FRUTA MADURA Senti o seu cheiro que o vento trazia, era um misto de prazer e alegria que eu não soube decifrar. Seu cheiro me invadia, sem querer me atraía, mexendo com meu paladar. O tempo passou, escorreu como água no rio, senti calor, senti frio, mas, sobretudo, senti desejo. O cheiro da fruta travou uma luta, eu sinto e vejo. Senti-me frustrado como quem perde um brinquedo, queria saber o segredo de tanto sabor e prazer. O cheiro da fruta madura foi uma tortura que não sei dizer. Cícero Alvernaz (autor), 20-11-2014.
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Mostrando postagens de novembro 16, 2014
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MORRER EM PAZ Quero morrer em paz quando chegar a hora Qual flor que murcha e cai sem reclamar. Quero partir sorrindo sem rancor Ciente que na vida só distribuí amor E nunca fiz ninguém chorar. Quero morrer em paz qual passarinho, Quero voar ao céu por entre nuvens alvas. Por um instante sei que muitos vão chorar, Talvez até dizer palavras ou cantar, Quero partir e estar entre milhões de almas salvas. Quero rever irmãos e amigos que se foram, A todos vou sorrindo abraçar. Distante deste mundo de amargura Eu quero, enfim, em paz e de alma pura Viver pra sempre livre no meu lar. Quero morrer em paz quando chegar meu dia E ser levado pelos anjos ao jardim. Se for possível, peço aos meus irmãos, Que evitem prantear, fazer lamentação, Pois minha alma descansou enfim. Cícero Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras) Mogi Guaçu, SP – 17-06-2008.
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ACOLHIMENTO Do verbo acolher, acolhimento, carinho, tratamento, cuidado, proteção... Acolher algo, alguém, alguma coisa, cuidar com carinho dando o que for necessário e agradável enquanto está sob nossos cuidados. O ser pode estar tristinho, doentinho ou apenas carente de um carinho. É preciso conhecer para receber e acolher dispensando os cuidados necessários e devidos. Talvez este seja o exemplo mais claro do que Deus fez e faz por nós. Uma ave tão fraquinha que mal pode voar, um animalzinho que não pode correr e anda com dificuldades com medo, fome e frio. Então vem alguém e nos acolhe unicamente por amor. Olha por nós e pra nós e se solidariza com a nossa situação. Então nos sentimos seguros e podemos descansar em braços fortes e protetores. É assim que Deus faz conosco e é assim que Ele usa pessoas para fazer por nós aquilo que não podemos fazer. Cícero Alvernaz, 17-11-2014.
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MADRUGADA São horas mortas, porém, bem vivas, pra quem se importa e tem uma vida ativa. Hora de sono, de sonhos mil, em que no abandono adormece o Brasil. Hora de trabalho, de esforço e produção, para quem pega no malho e dança com a alma na mão. Diferentes madrugadas, pra pessoas diferentes. Se uns se vão pra balada, outros se vão pro batente. Enquanto aqui raciocino, e tento entender este tema, me transformo num menino em forma de um poema. Cícero Alvernaz, 16-11-2014.