ou fundo, uma bica d'água, uma morena, uma mágoa, um suspiro, um paiol, um anzol, um pedaço  de embira, tudo vira moda caipira. Um balaio de milho, um filho, uma tapera, um carro de bois, uma sela, um arreio, um rio passando no meio das terras formando uma ilha, uma filha com seu namorado, uma casa, um sobrado, um chiqueiro, um galinheiro, um cavalo, um poleiro, tudo vira moda caipira - e o caboclo na viola se consola e a tudo admira porque tudo, de repente, vira moda caipira. E assim a vida segue e delira porque tudo vira moda caipira. (06-09-2019)
ESCREVI, MAS NINGUÉM LEU Escrevi, mas ninguém leu. Já tive esta sensação, pior é quando a pessoa não lê e curte e até comenta. Talvez por dó do cara que escreveu, que teve a petulância de escrever um trem deste pensando que alguém ia ler. Mas ninguém leu, nem por dó do coitado do escritor. Que situação! Mas o teimoso continua escrevendo falando com as nuvens e os passarinhos, chamando os cachorrinhos da rua para ler o seu escrito, mas eles não sabem ler. Pelo menos, eles balançam os rabinhos e vem fazendo festa, talvez querendo dizer: "se eu soubesse ler eu ia ler tudo que você escreveu". Escrevi, mas ninguém leu, não fiquei mais pobre por causa disto e nem ficaria rico se todo mundo lesse, portanto, a minha vida continua a mesma. (06-09-2019)
CHOCOLATE Chocolate branco, chocolate amargo, chocolate em pó, chocolate em barra, chocolate ao leite, achocolatado, quente, frio, morno, feito no fogão, esquentado no forno, preparado com carinho para servir o benzinho que deve chegar cansadinho, talvez até molhadinho vindo direto da rua. Chocolate é sempre uma boa bebida a qual pode ser servida a qualquer hora ou mesmo em qualquer lugar. Chocolate esquenta o corpo e faz a gente suar, chocolate é tão bom que a gente às vezes toma até mesmo sem gostar. Cícero Alvernaz, autor, 06-0-9-2019.
MEDO Tenho medo do escuro, medo de fantasmas, medo de lobisomem e tenho medo do homem. Tenho medo de gente, tenho medo de serpente, medo de cachorro bravo, pois eu não sou valente. Tenho medo de cemitério, pois sei que há muito mistério, há muitas histórias contadas e coisas imaginadas. Tenho medo de mim quando me olho no espelho, quando me vejo de frente e fico até vermelho. Tenho medo da morte, medo do desconhecido, e vou morrer de medo, disto eu não duvido. Cícero Alvernaz, 04-09-2019.
A PRIMEIRA VEZ QUE FUI AO MARACANÃ Fui ao estádio do Maracanã pela primeira e única vez no ano de 1981. Foi num sábado à tarde, fui assistir ao jogo entre o América do Rio e o Grêmio de Porto Alegre. Tarde ensolarada e quente, tomei o trem com muita expectativa e fui curtindo tudo que via pela frente, para mim era tudo novidade. Estava ansioso para entrar no "Maraca", até então o maior estádio de futebol do mundo. Tudo tranquilo, segurança, todo mundo documentado, tranquilo,  tudo em paz. Cheguei ao Maracanã, comprei o ingresso e entrei, cheguei cedo e deu pra conhecer bem aquele gigante de concreto. Dei uma volta, conversei com algumas pessoas, tinha poucos torcedores, acho que não tinha nem mil pessoas. Os times entraram em campo e eu me emocionei ao ver o América entrando com a sua tradicional camisa vermelha. Começou o jogo e o Grêmio estava melhor, no fim o resultado foi 1 a 1. Saí do estádio recordando tudo que havia visto e não esqueci de um jogador muito jovem que deu
NÃO FALE ASSIM! Não fale assim, espera um pouco, raciocine um pouco antes de falar. Se poupe para não se machucar e não machucar alguém que não tem culpa de nada. Cabeça quente não pensa, corpo cansado não corre, peixe fora d'água morre, cachorro com fome não late. Não fale agora, espera um pouco, seja razoável, educado, agradável. Senta e descansa um pouco, espera a raiva passar. Quem fala muito agora amanhã pode chorar. Cícero Alvernaz, autor. 03-09-2019.
MATANDO PASSARINHO Todo adolescente do meu tempo caçava e prendia passarinho. Era uma "brincadeira malvada" que a gente fazia de forma inocente, sem saber o que realmente estava fazendo. A gente pegava uma atiradeira e dava pedradas nos pobres passarinhos. Eu acabei entrando nesta também, enfim, segui a turma. Certo dia eu peguei a minha arma e meio de brincadeira comecei a jogar umas pedras meio a esmo, sem querer acertar nenhum passarinho, eu jogava só por jogar. De repente  vi um passarinho preto num pequeno arvoredo, soltei a pedra e ela acertou o alvo. Quando vi aquele pássaro caindo me assustei e arrependido do meu mal feito corri até onde ele estava caído, chorei quando o vi naquele estado, pois o acertei bem na asa e ele estava ferido sem poder voar. Fiquei desesperado e não sabia o que fazer, peguei o pobre pássaro, um Anum, pensei em acabar de mata-lo, mas não tive coragem, deixei-o lá e corri para casa. O meu sofrimento era maior do que o dele. Chorei muito e nunca
RITMO DE DANÇA  O que é bom deve ser compartilhado, comentado e curtido. O que é ruim deve ser apagado e esquecido. O que conta a gente aponta, marca ponto e multiplica. O que serve a gente soma e quantifica. O que presta a gente dá e empresta e então se ramifica. O que vale a gente troca, faz permuta e escuta. O que mexe se remexe, a gente vê e acha graça. O que é leve é muito breve e vai no ar igual fumaça. O que fica a gente aplica e muitas vezes não explica, mas avança e ultrapassa. O que corre a gente alcança e na dança se apega, se entrega e amansa. (02-09-2019)
RETRATO DA VIDA  A gente chora e reclama, mas a vida é isto. A vida é um barco que nos leva e às vezes o rio está bravo, há correnteza, perigo, curvas e grandes profundidades. Não há melhora, nenhum indicador nos é favorável e o tempo é instável, as notícias não são boas e a situação geral requer cuidados. Falo assim porque é assim pra você pra mim. De repente uma doença nos ataca, um amigo nos abandona e um vizinho nos insulta. Olhamos no espelho e vemos refletida uma carica tura, um rosto cansado, sulcado e desanimado que se olha e não crê no que está vendo. Sentamos e procuramos entender o desfecho de tudo que estamos vivendo. A gente chora, se magoa e vai a toa procurando uma saída, uma solução para o impasse momentâneo que nos abateu. A vida é um sonho, é um momento triste e outro risonho, uma lágrima teimosa no rosto, um olhar perdido a buscar o horizonte, um pássaro que voa sem destino, um menino que cresceu e se arrependeu, mas nada pode fazer diante da realidade. A vida é um t