VAMOS SAIR POR AÍ... Vamos sair um pouco, vamos a algum lugar, vamos colher frutas num pomar, vamos admirar a natureza, vamos deixar a tristeza, vamos deixar este lugar sombrio, vamos deixar este chão úmido e frio, vamos deixar esta casa sem luz, vamos sair por aí, vamos procurar a outra perna do saci, vamos procurar a cabeça da mula sem cabeça, vamos antes que anoiteça, vamos antes que o fantasma apareça, vamos sair um pouco, vamos a algum lugar, vamos colher frutas num pomar, vamos admirar a natureza, vamos deixar a tristeza, vamos deixar este lugar sombrio, vamos deixar este chão úmido e frio, vamos deixar esta casa sem luz, vamos sair por aí... Cícero Alvernaz (autor), 27-05-2015.
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Mostrando postagens de maio 24, 2015
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SONHO EM SER EU Sonho em ser eu na turbulência dos dias, nos desatinos do tempo, nos meus passos lentos, no calafrio das horas... Sonho em ser eu na vida que se esvai, na chuva lenta que cai, nos estribilhos dos versos, no mistério da poesia... Sonho em ser eu na divagação do momento, no sonho que á tarde me vem, no tique taque das horas que escorrem devagar... Na batida do martelo que tanta coisa insinua, no olhar que nunca vê o essencial do meu dia... Sonho em ser eu... Cícero Alvernaz (autor) 27-05-2015. Mogi Guaçu, SP.
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À ESPERA DA POESIA A poesia não veio, Em vão espero por ela, Me arrumo, me penteio, Olho de novo a janela. Olho o relógio nervoso, Vou à porta, olho a rua, A poesia não atrasa - A espera continua... Não sei qual foi o motivo, Ou se ela se esqueceu. Eu aqui à sua espera E ela não apareceu. Queria vê-la de novo E tanta coisa falar, Me entregar aos seus carinhos Dormir, e feliz sonhar. Saio lá fora ansioso Já sem nenhuma esperança, Sou um resto de passado, Sou uma triste criança. Ergo o olhar por sobre as casas E me vem doce lembrança, Fico assim ensimesmado Enquanto o dia avança. Porém olhando a distância No imenso céu azul Vejo uma estrela que brilha, Vejo o cruzeiro do sul. Depois olho a natureza Com seu gesto de amor E descubro em meio a tudo A poesia numa flor. (Cícero Alvernaz) Membro da Academia Guaçuana de Letras.
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PEDE AQUI Pede um queijo, pede um beijo, pede um sonho, um café. Pede um riso, pede um livro, pede um dom, pede uma fé. Pede um prato, pede um lenço, guardanapo, pede um pão. Pede um laço, um abraço, um cadarço, um limão. Pede um maço, um amasso, pede um lápis, pede um cão. Pede um tempo, pede um quilo, pede um litro de feijão. Pede um cesto, pede um cento de laranja ou caqui. Pede um vidro, pede tudo que quiseres, pede aqui. Cícero Alvernaz (autor) 23-05-2015.
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DE MANHÃ De manhã pode-se ver o brilho do sol e do dia, pode-se respirar poesia em contato com a Natureza. De manhã pode-se contar as gotas de orvalho que pairam sobre a flor, irradiando beleza. De manhã pode-se correr pelos campos sem fim e sentir o vento a nos tocar com leveza. De manhã pode-se amar o sol, o dia, pode-se respirar poesia com seu fulgor e beleza. De manhã a vida se faz presente como um colar, um presente, e nos deixa mais contentes e felizes, com certeza. Cícero Alvernaz (autor), 24-05-2015.