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Mostrando postagens de abril 15, 2007

SAUDADE

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Saudade é a ausência de seu sorriso Nas tardes sem sorriso e sem graça. Saudade é o vento que passa E leva as folhas da praça, Mas deixa sempre sinais. Saudade é a vontade De jamais dizer adeus E nunca dizer jamais. Saudade é a ausência de seu jeito De apertar-me contra o peito E dizer entre sorrisos: “Te amo mais do que tudo!”. Saudade é falar e ficar mudo É sorrir e reclamar, contudo, Às vezes sem entender... Saudade é poema que dilui, É doce poesia que flui, É amar intensamente e perder.

VIDA NA PERIFERIA

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No bairro pobre da cidade Todo mundo se conhece, Há pureza, há bondade, Há carinho e quermesse. Tem o Juca Sapateiro Que a todos trata bem, Tem o Jorge açougueiro Que não fia pra ninguém. Tem a venda do Seu João Onde o povo vai comprar Arroz, farinha, feijão, E utensílios para o lar. No bairro pobre da cidade Tem algumas igrejinhas Onde um povo sem maldade Se reúne à tardezinha. Quando surge algum problema Todos querem se ajudar E enfrentam o dilema Sem nunca desanimar. No bairro pobre da cidade Quase tudo acontece, A semente da amizade Nasce em todos e floresce. Por tudo aqui exposto Nesta singela poesia Eu lhes digo que dá gosto Morar na periferia. Imagem: Citta' - Autor: Claudio Giomi

TEMPO DE CANTAR

Aparecem as flores na terra Numa festa de cor e de luz, É o tempo em que cantam as aves E seu canto atrai e seduz. Aparecem as flores na terra Em seus mais variados matizes, Todo o campo se vai colorindo Nos fazendo alegres, felizes. Posso ouvir quando cantam as aves Festejando a beleza das flores, Posso ver qual num sonho distante Todo o campo se enchendo de cores. Aparecem as flores na terra, Tudo é festa no meu coração. É o tempo em que cantam as aves Como bem escreveu Salomão.

LÁ NA ROÇA

Lá na roça O Zé pega na enxada Mesmo não querendo nada E se vai bem devagar, Pois a terra o espera Seja inverno ou primavera É sempre preciso lavrar. Lá na roça O galo canta no terreiro, Os porquinhos no chiqueiro Reclamam pedindo milho. Mãe Maria vai sem pressa Carregando uma travessa Acompanhada do filho. Lá na roça É preciso ter mais fé Na colheita do café, No plantio do feijão. Lá ninguém pode ter medo E levanta sempre cedo Com os gritos do patrão. Lá na roça A beleza é sempre vista, Pois ao longe se avista O sol morrendo na serra... E a noite com seu manto Vem qual doce acalanto Abençoando a terra.

Ouvimos sempre: “é preciso ter fé!”. Mas o que é fé? A definição deste substantivo feminino é muito vaga nos dicionários. Eles dizem apenas que fé é crença, confiança, crédito, mas sabemos que é muito mais. Fé é um dom de Deus, algo que é parte integrante do ser humano, portanto inerente a todas as pessoas. Sem fé não há vida, não há esperança, não há sonhos... É preciso crer para esperar. Fé, em suma, é ver e apalpar o invisível. As pessoas são movidas por essa força e conquistam os seus objetivos porque acreditam e lutam pelos mesmos. Os desafios são enfrentados e vencidos quando se tem fé. As pessoas se superam no dia-a-dia e conseguem feitos admiráveis, graças a esta força inexplicável que as impulsionam. Tanto nas pequenas coisas quanto nos grandes empreendimentos é preciso haver algo que nos dê motivação, que nos dê a certeza de que vale a pena lutar (mesmo que alguém diga o contrário), isto é a fé colocada em prática O semeador olha a semente e prepara a terra, olha o tempo e pe

DIFERENÇAS

Há pessoas que vivem uma vida simples, Mas pode se ver no seu rosto a felicidade. Há outras que vivem na opulência, Mas só destilam ódio e muita maldade. Há pessoas que não têm o que comer, Às vezes são obrigadas a implorar o alimento, Mas conseguem ser otimistas – e sem saber Nos dão lições de vida em seu comportamento. Ter não é ser e não significa poder. A vida às vezes é um completo mistério. Há pessoas que são ricas, abastadas, Mas vivem a reclamar e a dizer impropérios. A simplicidade é um dom de Deus. Ser rico não significa ser melhor. É preciso se contentar com o que se tem Pois na verdade a vida poderia ser bem pior.