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Mostrando postagens de abril 26, 2015
FAZ ALGUMA DIFERENÇA? Tem gente que quando vai viajar se preocupa muito, não com a viagem em si, mas com o que vai deixar pra trás. Olha a casa, fecha bem as portas e as janelas, olha de novo, com todo cuidado... A casa vai ficar sozinha! Molha as plantas antes de sair, põe comida pro cachorro, põe ração pro gato, recolhe as roupas do varal, olha tudo de novo, confere tudo... Antes de sair pede a um vizinho para dar uma olhada de vez em quando. E para terminar, antes de sair faz uma oração pedindo a Deus proteção. Vejo este ritual e me pergunto: para que serve tudo isto? Se tiver que acontecer alguma coisa faz alguma diferença? Na verdade, não entendo o que muita gente faz, nem o que pensa. Cícero Alvernaz (autor), 30-04-2015.
EU NÃO EMPRESTO NADA Não adianta pedir dinheiro emprestado, pedir bicicleta emprestada, pedir roupa emprestada, pedir celular emprestado, pedir relógio emprestado, pedir cheque emprestado, pedir cartão emprestado, pedir caneta emprestada, pedir óculos emprestado, pedir telefone emprestado, pedir livro emprestado, pedir cd emprestado, pedir dvd emprestado, pedir perfume emprestado, pedir casa emprestada, pedir isqueiro emprestado, pedir fosforo emprestado, pedir fogão emprestado, pedir carro emprestado, pedir animal emprestado, pedir computador emprestado, pedir chinelo emprestado, pedir cadeado emprestado, pedir violão emprestado, pedir vasilha emprestada, pedir açúcar emprestado, pedir feijão emprestado, pedir café emprestado, pedir geladeira emprestada... Desde já eu vou avisando: eu não empresto nada. Cícero Alvernaz (autor) 26-04-2015.
A UM VELHO. O seu andar ritmado denuncia o seu cansaço. Seu olhar profundo e distante fala de um mundo diferente no qual vives. Seu sorriso, muitas vezes imperceptível, deixa transparecer um certo contentamento interior, talvez alguma agradável lembrança que emerge de repente e coloca esse brilho no seu rosto e reflete seu amável coração. Não posso entender todo esse sentimento que flui e emana de ti. Entretanto sei e posso dizer que tudo isso me faz bem. Vejo-te e tento me ver em ti, entender tua linguagem e teus gestos. Tento entender esse teu jeito ao mesmo tempo estranho e tão familiar. Não sei. Às vezes fico horas te olhando tentando descobrir e decifrar enigmas que surgem desta sublime contemplação. Há uma diferença, não apenas de idade e costumes – há algo contraditório que nos aproxima, e ao mesmo tempo nos afasta um do outro. Chego a imaginar nós dois andando por aí como dois jovens (ou dois velhos?) conversando animadamente, discutindo fatos do dia a dia como dois amigos que
Tem dia de tudo, pra tudo em que se comemora tudo, e dizem que hoje é o dia da sogra. Deixando a sogra de lado, ou ao lado do sogro, na verdade, tem dia de tudo para se comemorar. Eu nunca comemorei nada, nem Natal que é um dia para muitos sagrado. Por que sagrado? Para mim, é apenas um dia a mais que indica que o fim do ano está chegando. Na verdade, esses dias foram inventados por alguém com interesse muito claro e definido. É só uma oportunidade a mais para gastar, se endividar e depois ficar apertado sem ter pra onde correr. Por isto não comemoro nada. Aliás, eu só comemoro um dia: o meu dia, que ultimamente não tenho comemorado por um motivo muito particular. É o dia 20 de novembro, que para mim é um dia santo, um dia especial que, como eu disse, nem este dia estou comemorando ultimamente. É o dia do meu aniversário. Mas quem quiser comemorar o dia da sogra fica a vontade. Cícero Alvernaz (autor), 28-04-2015.
O MAR O mar é profundo Como o olhar de uma criança. Pássaros revoam e se perdem no infinito E desenham no céu a palavra esperança. O mar é intenso Como o sonho de um adolescente. As nuvens pairam no céu Tão lindo, azul, transparente. Eu vejo o mar, Mas não entendo seu ar misterioso. Às vezes me quedo perdido Remando distante assim ansioso... O mar é extenso Como um verso jogado no ar. O homem caminha e firma seus passos Pisando na terra, olhando o mar. E exclama de olhos fechados: “Não posso viver sem o mar!”. Cícero Alvernaz (autor). Mogi Guaçu, SP. (Gazeta Guaçuana, 23-02-2002)
Têm pessoas que, de graça, pegam ódio da gente. E eu fico pensando como, às vezes, é difícil a convivência entre os seres humanos. Esse ódio é um misto de inveja, despeito e ciúme, algo sem explicação e que faz as pessoas morrerem aos poucos. Há motivos diversos para esta aversão que toma conta da pessoa. Isto pode acometer qualquer pessoa nas mais diferentes quadras da vida. Geralmente, as pessoas negam este ódio tão claro e tão marcante e dizem apenas: "eu não me dou muito bem com ela(e), a gente não se dá, a gente não se suporta... mas não tenho nada contra ela(e)". Porém, quando sai, chega a piscar e a tremer de raiva, quando vê a outra pessoa vira a cara, vira tudo. E ainda diz que não odeia. O ser humano é mal e enganoso como disse o profeta Jeremias: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas". (Jeremias 17. 9 e 10). E as pessoas continuam se odiando, com ou sem motivos, por conta deste coração mau e enganoso. Cícero Alvernaz (autor), 24-04-2015.