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Mostrando postagens de dezembro 7, 2014
LABIRINTO As flores murcharam sem aviso, de repente, o que era tão contente se perdeu num labirinto. A tristeza me encontrou num momento de pesar, eu não pude disfarçar, mas hoje melhor eu me sinto. Meus pés saíram do chão, viajei na contramão num caminho muito escuro sem ter como retornar. Os meus sonhos se esvaíram, eu me vi em desatino como se fosse um menino perdido, sem se encontrar. As flores murcharam e perderam seu perfume, nesta hora a gente assume que nada pode fazer. Me achei sobressaltado, muito triste, machucado, fiquei olhando de lado e não pude me conter. Saí andando perdido sem saber onde chegar, lembrei do meu velho lar, de minha mãe e meu pai. Se eu tivesse um espelho veria meu rosto vermelho, este momento de dor da minha mente não sai. Cícero Alvernaz (autor), 13-12-2014.
VIELA Pequena rua estreita sem asfalto e sem luz, que muitos chamam viela, e às vezes caçoam dela, pois ela pouco traduz. Liga uma rua a outra, encurta a distância até, viela em que evito passar, não tenho preguiça de andar, prefiro ir longe a pé. Tenho medo da viela por não ser iluminada, também por não ser asfaltada representando perigo. Dizem que encurta caminho, mas prefiro caminhar a ter que me arriscar e, quem sabe, me perder, nem sempre o caminho mais curto é o que nos dá mais prazer. Na vida tem muitas vielas que nos oferecem vantagem, melhoram a nossa imagem e nos fazem delirar. Oferecem seus prazeres eivados de falsidade, são vielas perigosas, são estradas desastrosas e muitos se perdem, se prendem, pelos antros da cidade. Cícero Alvernaz (autor), 10-12-2014.
O CICLISTA Ele corre, enfrenta a pista, E se vai esperando chegar. Pela vida lá vai o ciclista Pedalando sem nunca cansar. Os problemas que ele enfrenta São motivos pra ele seguir. Sua fé encoraja e sustenta, Não o deixa jamais desistir. Pedalando ele conta os minutos, Pois sorrindo alguém o espera. Ele segue feliz, resoluto, Pedalando a sua magrela. Vai montado levando esperança, Carregado de muita saudade. No seu peito existe a lembrança Da infância na sua cidade. Seu desejo é logo chegar E rever os seus pais e amigos. Só então ele vai descansar São e livre dos muitos perigos. Pois agora está salvo e feliz, E não teme os perigos da pista. Mais parece um menino aprendiz Nosso herói, nosso amigo ciclista. Cícero Alvernaz (autor), 11-12-2014.
FESTA Festa para os olhos E suas pupilas cansadas, Festa para o corpo E suas danças ritmadas, Festa que não se cansa, Pois até mesmo a criança Entra na dança E vai até altas madrugadas. Festa para comemorar O final de mais um ano, Festa para lembrar A chegada de mais um ano, Festa porque estamos em janeiro, Festa porque depois será fevereiro, Festa o ano inteiro, De janeiro a janeiro. Festa para marcar mais uma festa, Festa para não esquecer a festa E o sagrado direito de festejar, Festa para sorrir e dançar, Festa para amar, beber e paquerar, Tudo é motivo para festa, Vamos todos festejar! Cícero Alvernaz, 10-12-2014.
MINAS Minas não é história, não é conto, anedota. Minas é um sorriso, é talvez um paraíso que dentro da gente brota. Minas é um sentimento que extravasa nosso ser. Minas é sala e cozinha, a alegria que eu tinha e depois vi renascer. Minas é um couro curtido, é um pé de frutas maduras. É gente vivendo a sorrir, é um céu bonito a se abrir, lugar de muita fartura. Minas é um rio que corre e leva saudades e ais. Minas é o meu cantinho, é o cantar dos passarinhos, Minas é Minas Gerais. Cícero Alvernaz (autor), 07-12-2014.