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Mostrando postagens de março 8, 2020
DIA DA POESIA Todo dia é o "dia da poesia", do poeta, do trem, da bicicleta, da alegria, daquilo que é triste e até do que não existe. Podiam criar o dia do dinheiro e passar um avião voando, com muita grana e jogando até o chão. Um helicóptero voando rasante diante de uma multidão ávida por dinheiro, notas de 20, de 50 e de 100. Brincadeiras à parte, hoje é o Dia da Poesia, então também é dia da alegria, do romance, da paixão, da canção que fica no ar cantando e sendo sabore ada pela multidão. Poesia dispensa comentários, é, talvez, a primeira manifestação que fazemos em nossa vida. Alguém já pensou nisto? Quando um filho começa a falar ele recita uma poesia. O primeiro verso que ele aprende e fala é "mamã" (mamãe) e depois papá (comida ou papai) e por aí vai. Esta é a poesia da necessidade, do carinho desejado, do amparo e da proteção. Hoje é o Dia da Poesia, versos diversos, amor, paixão, sonhos e realidade de cada dia. Isto, sim, é Poesia! (14-03-2020)
EU TE QUERIA TANTO Eu te queria tanto que o meu coração adoeceu e o meu sonho renasceu e tudo em mim se fez poesia. Eu te queria tanto que o meu verso se fez poesia, que a minha tristeza se fez alegria e a minha noite se fez dia. Eu te queria tanto que o meu pensamento era você, que o meu falar era você e você era a minha razão e o meu porquê. Eu te queria tanto que fiz loucuras só pra te ver, anoiteci e amanheci nas estradas, dormi e acordei nas madrugadas imaginando estar com você. Eu te queria tanto que os meus olhos só te viam e por você os meus lábios sorriam e assim eu era feliz, mas você, infelizmente, não me quis. Cícero Alvernaz (autor) 14-03-2020.
TEMOS QUE ACREDITAR! Querendo ou não, temos que acreditar. Se a gente não acreditar não terá motivos para lutar. Temos que acreditar no visível, no invisível e até no impossível. Afinal, para Deus não há impossível. Mas se não acreditar vai se juntar à turma de Tomé, aquele que disse que só acreditava se visse. Nós temos que crer para ver e não ver para crer. A fé vê o invisível, pois ela tem "os olhos da fé". Fé e crença, necessariamente nada têm a ver com religião, pois rel igião é mais um sistema do que uma realidade. Religião, muitas vezes, prende, doutrina e cega a pessoa. Jesus liberta e põe a pessoa num lugar seguro. Por isto Ele nos manda crer, ter fé e a fé é algo inteligente, puro e que não admite dúvidas. Jesus disse que quem duvida é semelhante às ondas do mar. Já viram alguma onda parada? Ela bate e volta e não vai a lugar nenhum, apenas forma espumas. Assim é quem duvida, como é o caso de Tomé. Temos que acreditar, mesmo que seja contra tudo e contra todos, pois
ME PERDOA! O ato de perdoar é sublime, o ato de pedir perdão é magnânimo. Pedir e receber são duas vias que estão sempre juntas. A minha função é pedir perdão, receber o perdão é algo que não depende de mim. Sempre devo perdoar quando alguém me pede perdão, esta é a minha função e até obrigação. Mais importante do que pedir perdão é esquecer, perdoar sem esquecer não é perdoar. Amar sem provar o amor não é amar. É como viver sem respirar e andar sem caminhar. Me perdoa! Pedir perdão a D eus é reconhecer os erros meus e desejar a comunhão com Ele. Sem o perdão não há a reconciliação e a gratidão por ter sido perdoado. O ato de perdoar não é do homem. Ninguém perdoa ninguém se não houver uma ação divina, uma ação espiritual e real. Me perdoa, meu Deus! Deus em Cristo nos perdoa e nos abençoa e nos faz livres da carga, do jugo que nos castigava. Me perdoa, Pai! Sou teu filho, sei que não mereço perdão, mas sei que tu és aquele que perdoa todas as nossas transgressões e de nossos pecados
SEXTA FEIRA 13 Hoje o dia promete, não se deve falar, nem mascar chiclete, não se deve beber muita água e evitar todo tipo de mágoa. Hoje é sexta feira 13. Levantei com o pé direito, mudei meu semblante, meu jeito, dei uma olhada no espelho, lavei o meu rosto, enxuguei com uma toalha cor laranja, ajeitei meu cabelo, minha franja, olhei-me de novo, dei uma piscada, vi que minha barba não estava raspada, fiquei com medo ao descer a escada, depois voltei e tomei café, comi um pedaço de pão, abri a geladeira com a mão direita, olhei na porta uma receita e o dia que foi trocado o gás, olhei de novo o calendário que estava na parede acima do armário. Não quero confusão com esta sexta feira, é melhor eu parar por aqui senão eu vou escrever besteira, já está me dando uma tremedeira... Cícero Alvernaz (autor 13-03-2020
"AQUELE PALHAÇO SOU EU" Conta-se que uma pessoa procurou um pastor e começaram a conversar sobre diversos assuntos e entre eles falaram sobre a alegria e essa pessoa confessou ao pastor que estava se sentindo muito triste e queria saber como encontrar ou reencontrar a alegria. Já tinha ido a muitos lugares, viajado, ido a shows diversos, mas não conseguiu encontrar a alegria. A conversa prosseguiu e num dado momento o pastor lhe fez uma sugestão, lhe disse: "Aqui na cidade tem um circo onde várias pessoas se apresentam e dizem que lá tem um palhaço muito bom, muito engraçado, quem sabe indo até lá e assistindo o espetáculo você não encontra um pouco de alegria". Aquele homem olhou para o pastor com o semblante triste e lhe confessou: "Aquele palhaço sou eu". (12-03-2020)
QUANDO EU MORRER Quando eu morrer vão ler o que eu escrevi e vão dizer: "esta eu não li", mas eu devia ter lido ao menos por curiosidade um verso ou outro, uma rima qualquer, aquela poesia que ele falava de uma mulher, ou de uma colcha de retalhos, ou de uma estrela cadente que "caiu" de repente despencando do céu. Dizem que ele escreveu umas coisas loucas, muitas ou poucas, tragédia, comédia, também fazia troça, falava da roça, do pé de milho e do filho que ele não teve. Ele era pouco ético, falava do Atlético, um time de peso, falava do Cerezzo, do Reinaldo e com muito enfeite falava do João Leite, mas ele se foi, (não, não se foi ainda), pois acabou de escrever mais uma poesia linda. Cícero Alvernaz (autor) 12-03-2020
A LUA Faz tempo que não escrevo sobre a Lua, mas ela continua aparecendo periodicamente no seu templo e com as suas fases. Para muita gente a Lua ainda é a companheira e a inspiração dos namorados e dos poetas. O poeta é um namorado da Lua que lhe dirige galanteios e agrados, versos e beijos. Sou do tempo em que a lua iluminava as noites da roça e atraía pessoas e animais. Noite de lua cheia era comum ver alguns animais que normalmente não saíam de suas tocas. A gente tinha m edo, mas também saía das "nossas tocas" para ver a Lua, apreciar o seu brilho e a sua beleza. A Lua é um satélite da terra, ela clareia e enfeita e quando está cheia seu brilho incendeia e inspira, traz de volta o romance ao alcance de todos e é festejada e muito apreciada. Dizem que o homem já foi à Lua. Eu, pessoalmente, não acredito, mas tem gente que crê nisto piamente. Se o homem tivesse ido lá por que ele não trouxe nada de lá? Por que ele não voltou lá? Mas, enfim, deixa isto pra lá. Vamos aprecia
DEUS TE ABENÇOE! Cresci ouvindo alguém falar: "Deus te abençoe". Naquele tempo os filhos pediam a "bença" pro pai, pra mãe, pro avô, pra avó e até pros tios e tias. Era benção que não acabava mais. Na hora de deitar a gente pedia benção pro pai e pra mãe e eles respondiam; "Deus te abençoe, dorme com Deus". Hoje quando me lembro daquele tempo fico emocionado de ver a pureza e o respeito dos filhos e dos sobrinhos e dos netos. E quando a pessoa era católica pedia a benção pro  padrinho. E todo mundo era abençoado, respeitado e amado. Hoje mudou tudo: é filho contra pai, irmão contra irmão, é reino contra reino, nação contra nação... E muita gente inverte as posições e diz que hoje é tudo moderno e que naquele tempo era tudo muito careta. Hoje não é mais "amigo e irmão", hoje é parça, brother e truta. Nem sei o que isto significa, sei que brother é irmão em inglês. Mas essa mudança é normal dentro do contexto do mundo, hoje a linguagem é online, mo
A LUA Faz tempo que não escrevo sobre a Lua, mas ela continua aparecendo periodicamente no seu templo e com as suas fases. Para muita gente a Lua ainda é a companheira e a inspiração dos namorados e dos poetas. O poeta é um namorado da Lua que lhe dirige galanteios e agrados, versos e beijos. Sou do tempo em que a lua iluminava as noites da roça e atraía pessoas e animais. Noite de lua cheia era comum ver alguns animais que normalmente não saíam de suas tocas. A gente tinha m edo, mas também saía das "nossas tocas" para ver a Lua, apreciar o seu brilho e a sua beleza. A Lua é um satélite da terra, ela clareia e enfeita e quando está cheia seu brilho incendeia e inspira, traz de volta o romance ao alcance de todos e é festejada e muito apreciada. Dizem que o homem já foi à Lua. Eu, pessoalmente, não acredito, mas tem gente que crê nisto piamente. Se o homem tivesse ido lá por que ele não trouxe nada de lá? Por que ele não voltou lá? Mas, enfim, deixa isto pra lá. Vamos aprecia
MEU CORAÇÃO Meu coração é frágil, ele não aguenta certas coisas, ele mais apanha do que bate, ele reclama quando ama, ele sempre ama e depois reclama. Meu coração é pequeno, ele cabe na palma da mão, ele está sempre batendo, ensinando e aprendendo, desejando e querendo, mas nunca está satisfeito. Meu coração é um menino que cumpre feliz seu destino e mora no meu peito. Cícero Alvernaz (autor) 12-03-2020.
MINAS - TEMPO PASSADO Lembro das pedras e do cascalho, do fogo e do borralho, da chuva mansa que eu ouvia cair quando eu era criança. Me lembro da estrada por onde passava muita gente, alguns estranhos e "mal encarados", também passava gente conhecida às vezes com um saco nas costas contendo alguma produção da roça, algum alimento que levava para o uso diário. Lembro dos "causos", das brincadeiras, dos fantasmas que aterrorizavam, mas ninguém conhecia nem nunca tinha visto. L embro da noite escura, da noite de lua, das brincadeiras no terreiro até quase meia noite. Tudo era real e fantasioso, tudo era puro e tinha um jeito carinhoso de ser. Lembro das histórias dos antigos, de velhas civilizações, de descobertas, de ouro e de pedras de muita valia. No meio disso tudo tinha a poesia, a canção e a amizade entrelaçada, bonita e verdadeira. Tinha o carinho, o amor, muitas vezes platônico e as músicas que enchiam o ar de sonho e velhas recordações. Enfim, isto é Minas on
PAIXÃO No começo era tudo explosão, gasolina, álcool e paixão, combustível para a noite inteira, antes e depois da madrugada, quando o sol vinha surgindo na estrada o amor recomeçava em disparada. Tudo era uma festa sem fim, uma tatuagem sua em mim, tudo que se sente e se vê, uma tatuagem minha em você. O dia não tinha tempo nem hora, todo momento nosso era "agora", roupas espalhadas pelo chão, álcool, gasolina e paixão, tudo se queimava em combustão sem nenhuma regra, só ação. No começo era tudo explosão, mas tudo ficou só no começo, hoje até perdi seu endereço e só me restou recordação. Cícero Alvernaz (11-03-2020)
DESPEDIDA Na despedida fica um pouco de nós, um pouco de sentimento e de lamento e levamos um pouco do outro, um jeito, um olhar, uma lembrança e uma esperança de um dia de novo nos revermos. Fica uma lágrima teimosa a deslisar no rosto e a gente fica fingindo que está tudo bem. Mas não está. Sempre vem uma lembrança, um último desejo, um verso perdido pairando no ar, um nó que se desfaz e uma vontade de olhar pra trás. Na despedida fica um sim e um não, fica um coração apert ado, um pensamento parado, um jeito estranho, um sentimento diferente e a gente fica sem saber o que fazer. Fica  um abraço  que não quer se largar, um aperto de mão que se eterniza através do gesto, uma vontade de ficar, mas há uma necessidade maior de partir, Na despedida a vida se divide ao meio e o coração fica cheio de tristeza, mas no ar fica a quase certeza de um dia voltar. Na despedida é quase impossível não chorar. (11-03-2020)
"EU TE CONHEÇO DE ALGUM LUGAR?" Já ouvi e também já fiz esta pergunta. Na verdade, isto nem deveria ser uma pergunta, pois é reflexiva. Quando isto acontece, geralmente a pessoa fica muda, pensando sem saber o que responder. Passam-se eternos segundos em duas cabeças e as respostas ficam travadas: conheço ou não conheço? A pessoa pensa, pensa, mas não chega a conclusão nenhuma. Conheço ou não conheço? E a outra pessoa insiste: "Eu te conheço de algum lugar?". Dá vontade de responder com outra pergunta: Isto faz alguma diferença? Por fim, sem uma conclusão os dois se despedem e continuam sendo ilustres desconhecidos. No ar fica a pergunta sem resposta e sem nenhuma importância. Afinal, se a gente se conhecesse e se reconhecesse não precisava fazer pergunta nenhuma, mas a dúvida persiste: Será que eu conheço aquele cara? (09-03-2020)
É TRISTE Tem gente que almoça o que sobrou da janta do dia anterior. À tarde toma o resto do café da manhã, fica sem jantar pra ter o que comer no outro dia, depois janta o que sobrou do almoço e no outro dia não almoça e nem sabe se vai jantar. Come quando tem e não come quando não tem, faz da vida um vai e vem comendo o que tem, o que ganha de alguém sem saber de quem. E assim a semana passa sem graça e o fim do ano vem quando alguém dá o que sobra da ceia de Natal e no an o novo de novo começa a rotina de almoçar e não jantar para sobrar pro almoço, mas não sabe se terá alguma coisa pra se alimentar. A pessoa pode não ter nada, mas pelo menos deveria ter o que comer, isto o Governo deveria garantir para todas as pessoas. Sem alimento não há sustento, não há força, não há vontade pra nada e a pessoa fica fraca, doente e mirrada. (08-03-2020)
EU SÓ QUERIA TER PAZ Eu só queria ter paz, uma paz sem medo, sem pesadelos, sem segredo, sem dúvidas, sem desconfiança, paz que rima com esperança, com prazer e com certeza, paz que rima com calma, com os desejos da alma, com um livro bem aberto, com alguém por perto dando paz e segurança, sendo abrigo e sendo luz, sendo amparo e certeza nos momentos de tristeza quando tudo desmorona e a gente perde o chão. Eu só queria ter paz que minh'alma satisfaz, que à vida dá seu brilho e ter toda segurança que sempre tem a criança quando tropeça e cai, mas sente a presença do pai amparando o seu filho. Cícero Alvernaz (autor) 08-03-2020
SOPA ABENÇOADA Sopa no frio é bom. Sopa esquenta, alimenta e fortalece. Antigamente, no meu tempo de Primário, a escola servia uma sopa de legumes bem rala e quase sem gosto, mas a gente bebia e gostava muito porque era o que tinha. A horta da escola era a gente mesmo que plantava e cuidava, aguava e limpava. Tempos idos em São Pedro do Avaí que fica há mais de 20 km de Manhuaçu. Aquela sopa era muito bem vinda e restaurava as forças para a gente estudar melhor e depois ir em bora, caminhava mais de 4 km até o Bairro Retiro onde a gente morava. Mas eu quero me ater mais à sopa, ela era sagrada, muito esperada, pois além de sustentar, era uma sopinha milagrosa. Sempre quando tomo sopa hoje eu me lembro daquele tempo em que eu tinha de 7 a 11 anos e estava no Primário, onde fui um dos melhores alunos. Tenho saudade daquela escola onde a sopa foi muito importante no contexto dos meus estudos. Sopinha gostosa e abençoada. (07-03-2020)