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Mostrando postagens de abril 9, 2017
NOTAS DE UMA VIAGEM   Saí terça feira á noite, dia 21 de maio de 2013, com destino a Itabira, MG, a terra natal do grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Chegando a Belo Horizonte pela manhã logo providenciei a passagem para poder visitar a lendária Itabira, que guarda preciosas lembranças de nosso poeta maior. Chegando a Itabira procurei um hotel onde me alojei, para depois sair em busca da história, á caça do passado. Fiquei encantado com a cidade por sua beleza natural e arquitetônica, mas, sobretudo, pelo acolhimento de seu povo á minha pessoa. Aquele já conhecido jeitinho mineiro acompanhado de muito carinho. Conheci o Memorial Carlos Drummond de Andrade, obra do saudoso arquiteto Oscar Niemeyer. Lá pude ver muitas fotos, poemas e objetos de uso pessoal do gênio da poesia. Vi a máquina onde ele escreveu grande parte de sua obra e o rádio onde ele certamente ouviu as músicas da sua época. Vi muito material, tudo muito bem catalogado e cuidado graças ao carinho de todo
AUTO ENTREVISTA -Como é o seu nome todo? -Meu nome todo é todo o meu nome. -Onde você nasceu? -Não me lembro, mas presumo que tenha sido numa cama. -Qual é a sua profissão? -Trabalhador. -Qual é a sua religião? -Aquela que mudou meu coração. -Você torce por algum time? -Sim. -Qual? -CAM. -O que você lê? -O que tiver letras, parágrafos e pontuação. -Gosta de que música? -Aquela que tiver som, letra, ritmo e conteúdo. -Normalmente você viaja pra onde? -Para algum lugar onde não tenha ninguém para me entrevistar. -Para você, o que é poesia? -Poesia é poesia como noite é noite e dia é dia. Não tem explicação. -Quando você vai publicar um livro? -Quando esse livro se auto publicar. -Qual é o seu maior desejo? -Desejar o que se deseja, o que se almeja, o que se enseja. -Em que Estado você nasceu? -Estado de graça. -Quando fará uma viagem ao exterior? -Quando terminar a viagem ao meu interior. -Qual é o seu hobby? -"Robiscar" palavras (risos) -Agora a última pergunta: -Em que c
GOSTOS Se me perguntarem do que eu gosto aposto que muitos não vão gostar da minha resposta. Os gostos são diferentes e tem gente que gosta do que eu gosto e tem gente que não gosta do que eu gosto, assim como eu não gosto de coisas que tem muita gente que gosta. Gostar e querer é como desejar, admirar, e até ambicionar, é coisa muito particular que a gente não pode obrigar, pois o que seria da vida se todos tivessem o mesmo gosto e vivessem no mesmo lugar? O bonito da vida, o recheio do mundo, é cada um viver com o seu gosto, uns beijam na testa e outros beijam no rosto e outros de uma forma meio louca beijam na boca. Seja onde e como for, com carinho e amor o importante é beijar. Assim é o gosto de cada um e juntando todos os gostos forma-se uma gostosura e o mundo caminha de uma forma completa com os versos do poeta e cada um com o seu gosto e a sua loucura. Cícero Alvernaz (autor) 12-04-2017.
POETIZAR Poetizar é tentar escrever algo diferente, sair do lugar comum, não ser apenas mais um na engrenagem da vida. É contar até mil e não dizer o que ouviu e muito menos o que sentiu. Poetizar é sonhar e viver a realidade. É chorar e sentir saudade, é correr e não se cansar, pois a vida é uma longa corrida e o mundo é um verso, e o verso é um universo que a vida quer recitar. Poetizar é se admirar com um sorriso, com uma flor, é sentir o coração pulsar impregnado de amor. Poetizar é sair do lugar comum, não ser apenas mais um na engrenagem da vida, é correr e vencer a corrida. Cícero Alvernaz (autor) 11-04-2017.
O CAFÉ O café ficou bom: meio fraco, meio doce, meio amargo, meio forte, meio quente, meio frio, meio vida, meio morte. O café ficou bom: meio ralo, encorpado, ficou do jeito que eu gosto, na verdade, eu aposto que você e muita gente se tomassem, de repente, também iriam gostar. O café ficou bom, fazer café é meu dom, mas não conte pra ninguém, pois o pó tá caro sim. Do jeito que a coisa anda se fizer a propaganda tudo evolui e desanda e não vai sobrar pra mim. Cícero Alvernaz (autor) 10-04-2017.
JOGO DE FUTEBOL Quem vai a um estádio assistir a uma partida de futebol pode ver muita coisa e até anotar e depois escrever. O contexto de um jogo de bola é muito rico e variado. Centenas de pessoas trabalham para que o espetáculo saia a contento. Tem o vendedor de camisas, tem o marreteiro, tem os policiais de olho em tudo, tem os bilheteiros e até os cambistas, tem os torcedores que fazem o seu espetáculo à parte, tem até os fiscais da prefeitura, tem os seguranças, tem os  funcionários do estádio, tem os gandulas, tem os funcionários dos clubes, tem os vendedores dentro do estádio, nas arquibancadas, tem os repórteres de campo, os narradores, os comentaristas, os analistas, os operadores, os fotógrafos, tem os times, os jogadores, titulares e reservas, técnicos, comissão técnica e por fim tem as pessoas mais importantes que compõem o trio de arbitragem, as verdadeiras autoridades do jogo. Esse pessoal significa a lei, a regra e o resultado final depende da atuação e da decisão deles
CACIMBA Cava-se um buraco bem fundo, o mais fundo que tem no mundo. Vai cavando, cavando, sem dó e sem mágoa até encontrar água. Dói o braço, dói a perna, mas a cacimba, também chamada cisterna vai jorrar água. E será uma água limpa, de muita pureza que brotará da profundeza e será benção na sua vida. Depois verás e agradecerás de coração ao sentir que o seu trabalho não foi em vão. A água pura, a mais pura do mundo nascerá do mais profundo e matará a sede de muitos. Depois de cavar o poço faça o acabamento e verás que o teu sofrimento foi recompensado. Coloque a tampa na cacimba, proteja o local, olhe para o céu e agradeça ao Pai pela água que brota do fundo da terra e pela chuva que do céu cai. Cícero Alvernaz (autor) 09-04-2017