Cícero Alvernaz

OLHEI LÁ FORA  Olhei lá fora, olhei a rua, olhei o dia, que se passava e me olhava com o seu jeito, pensei na vida que também passa como fumaça, como o rio, vida tão boa, passa a toa a cada dia. Olhei lá fora, vi o quintal, vi o varal com suas roupas dependuradas, senti o sol, senti o vento que me tocava sem me ferir, sem me assustar, o seu carinho bem mansinho pude sentir. Olhei lá fora e penso agora neste meu gesto sem pretensão. Senti no peito bater com jeito meu velho amigo, meu coração. Cícero Alvernaz (autor) 15-02-2019.

NATURA Natura, natureza, de beleza que ressalta, de sonho que a vida exalta, rima que sublima o momento, candura, prazer sem conta, sol que desponta, flor que se abre, luz que toca e arrepia, poesia do dia rompendo, palavra que guia e leva, versos que vem e enleva, flor que se dá e se entrega, criança inocente se apega. natura, natureza, sublime beleza, música que soa pelo ar, pássaro que canta a voar, nuvem que se se vai no infinito, sonho que faz tudo mais bonito, estrela que vagueia pelo céu, abelha preocupada com seu mel, menina saltitante pela casa, pássaro que voa sem ter asa, verso de um poeta que se entrega, vida que se passa e sublima como a beleza de uma rima. Cícero Alvernaz (autor) 14-02-2019

MEU JEITO DE TE QUERER Tenho um carinho grande por você, mas você não percebe isto, não vê o jeito como eu te falo, a forma como eu te olho, o meu jeito de falar quando você está por perto, o meu olhar de carinho e todo esse meu jeitinho de me dirigir a você. Esse meu jeito diferente, todo esse carinho que sinto, você não percebe, eu sei, mas isto faz parte de mim, é a forma que eu tenho de dizer que sem você não sei viver, que você é minha paz, o meu prazer, e por toda a minha vida eu vou te amar e te querer. Cícero Alvernaz (autor) 14-02-2019.

A MORTE DO JORNALISTA Poderia ter sido a morte de qualquer outra pessoa. Todos os dias morrem pessoas das mais diversas formas através de acidentes, doenças e homicídios. A morte tem sempre a mesma face e traz consigo o mesmo temor. A fumaça da morte se espalha no ar no acidente em que um helicóptero se chocou com um caminhão no Rodoanel. Poderia ter sido diferente, mas, na verdade, morte é sempre igual. Quero falar da morte e do que ela causa: os comentários, as opiniões, os prós e os contras, as advertências, o medo, as ocorrências e os fatos. A morte do jornalista falante e famoso chocou o País e foi comentada em todos os meios de comunicação com vídeos e áudios de seus comentários, de suas opiniões, críticas e insinuações. Ricardo Boechat era muito famoso, muito ouvido e assistido e por muitos ele era querido. Mas a morte não vê isto e não tem medo de fama, nem de cara feia. A morte não vê, nem enxerga, não poupa ninguém por algum motivo ou razão. A morte ainda é um mistério que v

EU VI O TEMPO Eu vi o tempo, vi o relâmpago no céu, ouvi o barulho do trovão, vi a chuva que vinha, mas não tive medo. Eu vi o tempo, corri para um abrigo, procurei um amigo, tive pressa de chegar, pois queria me abrigar. Eu vi o tempo, vi as luzes se apagarem, vi o céu se escurecer e nada pude fazer a não ser me esconder. Eu vi o tempo, porém eu não tive medo, pois eu tenho meu segredo em todos os dias meus. Fiquei calmo e tranquilo, pois confio no meu Deus. Cícero Alvernaz (autor) 11-02-2019.

AQUI NÓS TEMOS SAUDADE Aqui nós temos saudade pelas curvas dessa vida, temos amor e vontade, temos chegada e partida. Tem o sabor de um beijo que foi dado com carinho, Tem o riso que marcou, tem a flor e o espinho. Tem o encontro que ficou bem presente na lembrança, tem o sonho que sonhou, tem o abraço da criança. Aqui nós temos saudade, tem o desejo que fica, tem a vontade que aperta e a gente não explica. Mas a vida é assim e assim o mundo é: Uns partem e deixam saudade, mas nunca perdemos a fé. Cícero Alvernaz (autor) 11-02-2019.