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Mostrando postagens de agosto 16, 2015
MULHER MINEIRA Falar dessa mulher mineira de nascimento com seus traços, seu talento, é por demais prazeroso. Explorar sua beleza, seu jeito e gentileza me faz até orgulhoso. Percorrer o seu caminho observando seus passos, é coisa que eu sempre faço até deitado na cama. Vê-la sentada ou de pé faz aumentar minha fé e enriquece a minha trama. Mulher que embeleza meu tema e se derrama em poesia espargindo alegria e colorindo meu sonho. Falar da mulher mineira tão linda e tão faceira me deixa feliz e risonho. Seu falar e seu jeitinho cheio de tanto mistério é um caso muito sério, mas também gratificante. Conhecer essa mulher é tudo que um homem quer e sonha a todo instante. Cícero Alvernaz (autor) 22-08-2015.
DECEPÇÃO Fui ao mercado sem muita pretensão Fui fazer umas comprinhas, coisas de ocasião, Mas quando vi os preços eu quase caí no chão, Me assustei, saí correndo, pensaram que fosse ladrão, Cada dia é um preço, pois há muita inflação, Subiu tudo de uma vez: alface, couve e feijão, Saí com a cesta vazia, que triste situação! Fiquei até com vergonha, foi grande a decepção. Meu País está perdido, como aumenta a inflação! Só falam em roubalheira, de político ladrão, A nossa economia parece um caminhão Sem freio e sem buzina correndo na contramão, Pagamos tantos impostos, mas não há devolução, A saúde está ruim e não há educação, Tudo isto acontece, sabe por que, meu irmão? É porque neste País há muita corrupção. Cícero Alvernaz (autor) 21-08-2015.
ALENTO Quando tenho sede procuro água. Quando tenho fome busco alimento. Quando tenho dor e não tenho alívio, procuro um remédio pra curar meu tédio. Quando tenho carência busco com insistência uma forma de preencher o que falta no meu ser. Algo que venha trazer satisfação e prazer à minha vida vazia, tão sozinha e tão fria. Quando estou triste, sem paz e sem alegria procuro quem me sustente e me ajude de repente. Mas nem sempre eu encontro e então me desencanto com o mundo, com a vida, e fico sem chão, sem saída. Mas logo passa o momento e então eu me refaço num sorriso, num abraço, eu renovo meu alento. Cícero Alvernaz (autor), 20-08-2015.
O MEU AMOR NÃO VEIO O meu amor não veio, mas o dia veio, veio a tarde, veio a noite... E depois veio a saudade em forma de dor e açoite. É a sina de quem ama rolar sozinho na cama com pensamentos tão vários, consultar dicionários pensando palavras lindas imaginando estar bem juntinho a conversar sob as bençãos do amor... Um momento de ilusão, ou de tórrida paixão que transformou-se em dor. O meu amor não veio, esperei a tarde toda olhando a rua distante triste, cansado, ofegante, mas cheio de amor e esperança, qual ansiosa criança que espera o seu brinquedo eu esperei desde cedo com muito amor e ternura a mais linda criatura que na terra já nasceu. A esperança não morre: ela está sempre no peito, nos anima, nos socorre, com seu calor, com seu jeito tão diferente de ser. Por isto ainda espero a pessoa que mais quero e tanto desejo rever. Cícero Alvernaz (autor) 12-01-2006.
MINAS GERAIS Riquezas sem conta enquanto desponta o sol na distância trazendo a infância repleta de paz. E a gente se assanha olhando a montanha no solo sagrado de Minas Gerais. Minério de ferro, calcário, bauxita, caulim, manganês, mármore, fosfato, alumínio, feldspato níquel, grafita, zinco, dolomita, quartzito, talco, ouro, prata, arsênio, berilo, lítio, estanho, nióbio, chumbo e cromo, cobre, diamante, quartzo e rubi. Minas Gerais, tantos minerais se encontram em ti. Mas a vida aos poucos se acaba e o tempo desaba como chuva no telhado deixando viva a lembrança. Brincadeira de criança que se foi, não volta mais. Saudade dos campos floridos, saudade de Minas Gerais. Cícero Alvernaz (autor) 04-03-2005.
TELEFONE INDISCRETO No meio da conversa o telefone toca, no hora do almoço toca o telefone. Se estou no banheiro debaixo do chuveiro, mesmo sem poder, eu tenho que atender. Na hora do jantar o telefone toca, lá fora no portão toca o telefone. Estando na cozinha, no tanque ou na pia, o telefone toca, toca todo dia. Estando já dormindo o telefone toca, até de madrugada toca o telefone. Na hora do amor... (nem quero acreditar!) não é que o telefone inventa de tocar! Não posso mais viver com este telefone, sem ele, entretanto, não poderei viver. É triste meu dilema, não sei o que fazer, tocou o telefone... nem posso escrever. Cícero Alvernaz (autor) 15-10-2005.
ELE FOI EMBORA Ele foi embora na primeira luz da aurora quando o dia clareava. Gotas de orvalho na relva, animais dormindo na selva, e o galo longe cantava. Ele foi embora, eu sinto sua falta agora, só me resta a saudade! Ainda ouço sua voz ressoando para nós cheia de amor e bondade. Ele foi embora, e meu peito ainda chora, que falta ele me faz! Vou pela vida sozinho relembrando com carinho as suas palavras de paz. Cícero Alvernaz (autor) 27-12-2005.
LETARGIA Selva perdida, pedaço de vida, que o tempo manhoso não quis registrar. Sol se abrindo, vontade emergindo, sombra comprida a se esticar. Sabor de pimenta, a vida inventa seus truques estranhos querendo provar. Estrada poenta, poeira na venta, vida sem graça a espreguiçar. Pedaços de sonhos, olhares tristonhos, desejos contidos, cruel letargia. A sede aumenta, a tarde é lenta, procuro saída, procuro alegria. Não há mais remédio, cansaço e tédio, estranha figura eu vejo passar. Selva perdida, pedaço de vida, procuro alguém pra desabafar. Cícero Alvernaz (autor), 16-08-2015.