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Mostrando postagens de agosto 31, 2014
EU ME LEMBRO Eu me lembro como tudo era antes naqueles tempos distantes vivendo no interior. A casa simples, sem conforto e sem riqueza, onde pairava a pobreza, mas existia o amor. Eu me lembro como tudo se passava lá onde a gente morava e vivia com prazer. De manhãzinha a gente se levantava e aos pouco se arrumava bem antes do sol nascer. Eu me lembro do cantar dos passarinhos que saiam de seus ninhos pra saudar o lindo dia. O sol nascendo com muita força e calor dava ao mundo outra cor, outra página escrevia. Eu me lembro do ruido da floresta com os pássaros em festa e a vida a pulsar. O dia quente muita gente se cansava e a gente transpirava, nossa terra a lavrar. Eu me lembro quando a tarde aparecia e em forma de poesia os seus versos declamava. Todos juntos depressa, sem demorar, só queriam descansar enquanto a noite chegava. Eu me lembro dos amigos, das amigas, das conversas, das cantigas, numa noite de luar. Lá no terreiro abra
LIÇÃO DE MORAL Uma lição que ninguém quer, mas às vezes precisamos. Seja homem ou mulher, todos nós a detestamos. Mexe com o brio da gente e nos deixa humilhados. Nos abate de repente e nos deixa arrasados. É a lição de moral que todos nós já tomamos. Que nos deixa muito mal, muito tristes nós ficamos. Uma lição assim a gente nunca esquece. Por mais que seja ruim como sempre acontece. Eu já ouvi um monte, mas não sei se alguma valeu, pois dependendo da fonte falou muito e se esqueceu. Tem gente que gosta de dar muita lição de moral. Fica horas a falar, mas é pior que o tal. Cícero Alvernaz (autor), 04-09-2014.
INSTRUMENTO Faz de mim um instrumento que só espalhe o bem. E que na força do vento eu leve paz a alguém. Que meu som seja ouvido e leve paz ao aflito. E vá onde há choro e gemido como a força de um grito. Faz de mim um instrumento que possa sempre tocar. E transforme o sofrimento daqueles que estão a chorar. Que eu leve alegria com minha voz, com meu canto. Mesclado com poesia, versos livres, acalanto. Faz de mim um instrumento, Oh! Senhor, te peço agora. Que eu seja bálsamo, unguento, no coração de quem chora. Cícero Alvernaz (autor), 03-09-2014
PÔR-DO-SOL Quando a tarde desce bem triste, calada, vejo a passarada na beira da estrada. O dia se acaba, o mundo desaba transforma-se em nada, e a vida calada se torna cansada ao longo do dia. Procuro a poesia na paz deste instante e olho distante um raio de sol. Além, no horizonte, eu vejo dourada, bem afogueada a luz do arrebol. Quando a tarde desce eu sinto um aperto e um desacerto, cruel incerteza. E baixa a tristeza nessa despedida... O dia se vai co'a tarde que cai e a vida se esvai sem se despedir. A mata fechada se queda calada e o homem na estrada caminha sem pressa feliz a sorrir. Cícero Alvernaz (autor), 02-09-2014.
O mundo hoje é politicamente correto. Quem não for corre sérios riscos de ser banido, ignorado ou até mesmo agredido. Em qualquer área exige-se que a pessoa siga a maioria e tenha uma opinião que seja aquela encabeçada pela maioria. Quem não seguir esta trilha será mal visto, perderá espaços e aos poucos perderá o seu espaço no círculo que frequenta. Já paguei caro por falar e escrever temas não aceitos pela maioria. Depois descobri que isto é ser politicamente incorreto. Resumindo: temos que repetir tudo aquilo que a maioria e a mídia aceita como correto. Caso contrário, além das punições, ainda corre-se o risco de sofrer mais danos e ter que responder na Justiça pelo fato de ter uma opinião contrária àquela aceita pela maioria. Nossa liberdade fica resumida, restrita e com o tempo deixa de existir. Esta é a nossa democracia. Uma "democracia politicamente correta". Cícero Alvernaz (autor), 02-09-2014.
O FRIO O frio é filho do tempo, também é parente da chuva, ele aumenta com o vento e a gente usa luva. E coloca o agasalho, põe a toca e o cachecol, sai pra rua encolhido, torcendo pra abrir o sol. O frio a tudo congela e nos deixa a tremer. A gente fecha a janela e procura se esconder. Na casa da minha tia senti um frio danado. Me encolhi, me agasalhei, e quase morri congelado. O frio pode matar se a gente não se cobrir, é preciso agasalhar, e também se prevenir. Cícero Alvernaz (autor), 01-09-2014.
DÊ UM NOME PARA O AMOR Dê um nome para o amor, faça uma imagem qualquer. Pode ser uma estrela, ou talvez uma mulher. Pode ser uma mansão, uma casa, cachoeira, Um momento de carinho, uma flor, uma roseira. Dê um nome para o amor, escreva na sua mão, e segura com vontade, com carinho e paixão. O amor é algo lindo, às vezes subjetivo. Que ataca de repente, cola como um adesivo. E ficamos absortos, às vezes desconcentrados, falando sozinho de dia e á noite, acordados. Dê um nome para o amor e não o perca de vista. O amor é companheiro de quem não é egoísta. Cícero Alvernaz (autor), 01-09-2014.
A ESCOLA A Escola é uma casa Onde vive muita gente, Com carinho abriga a todos Dando saber e semente. Saber para o resto da vida, Semente pra gente plantar Num solo sagrado e fecundo Que boa colheita vai dar. A Escola nos protege, Dá-nos boa convivência, Nos ensina e nos cativa, E nos dá experiência. A criança vai pra escola Com desejo de aprender, E depois de algum tempo Já sabe ler e escrever. E prossegue os seus estudos Seja aqui ou onde for, E depois de alguns anos Se forma e é doutor. Trabalham numa Escola, Diretor, coordenadores, E também funcionários Ajudando os professores. Nesta casa de ensino Aprendemos a lição Que a vida é sempre boa Com saber e educação. Cícero Alvernaz (autor), 24-06-2013.