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Mostrando postagens de junho 15, 2014
O inverno chegou via calendário e parece que o frio finalmente chegou e se instalou de vez. A propósito, bolei algumas perguntas fictícias que podem ser pertinentes: O que você gosta de fazer no frio? - Tomar uma sopa bem quentinha. E você, o que gosta de fazer no frio? - Ficar embaixo das cobertas até tarde. E o que mais você gosta? - Sentir frio, curtir o frio, de preferência com pouca roupa. E você? - Gosto de namorar, mas isto em qualquer tempo é bom. E o que mais? - Gosto de levantar cedo, tenho mais disposição neste tempo. Gosta de mais alguma coisa? - Sim, tomar banho frio, pois esquenta o corpo e dá uma sensação muito gostosa. E você, do que gosta? - De nada, só gosto de fazer xixi. Fazer xixi? - É, às vezes não dá nem tempo de chegar no banheiro. Nossa! Tanto assim? - Sim, esses dias eu me molhei todo. Que coisa! - Pois é, e com este frio fica até difícil encontrar o... O... o que? - Deixa pra lá, vamos continuar falando do frio que é melhor. Cícero Alv
SENTIMENTOS Sentimentos são momentos que chegam sem avisar. Eles vêm tão de repente, vêm no vento, vêm no ar. Vem na brisa da manhã que chega antes do sol. Vêm à tarde, vem à noite, vêm nas cores do arrebol. Sentimentos são momentos que vêm sem nos avisar. Eles chegam, nos dominam, em silêncio, sem falar. Então ficamos perdidos, sozinhos, pairando no ar. Sentimentos são momentos que não consigo explicar. Cícero Alvernaz (autor), 21-06-2014.
Fico pensando se as pessoas pudessem assumir o que sentem sem medo das cobranças e do eventual sofrimento. Se as pessoas se deixassem levar pelas emoções do dia a dia, seja como ou onde for. Se as pessoas não se segurassem tanto, não se reprimissem tanto diante da vida, dos fatos, dos desejos muitas vezes contidos em nome da educação, do respeito, da decência e da falsa moral. O que sentimos pode ser contido, mas deveria ser vivenciado e vivido em nome da vida, do amor e do prazer. Ficar sentado choramingando não vai resolver nada. Ficar calado, sofrendo, não vai mudar nada. Ficar olhando só matutando não nos fará conseguir nada. Mas, às vezes nos comportamos assim em nome da sociedade que nos adestrou para isto e exige esta atitude, ou falta de atitude, de nós. E depois nos arrependemos e reclamamos, pois praticamente deixamos a vida passar sem vive-la. Admiro quem abre a boca, fala e se expõe, mesmo correndo o risco de ser repreendido, reprovado e sofrer as consequências. Mas, quanta
PENSANDO... Pensando na morte da bezerra, pensando no jogo do Brasil, pensando no dia de amanhã, pensando nas contas a pagar, pensando na aposentadoria, pensando na minha alforria. Pensando na minha bicicleta, pensando na minha vida de poeta, pensando nas minhas obrigações, pensando numa viagem de trem, pensando (muito) em alguém, pensando na minha poesia. Pensando na noite, no dia, pensando na lua, no sol, pensando na cor do arrebol, pensando na flor e na fruta, pensando na paz e na luta, pensando no riso e no pranto. Pensando no rio que seca, pensando na fonte sem água, pensando no amor e na mágoa, pensando no livro e na música, pensando no brilho da luz, pensando no olhar de Jesus, Pensando nos braços da cruz, Pensando no que me rodeia, pensando em quem me ama, pensando em quem me odeia, pensando muito na vida que passa despercebida. Cícero Alvernaz (autor)16-04-2014.
CORAÇÃO Ele bate, mas também reclama, ele bate, mas também apanha. Ele sofre quando espera e quando ama, ele chora quando perde e quando ganha. Ele pede e também implora, mas espera o momento certo. Ele sorri, mas às vezes chora, quando o ser amado não está por perto. Ele sente e às vezes se entristece, ele deseja, não entende a razão. Bate forte quando a tarde desce, sofre muito impregnado de paixão. Ele sonha, faz seu mundo colorido, não entende o desamor e a maldade. Ele se quebra, às vezes fica dividido, ama muito, fica cheio de saudade. Cícero Alvernaz (autor), 16-06-2014.
A COPA DOS PARADOXOS E DAS MANIFESTAÇÕES De uns tempos para cá, a Copa do Mundo, também conhecida como Campeonato Mundial de Seleções, se transformou num torneio onde falam mais altos os interesses financeiros e políticos do que propriamente os resultados dentro do campo. Fora do campo é que aparecem os resultados com reuniões e exigências muitas vezes descabidas dos seus organizadores ligados à FIFA. Futebol, competição e torcida ficam de lado e se ressalta o quesito faturamento, que é o que realmente dita as regras deste campeonato mundial de seleções. Sempre acompanhei este campeonato, desde 1970, quando ainda era um adolescente e morava em São Pedro do Avaí (Manhuaçu, MG) onde nasci e fui criado. Foi uma festa a minha primeira Copa em 1970, algo inesquecível. A partir daí eu passei a acreditar piamente que aquilo tudo era coisa séria, talvez mais séria do a religião ou mesmo a família. O Brasil foi campeão e isto para mim e para todos foi o máximo que poderia acontecer. Decidiu
O PAÍS DOS MEUS SONHOS Sonhei com um país onde não havia violência, truculência, nem corrupção. Um país onde todos se entendiam e se respeitavam como verdadeiros irmãos. Um país onde a alegria não era apenas uma expressão facial, ou uma realidade virtual, mas uma marca visível e real que dominava a vida das pessoas. Enfim, era uma alegria que saltava aos olhos e transparecia. Sonhei com um país onde as ruas eram limpas, e as casas enfileiradas mantinham a sua cor nos muros e nas paredes conforme o gosto dos donos. Não havia sequer uma pichação, ou algum outro sinal que denunciasse vandalismo e depredação. A beleza era algo visto e admirado por todos. Ruas e praças sobressaiam por suas cores vivas que alegravam ainda mais o cenário. Respirei a paz e a alegria do momento e prossegui admirando a paisagem. Sonhei com um país onde as crianças brincavam nas ruas de dia e de noite protegidas pelas luzes da rua e por uma lua tímida que a tudo assistia. Não havia medo nem preocupação d
O PREGADOR SOLITÁRIO Alheio aos olhares curiosos e aos comentários ás vezes maldosos, o pregador solitário levanta a sua voz nas praças, nas feiras livres, nos terminais de ônibus e proclama bem alto a sua verdade. Mesmo que ninguém lhe dê atenção, ele continua “vendendo o seu peixe”, certo de que está cumprindo a sua missão. Qual João Batista no deserto, esse arauto dos tempos modernos “dispara o seu canhão” acusando, defendendo e principalmente alertando a todos sobre o perigo do fogo do inferno. Admiro a sua coragem e a sua desenvoltura diante da indiferença dos circunstantes. Admiro também a sua fé, a qual posso ver em seu rosto e em seus gestos apontando para o céu ou para o peito. Um profeta moderno tentando converter os “pecadores desavisados”. A arte de pregar solitariamente vem de muito longe. Desde os tempos de Noé, que anunciava a chegada iminente do Dilúvio, os profetas da antiguidade já anunciavam os juízos de Deus – muitas vezes vestidos de saco e cobertos de cinza