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Mostrando postagens de janeiro 24, 2016
AMOR PREMATURO A gente pode se ver, mas não deve, a gente deve se ver, mas não pode. Tanta confusão, tanta fusão de pensamento, tanto desejo neste ensejo ou momento que talvez fosse melhor o esquecimento. Tanta saudade que invade de repente. A distância aproxima, reanima fortemente... Quanto sonho a pairar em nossa mente. A vida nos convida insistentemente, mas ficamos temerosos, descontentes. Se nos vemos tudo brilha num instante, somos livres, prisioneiros, confiantes... Mas depois você se vai e fica escuro, fico triste, cabisbaixo, inseguro, nosso amor é muito jovem, prematuro. Cícero Alvernaz (autor), 16-08-1989.
BIBLIOTECA Tudo está desarrumado, livros jogados, empilhados, mas é uma Biblioteca! Eu vejo livros no chão, sobre mesas e cadeiras, percebo muita sujeira e dói o meu coração. Um cheiro insuportável, cheiro de mofo, de insetos, mas é uma Biblioteca! Um local tão sujo, escuro, dá até medo de entrar, aqui não consigo ficar, credo em cruz, eu esconjuro. Acho que ninguém mais lê, ninguém mais se interessa, mas é uma Biblioteca! É a fonte do saber, mas aqui é esquisito, parece um lugar maldito, dá vontade de correr. Cícero Alvernaz (autor) 29-01-2016. *Escrito em solidariedade ás bibliotecas abandonadas, obviamente por falta de mantenedores,  leitores e de pesquisadores.
OS MEUS VERSOS Os meus versos lançados ao vento são sementes de fé e de amor, são palavras que levam alento num momento de choro e de dor. Eles falam de paz e ternura em um mundo carente de afeto, eles têm invejável brancura e dão calma ao ser inquieto. Eles falam de um dia nascendo aquecido ao sol da manhã, eles falam de ovelhas pascendo como lindos novelos de lã. Eles falam da flor se abrindo num sorriso maior, multicor, eles falam de um pássaro lindo pelo céu a voar sem temor. Os meus versos tão simples e puros são os frutos que a vida me deu, certamente serão no futuro as lembranças de alguém que morreu. Cícero Alvernaz (autor), 01-04-1987.
O CIÚME O ciúme sufoca o amor, o ciúme maltrata, estrangula e mata depois de provocar imensa dor. Ciúme é desconfiança, é total falta de segurança, é não acreditar na pessoa amada. O ciúme castiga, provoca agressões, provoca briga, o ciúme não vale nada. Quantos hoje estão separados, vagando pela vida, arruinados. Perderam seu rumo, saíram do prumo, do amor estão deserdados. Tudo por causa do maldito ciúme que faz murchar a flor, perde o perfume, perde o viço e o gosto de viver. Ciúme é não saber amar, é não se conhecer, é não se dar. Ciúme é estar no paraíso e preferir sofrer e preferir chorar. Cícero Alvernaz (autor) 29-01-2016.
MALABARES                             Tão pobre criatura,                             Com sua alma pura                             Fazia malabares no sinal.                             Atrapalhava o transito                             Com sua nobre arte                             Que a poucos atraia.                             Dinheiro ele pedia,                             Para comprar o almoço,                             Mas aquele pobre moço,                             Quase nada recebia.                             Tão pobre criatura,                             Com sua alma pura                             Ali se apresentava.                             Pessoas que passavam,                             Algumas não olhavam                             Bem poucas percebiam.                             Bem pouco ele ganhava,                             Com sua nobre arte,                             Depois se afastava             
HERANÇA Meu pai me deixou uma herança, meu pai me deixou um legado. Não foi dinheiro nem bens, não foi fazenda nem gado. Meu pai me deixou uma herança, meu pai me deixou um legado. Minha mãe me deixou uma herança, minha mãe me deixou um legado. Não foi dinheiro nem bens, não foi fazenda nem gado. Minha mãe me deixou uma herança, minha mãe me deixou um legado. A herança que meus pais me deixaram é riqueza de um valor incalculável. Herança de carinho, herança de exemplo, herança de amor, herança de compreensão. Essa herança eu trago guardada bem no fundo do meu coração. Cícero Alvernaz (autor) 28-01-2016.
Eu sei que é polêmico e até controverso, mas, na minha opinião, o melhor período que o Brasil viveu foi na época dos governos militares, entre 1964 até 1985. Em 1985, os militares entregaram ou devolveram o Governo para os civis. Tancredo Neves foi eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Antes de tomar posse morreu ou foi morto, segundo várias versões, José Sarney assumiu, ilegalmente, diga-se de passagem. No governo Sarney a inflação bateu recorde, mas hoje ela se encaminha para bater um novo recorde. Nesse período, a única coisa boa foi o Plano Real, criado em 1994 no governo Fernando Henrique Cardoso. De lá pra cá, com a ascensão do PT ao poder, o País só andou pra trás, com corrupção e mais corrupção e hoje está praticamente ingovernável. Por esta razão, grande parte da população pede a volta dos militares ou uma Intervenção Militar para tentar salvar o que restou do País. Cícero Alvernaz (autor) 28-01-2016
JEITO MINEIRO Jeito mineiro de quem fala até quando se cala. De quem olha, mas não diz, de quem é feliz sem parecer, de quem entende, mas custa responder e faz que não sabe sabendo, e diz que não quer querendo e às vezes prefere se esconder. Jeito mineiro de quem imagina e sabe quando a vida ensina. De quem pensa antes de falar e quando fala diz tudo e não dá ponto sem nó. Jeito mineiro de quem ama de uma forma especial, e que às vezes reclama, mas não é por mal. Jeito mineiro de quem sofre, baixa a cabeça e chora de saudade. Mas se supera sempre, pois sabe que a vida é assim. Jeito mineiro de contar histórias, de alinhavar os casos engraçados, de inventar poesia sem palavras, de amar o seu Estado, o seu berço, e de viver eternamente apaixonado. Cícero Alvernaz (autor) 27-01-2016.
PASSARINHO Ele canta, bate as asas, depois voa e se vai. Passarinho bonitinho vai em busca do seu ninho, voa alto e não cai. Eu queria por um dia ser um meigo passarinho a voar em liberdade. Beijar as flores do campo cheio de felicidade. Passarinho, amiguinho, o seu canto é minha paz, seu gorjeio é meu sonho. Nesta vida, muitas vezes, eu me sinto tão tristonho! Mas ouvindo o seu canto, sua voz melodiosa sinto arder meu coração. Passarinho, o seu canto é a minha oração. Cícero Alvernaz (autor) 27-01-2016.
SOFRER DE PAIXÃO Tem gente que diz: não quero me apaixonar porque eu vou sofrer. E quando apaixonar-se necessariamente é sofrimento? Apaixonar é se desvestir, tirar o sono da cara, abrir os olhos, tapar os ouvidos e olhar o longe procurando a distância. Apaixonar-se é voltar à infância com amor e carência, passar pela adolescência e provar o mel que continua a jorrar sem lua e sem paladar. Sofrer é sofrer, independente de se apaixonar ou não se apaixonar. Sofrer é carregar água, subir escada, guardar mágoa, descascar abacaxi, se abaixar para alguém subir como se fosse escada, é andar pelada chorando na estrada e correr de vaca brava. Se apaixonar é esquecer e lembrar, é lembrar e esquecer. Se apaixonar é viver.  Mas tem gente que diz:  não quero me apaixonar porque eu vou sofrer.  Aí eu pergunto: o que é pior: sofrer de paixão  ou  sofrer correndo de ladrão?  Eu prefiro sofrer de paixão a levar um escorregão  e cair de cotovelos no chão.  Por isto sou um eterno
CARNAVAL Carnaval é pra vê ou pra comê? Festa indigesta que muita gente detesta, cheia de plumas e paetês, de confetes, serpentinas, e muito bundalelê. Carnaval é pra vê ou pra bebê? Festa que se espalha que abraça, agasalha, cheia de tanta muvuca, verdadeira arapuca que quer a gente prendê. Carnaval é pra vê ou pra esquecê? Festa que tem de tudo, tem careca, cabeludo, tem falador e tem mudo, mas que tem, sobretudo, mula sem cabeça e saci pererê. Cícero Alvernaz (autor) 27-01-2016.
MAGISTRAL Lá vai o ciclista correndo na pista, feliz pedalando a sua magrela. Também vai na rua, pedala, flutua, e canta baixinho a sua canção: "Pedala ciclista e sempre insista na rua ou na pista em busca de um sonho. Pedala amigo, enfrenta o perigo na rua, na pista: o mal motorista que não te respeita, pois dirige mal, não ouve, não vê, e assim com maldade acelera e invade a preferencial". Lá vai o ciclista, não há quem resista, a sua magrela que ele conduz feliz, magistral. Cícero Alvernaz (autor) 26-01-201
FALEMOS DE NÓS Não falemos de terceiros, falemos de segundos, minutos, horas e dias. Não falemos dos vizinhos, falemos das estradas e dos caminhos. Falemos do cotidiano, dos meses e dos anos, falemos do século, falemos do milênio, falemos de nós, ergamos bem alto a voz em favor do oprimido, pois é sabido que ele sofre, sofre muito por incompreensão, e ele é nosso irmão. Não falemos de terceiros, falemos do Deus verdadeiro, pois Ele é o primeiro que se humanizou, se fez cordeiro, e morreu em nosso lugar. Enfim, falemos de nós, ergamos bem alto a voz, pois é melhor falar e sorrir do que simplesmente chorar e se desiludir. Cícero Alvernaz (autor) 26-01-2016.
 CROACA  O professor Rolando,  que dava aulas noturnas no "Madureza Ginasial",  quando se referia ao rio Tietê sempre dizia:  "O rio Tietê é uma croaca a céu aberto".  Pelo jeito, essa croaca está cada vez maior.  Hoje não, mas naquele tempo eu me perguntava: o que é croaca?
AFRODISÍACOS Nunca se procurou tanto pelos afrodisíacos como agora. Com a liberdade ou a liberalidade sexual, via meios de comunicação e outros, a busca pelo sexo ou pela satisfação sexual só tem aumentado. E como a oferta é grande a procura também aumentou e se intensificou. Mas é preciso estar preparado ou se preparar para esta prática altamente prazerosa. Afinal, só teoria não satisfaz. E tome afrodisíacos! Muita propaganda e vendas livres inclusive para menores, que também já não se garantem mais quando o assunto é sexo. Já não se fazem menores como antigamente! E os maiores estão cada vez mais animados ou assanhados quando o assunto é sexo. Muita oferta, muita guerra de informações, muita mentira e perigo à vista. Mas isto já era esperado e não é criticado nem fiscalizado, nem condenado por ninguém. Com a chegada do carnaval, isto ficará ainda mais explícito. A primeira vez que eu ouvi a palavra “afrodisíaco” eu pensei que se tratasse da raça de algum macaco originário de algu
VÃO-SE OS AMIGOS, FICAM OS DEDOS Quem quiser perder um amigo é só discordar dele. Enquanto as ideias estiverem juntas, unidas, concordes e intercaladas a amizade flui e vai que é uma beleza. Porém, no momento em que houver alguma discordância, essa "boa amizade" estará correndo sérios riscos. Não entendo por que o ser humano é assim, mas é. Este é mais um dos motivos pra eu gostar de escrever, pois quem escreve comunica de uma forma diferente e não envolve essas amizades tão susceptíveis a esses percalços. Eu já tive amigos "amicíssimos" mas também já perdi uma penca deles por causa de questiúnculas, principalmente quando o assunto é política. Mas, depois eu paro e penso: na verdade, nós só temos dois amigos de verdade: Deus e nós mesmos. Também, se for amigo por interesses ou conveniência, que graça tem? Vão-se os amigos, ficam os dedos. Cícero Alvernaz (autor) 25-01-2016.
ELIAS E ELISEU Elias e Eliseu se tornaram companheiros, por providência de Deus, dois profetas, dois obreiros. Caminhavam sempre unidos por estradas pedregosas, mas foram por Deus dirigidos, por onde eles andavam muitos sinais se operavam com bênçãos maravilhosas. Onde esta dupla chegava a bênção chegava junto, os dois tinham muitos assuntos acerca das coisas de Deus. Tinham algo em comum, os dois pareciam ser um no amor, na comunhão, viviam com grande unção dois homens de oração: Elias e Eliseu. Mas havia entre eles um segredo que pairava: Elias seria tomado e por Deus arrebatado, depois Eliseu seria quem o representaria naquela grande missão. Assim Eliseu o seguia. pois tudo que ele sabia, guardava no coração. Deus sabe o momento certo em que Ele vai nos levar, na cidade ou no deserto devemos alertas estar. Quando Deus levou Elias naquele carro de fogo, Eliseu  pediu a capa que a ele pertencia, e com ela em suas mãos ele fez mais maravilhas.