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Mostrando postagens de agosto 19, 2018
CARINHO Algo lindo que vem vindo e aos poucos vai pedindo um pouquinho de atenção, vem sem dar explicação me pegando pela mão, me levando, me tomando, me deixando sem ação. O carinho vem chegando de mansinho, como flor, ou passarinho, como fruta ele vem todo docinho e me deixa arrepiado bem feliz, bem animado, por causa do seu jeitinho, tão levinho, eu desabo, eu me acabo, ao sentir tanto carinho. Cícero Alvernaz (autor) 23-08-2018.
FORÇA DE UM SORRISO A força de um sorriso Nos inspira e nos seduz. Faz surgir um paraíso Impregnado de luz. Com o tempo veio a bruma E trouxe densa fumaça, Mas a gente se acostuma E a tristeza logo passa. Dissabores, sofrimentos, Esta vida fez surgir, Mas na força do momento Podemos de novo sorrir. O tempo passou de repente Como nuvem, como água, Se deixou marcas na gente, Não deixou nenhuma mágoa. Deixou muita experiência Que hoje temos de sobra, Muitos encontros, vivência, E coisas que a vida nos cobra. Mas olhando para frente Ficamos na expectativa, Pois no meio desta gente A esperança é sempre viva. É hora de recolher Desta vida o seu fruto, Sabendo o bem escolher, Vivendo cada minuto. (Cícero Alvernaz) 08-10-2007. Membro da Academia Guaçuana de Letras.
O POETA O poeta sofre, pois escreve para si e para os pássaros, abre a cortina do dia e vê a luz que irradia, conta as horas, saúda o tempo, sonha o sonho de todo dia, mistura tristeza com alegria e sorri diante da tristeza. O poeta vê com frieza o dia se passar, tem seus versos na mão, tem sua poesia no coração e verseja enquanto o dia passa. O poeta acha graça de seu jeito, sente uma dor no peito ao lembrar de sua amada e se sente infeliz porque ela não quis por ele ser poeta e cantar a vida, por ele sonhar com um mundo melhor. O poeta chora, mas ninguém vê, pois ele chora escondido e apenas ouvem o seu gemido que se mistura à voz dos pássaros enquanto a cortina se fecha se despedindo do dia. Cícero Alvernaz (autor) 22-08-2018
REDE SOCIAL Eu falo, escrevo, me comunico e fico postando, compartilhando enquanto você me segue e me curte e me admira e comenta minha postagem e me chama de lindo enquanto eu fico sorrindo todo feliz da vida acreditando e também compartilhando, escrevendo, lendo, e querendo ler mais, saber mais e ver mais as fotos, as figuras, e tudo que vejo ali, beleza tanta que tanto me encanta... Eu falo, escrevo, faço comentários todo dia e até escrevo poesia que pouca gente lê, mas escrevo mesmo assim, porque gosto, enfim, às vezes com cara de poeta, outras vezes com jeito de pateta porque acho isto legal afinal quem não gosta de Rede Social? Cícero Alvernaz (autor) 21-08-2018.
PORTA GIRATÓRIA Eu entro e você sai, a porta gira e me deixa do lado de dentro enquanto você fica do lado de fora. Eu entro no banco e você vai embora sem me olhar e sem se despedir. A porta giratória é a porta do desencontro, é a porta da despedida sem abraço, é o mundo do lado de dentro é o mundo do lado de fora. A porta gira, me leva pra dentro e te leva pra fora, nos separa sem despedida. A porta faz parte da vida, a porta é uma metáfora da vida: ela gira, suspira, transpira, deixando saudade, e nos separa sem dó com sua triste realidade. Cícero Alvernaz (autor) 21-08-2018.
PRIMEIRO BEIJO Meu primeiro beijo não foi o primeiro e nem o último. Foram milhões de primeiros beijos em sonhos, em versos, soltos, livres e dispersos como pluma ao vento. Meu primeiro beijo foi um doce momento, um genial invento, um sonho no ar. Foi o correr da vida, foi a mão atrevida, foi a boca perdida entre beijar e não beijar. Meu primeiro beijo foi o desejo maior, foi o desejo de amar, foi o desejo de ser, foi o desejo de ter, de querer e de beijar. Cícero Alvernaz (autor) 20-08-2018.