CALOR
Calor, ventilador ligado, camisa regata, vida pacata,
vou me arrastando com o pé no chinelo.
Lá fora está quente, a noite é um forno
mais quente que morno e o tempo sorri e zomba de mim.
Calor agitado, ar pesaroso, quente, medroso
parece assim que não gosta de mim.
A noite medonha, pesada, enfadonha
me deixa cansado, quente, suado
olhando de lado pensando em nada.
O ventilador no teto girando
seu vento espalhando é minha esperança.
Mas ele se cansa e o vento é quente
e roda e roda no seu desatino.
Pareço um menino na minha cadeira
com minha regata e minha bermuda,
chinelo no pé que nunca desgruda.
Calor, ventilador, a noite avança,
o tempo não para, a vida se passa
igual a fumaça de alguma queimada.
Estou pesaroso, cansado e medroso,
sem jeito e sem fé.
Estou quase louco e daqui a pouco
eu vou levantar e tomar um café.
(25-10-2019)
Calor, ventilador ligado, camisa regata, vida pacata,
vou me arrastando com o pé no chinelo.
Lá fora está quente, a noite é um forno
mais quente que morno e o tempo sorri e zomba de mim.
Calor agitado, ar pesaroso, quente, medroso
parece assim que não gosta de mim.
A noite medonha, pesada, enfadonha
me deixa cansado, quente, suado
olhando de lado pensando em nada.
O ventilador no teto girando
seu vento espalhando é minha esperança.
Mas ele se cansa e o vento é quente
e roda e roda no seu desatino.
Pareço um menino na minha cadeira
com minha regata e minha bermuda,
chinelo no pé que nunca desgruda.
Calor, ventilador, a noite avança,
o tempo não para, a vida se passa
igual a fumaça de alguma queimada.
Estou pesaroso, cansado e medroso,
sem jeito e sem fé.
Estou quase louco e daqui a pouco
eu vou levantar e tomar um café.
(25-10-2019)
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