Cícero Alvernaz

PENSEI EM VOCÊ Eu não te vi hoje, mas pensei em você. Meu pensamento voou, se perdeu e foi pra longe na ânsia de te encontrar. Caminhei por ruas estranhas seguindo meu pensamento, depois voltei e parei e sentei por um momento. Eu não te vi hoje, mas recordei nosso encontro. Meus olhos fitaram você como se olha uma estrela, como se vê uma flor. Andei sem rumo, sem norte, como se fosse um menino, andei por aí sem destino procurando meu amor. Cícero Alvernaz (autor), 25-07-2014.

CHOVE Chove na tarde, chove na terra, E a terra recolhe os pingos da chuva E canta feliz a sua cantiga. Chove no espaço, chove no tempo, A chuva mansinha desaba tão leve, A chuva serena, a chuva amiga. Chove no dia que fica molhado, Chove no mato, no rio, no campo, Chove em tudo, chove em mim. Eu conto os pingos, eu conto a chuva, Eu canto ouvindo o barulho da chuva, Chove na flor e inunda o jardim. Chove sem pressa e a tudo encharca, A terra absorve a chuva que cai Num doce momento de sonho e paz. Chove... Eu ouço a chuva cair, Eu sou um menino feliz a sorrir, E a chuva caindo saudade me traz. Cícero Alvernaz (autor), 25-07-2014. Mogi Guaçu, SP.

CONHEÇA A AVE-SÍMBOLO DO SEU ESTADO São Paulo - sabiá-laranjeira, Minas Gerais - siriema, Espírito Santo - beija-flor, Rio de Janeiro - tucano do papo amarelo, Paraná - gralha azul, Santa Catarina - araponga, Rio Grande do Sul - quero-quero, Bahia - curió, Sergipe - corrupião, Alagoas - mutum do nordeste, Paraíba - pomba de bando, Pernambuco - tesourão, Rio Grande do Norte - ema, Ceará - jandaia, Maranhão - sabiá da praia, Piauí - surucuá de barriga vermelha, Tocantins - cigana, Amapá - flamingo, Roraima - galo da serra, Pará - pavãozinho do pará, Amazonas - uirapuru, Acre - arara vermelha, Rondônia - jacamim das coxas verdes, Mato Grosso - tachã, Mato Grosso do Sul - tuiuiú, Distrito Federal - gavião real, Goiás - inhuma. Fonte: Site "Conheça Minas". 22-07-2014.

ENSAIO PARA A MORTE. Ao nascer, a pessoa já inicia o seu "ensaio para a morte". Cada dia que passa é um dia a menos de vida. Ensaiamos diariamente e muitos se vão antes de terminar o seu ensaio. A partir de uma certa idade, efetivamente, começamos a morrer. Desgastamos fisicamente, mentalmente e ficamos vivendo dentro de uma realidade que nos deixa quase sem nenhuma perspectiva. Na verdade, contamos os dias e as noites longas vivendo em contagem regressiva e, literalmente, esperando pelo fim. Dentro deste ensaio adquirimos muita experiência e vivemos situações as mais diversas. A vida é um espaço entre o nascimento e a morte, e neste espaço ficamos, a cada dia, conscientes de que tudo que tem começo, tem um meio e um fim. Dentro do teatro da vida ensaiamos, muitas vezes representamos, rimos e choramos, mas, sobretudo, vivemos e aprendemos. Costumo dizer que quem consegue chegar aos cinquenta anos começa a partir daí uma contagem regressiva. O peso nos encurva, nos arremete