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Mostrando postagens de setembro 17, 2017
ESQUECE Esquece o que eu falei, esquece o que eu escrevi, Esquece que um dia te amei, te quis, fui feliz e chorei. Esquece aquele sorriso prometido, aquele abraço adiado que não foi frouxo, nem apertado. Esquece aquela promessa vazia, aquele verso da minha poesia, aquele beijo de leve, aquele carinho, o toque de mão... Esquece aquele passeio, aquele recheio no pão, esquece o meu violão que arrebentou uma corda naquela noite sem lua. Esquece os gritos perdidos que enchiam nossa rua, esquece o que eu falei, esquece o que eu escrevi. Só não esquece que eu te amei desde o primeiro momento quando um dia te vi. Cícero Alvernaz (autor) 20-09-2017)
TRISTEZA Falar de alegria é fácil e é muito bom. Falar do Rock in Rio, dos shows e suas peripécias e exageros, falar das aventuras pelos campos e cidades, das festas regadas a tantas bebidas que escorrem pelas bocas e antes de esvaziar um copo alguém já aparece para reenche-lo. Alegria, alegria, alegria! Falar de alegria é tão bom que até as igrejas já entraram nessa onda. Por mais paradoxal que pareça, eu prefiro falar de tristeza. Talvez por isto os meus leitores não são mu itos. Falar de tristeza, sentir tristeza, me quedar cabisbaixo e pensativo como um menino que perdeu ou quebrou o seu brinquedo, ou como alguém que treme de medo perdido por aí, ou em alguma "fila da morte". Suspirar e chorar às vezes sem lágrimas para derramar de tanto que já chorou, se expressar através do sentimento e do sofrimento, amar sem ser amado, ficar sentado ou agachado, escondido e perdido... Falar de alegria é fácil e corriqueiro, mas primeiro eu quero falar de tristeza, falar da realidade,
NÃO ME LEVE Não me leve a lugar nenhum, não me tire daqui, não me leve ali, não me deixe a esperar até o dia clarear e as aves fazerem sua festa saudando mais um dia. Não me leve, fica comigo, eu tenho pra nós um abrigo onde o amor viceja, onde a chama deseja, onde a corpo flameja, onde o riso é solto, onde a vida é bela a olhar da janela o campo em flor. Não me leve contigo, mas fica aqui comigo, eu tenho pra nós um abrigo, uma cama, um cobertor, um peito cheio de amor, um corpo quente, ardente, muitos beijos e abraços, é nosso esse espaço, por você eu tudo traço, tudo em nome do prazer, vem meu corpo aquecer, de carinhos me encher, no seu colo me acolher como os versos que eu faço. Cícero Alvernaz (autor) 18-09-2017.
LEITOR ANALFABETO Ele lê pouco, pouco pouco pouco, lê pouco, muito pouco, só lê o título, só lê o primeiro verso, só lê a primeira estrofe. Não lê o poema todo porque não tem tempo, porque já sabe o final, porque não gostou da temática, porque não gosta do poeta, porque não gosta de poesia, porque está cansado, porque está com pressa, porque a vista está fraca, porque tem mais o que fazer e porque não gosta de ler. Esse é um leitor-objeto, um leitor analfabeto. Cícero Alvernaz (autor) 18-09-2017.
"CORTA PRA MIM!" Não sou muito dado a homenagear, fazer homenagens e oferecer algum tributo a alguém ou a alguns, principalmente quando não conheci essa pessoa, nem ela me conheceu. Prefiro guardar o meu sentimento, a minha gratidão e deixar que o coração fale por mim. Ontem, dia 17-09-2017, tive um dia triste, fechado, parado, denso e tenso. Não saí, pouco escrevi e me perdi em lembranças e recordações deixando pairar as emoções que se impunham sobre mim. À noite, quando a m ente desacelera um pouco, pude pensar melhor e sentir com mais clareza a "perda monstro" que o nosso País teve com o anúncio da morte do jornalista, repórter-investigativo e apresentador Marcelo Rezende, que comandou por muitos anos um programa que, apesar do seu teor investigativo-policial, era líder de audiência na emissora. Com seus bordões, seu jeito engraçado e sério, sua inteligência, capacidade e genialidade, Marcelo abraçava o País denunciando mazelas, tocando nas feridas abertas com s
JÁ CHOREI POR MULHER  Pode parecer chatice, esquisitice, tontice, tolice ou mesmice, algo que ninguém viu, nem disse, coisa de quem não bate bem, ou não sabe o que quer. Mas a verdade, porém, (eu só não digo por quem), mas já chorei por mulher.
FLERTANDO COM A POESIA  Descobri que tenho esse dom e resolvi deixa-lo fluir. Se tantos fazem tantas coisas, algumas até suspeitas, por que eu não faria algo lindo e insuspeito? Deixei cair na terra o meu verso e ele ampliou meu universo, contornou as suas linhas, pintou e embelezou o seu traçado. Com palavras, frases, técnica e estética aprofundei-me no oceano das ideias e da fluência quase sem limites que se incorporou à minha escrita. Carreguei muitas dores, dissabores e a mores, me esqueci sentado e flertando com a poesia, muitas vezes preguiçosa e arredia. Foi uma brincadeira que me propus realizar e dela me aproveitar para melhor suportar as agruras da vida. Descobri que tenho esse dom ainda muito cedo e resolvi, sem medo, abraça-lo e deixar fluir meu sentimento, muitas vezes em forma de lamento que ecoou pelos ares. Hoje, não preciso fazer mais nada a não ser palmilhar essa estrada que me leva cheio de esperança, qual criança que aprecia o seu brinquedo. Se tantos fazem tantas c