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Mostrando postagens de maio 17, 2015
BARULHO Ouvi um barulho, saí na porta pra ver. Acendi a luz, depois clamei por Jesus, pois não pude entender. Um barulhinho de nada que se ouve no quintal, pode ser de um animal, ou de um "fulano de tal" com intenção variada. Mas pode também ser o vento brincando por um momento com seu jeito zombeteiro. Seja o que for, eu vou ver, quero a cisma desfazer, quero chegar primeiro. Ouvi um barulho diferente no quintal, acendi a luz. Depois clamei por Jesus, pois a gente nunca sabe se é do bem ou se é do mal. O barulho aumentou, mas eu não tinha mais medo, pois descobri que não era ninguém que veio da rua. Eu vi bem atrás de um mato uma gata e um gato namorando á luz da lua. Cícero Alvernaz (autor), 23-05-2015.
MINAS GERAIS Hoje eu quero ser mais um A escrever sobre este tema, Muitos aqui já falaram E suas glórias cantaram Em forma de prosa ou poema. Hoje eu quero ser mais um A cantar seus lindos feitos, Lutas e sonhos desfeitos, Pois é este o meu lema. Minas Gerais altaneira, Que abriga tantos sonhos, Querida terra mineira, Montanhas e campos risonhos. Coração e peito ardentes, Terra do herói Tiradentes Que em meio a tanta agrura Demonstrou sua bravura Com outros inconfidentes. Hoje eu quero ser mais um, E também quero cantar Suas glórias com meus versos Que não podem se calar. Minas Gerais corajosa Cantada em versos e prosa, Minas alerta e atenta Que seus ideais sustenta Na senda vitoriosa. Cícero Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras) Mogi Guaçu, 03 de junho de 2008.
O BEIJO DE JUDAS Foi o beijo mais famoso, também o mais enganoso: o beijo da traição. E foi o beijo mais falso que gerou todo percalço, o beijo da maldição. O beijo da hipocrisia, o beijo da heresia, sem sentido, sem razão, que entregou o Mestre amado tão puro e sem pecado e o levou à prisão. Judas, com este beijo, satisfez o seu desejo e ganhou algum dinheiro. Judas, pessoa ingrata, ganhou trinta peças de prata e entregou o companheiro. Ainda hoje, acredito, há muito beijo maldito e muito abraço assim. Os "judas" estão pelas ruas, a traição continua, mas um dia terá fim. Cícero Alvernaz (autor), 19-05-2015.
PERDIDO NO TEMPO Perdido no tempo, no lixo jogado, terrível estado, sem pena, sem dó. Caído, deixado, e abandonado, assim dominado, tristonho e só. Perdido na vida, sem fé, sem destino, qual órfão menino que sorte não tem. No lixo deitado e embrigado, tão pobre, coitado, sem paz, sem ninguém. Perdido assim ainda existe pessoa que insiste e vive sem luz. E vaga no escuro tão sujo, impuro, tristonho, inseguro, sem paz, sem Jesus. Cícero Alvernaz (autor), 18-05-2015.
O INFINITO O infinito é onde se esconde O sorriso da manhã, A tristeza da tarde E o cansaço da noite. Lá o homem não chega, Lá o animal não chega, Mas a criança chega Mesmo antes de nascer. O infinito é onde se esconde Aquele olhar perdido, Aquele sorriso esquecido, Aquele beijo roubado... Onde fica o infinito? Ele não é um lugar: É um jeito de falar, Uma forma de se dar... O infinito obviamente não tem fim, Ele está além da nossa limitação, Está além de nossos sonhos e anseios... Para ir até lá não existem meios, Não existe condução. O infinito não é um lugar: É um jeito de olhar, Um jeito lindo de amar. (Cícero Alvernaz)
MULHERES ROCEIRAS Corpos marcados, mãos calejadas, dedos crispados pelo frio, pela terra. Mulheres roceiras trabalham semanas inteiras desde o raiar das manhãs. Mulheres jovens ainda, tão fortes e tão lindas e também as anciãs. Mulheres sofridas, cansadas, doídas, todo dia em seu afã. Trabalham na roça cuidando das plantações, com um esforço tremendo seu trabalho vão fazendo felizes, sem reclamar. Elas trabalham unidas sua semente a plantar. Corpos marcados, elas se quedam cansadas, olhar distante buscando dias melhores, mais brandos, vivem o seu dia a dia. São guerreiras, são ordeiras, que cuidam da plantação. São as mulheres roceiras, são exemplo, as primeiras, nesta tão grande Nação. Cícero Alvernaz (autor), 17-05-2015.