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Mostrando postagens de março 6, 2016
ESTE É O MEU DIA Este é o meu dia, o dia da minha redenção. Salto valetas sem olhar, sem me ater ao perigo, falo comigo sem me ouvir, cresço e me descubro, depois lentamente me cubro. O dia passou sem pressa e se foi sem nenhum aviso. A tarde silente começa e a noite é só um sonho. Sei que tudo é assim e será sempre igual. Não adianta correr por aí, não há quando nem onde chegar, não há para onde caminhar. Este é o meu dia, amanhã será outro dia, mas a vida é a mesma com seus traumas e medos, com seus gritos e açoites, com seus dias e suas noites. Cícero Alvernaz (autor) 08-03-2016.
DIA DA MULHER Dia da Mulher, se ela quiser e se eu puder vou lhe oferecer uma flor de bem-me-quer. Quando ela despetalar a flor eu vou ignorar o "mal-me-quer" e vou apenas despetalar o bem-me-quer. Assim, do começo ao fim, será sempre: "bem-me-quer, bem-me-quer, bem-me-quer, bem-me-quer... Cícero Alvernaz (autor) 08-03-2016.
SE O SEU CORAÇÃO SE CANSAR Se o seu coração se cansar, peça ao vento para assoprar, peça a chuva para molhar, peça ao sorriso para te alegrar, peça a água da chuva para brincar caindo no telhado sem parar. Se o seu coração se cansar, peça aquela menina para voltar, peça ao orvalho para orvalhar, peça ao passarinho para cantar, peça ao poeta para declamar aquele verso - e você vai amar. Se o seu coração se cansar, peça a nuvem para caminhar, peça ao rio para deslisar, peça ao sonho para sonhar e pra longe te levar tão feliz a flutuar. Se o seu coração se cansar não precisa chorar e nem se desesperar, peça alguém para te ajudar e você bem melhor vai ficar, vai dormir e novamente vai sonhar. Cícero Alvernaz (autor) 07-03-2016.
Cícero Alvernaz é mineiro de Manhuaçu, nasceu no dia 20 de novembro de 1954 no Distrito de São Pedro do Avaí onde começou os seus estudos sendo um dos melhores alunos no Curso Primário. Começou a escrever e a se interessar pelas letras ainda na pré-adolescência dando assim os seus primeiros passos na mais tenra idade. Com o tempo, buscou e leu vários autores conhecendo assim a literatura propriamente dita. Isto o despertou para continuar o seu processo de criação. E não parou mais. É escritor, poeta, cronista, educador, teólogo evangélico, jornalista e frequentou o Curso de Letras na Faculdade Maria Imaculada em Mogi Guaçu, SP. Colabora com a imprensa local há mais 30 anos. Já foi premiado em vários concursos de poesias e crônicas. É participante ativo da vida literária e cultural tendo colaborado com vários movimentos através da imprensa falada e escrita. É membro-fundador da Academia Guaçuana de Letras, cadeira nº 19, e tem como patrono o poeta Carlos Drummond de Andrade. Continu
AMANHECI Amanheci em mim, anoiteci em ti, entristeci assim, mas me alegrei por ti. Adoeci em mim, mas restabeleci. Me vi perdido assim, mas me senti. Me acordei em mim, depois que me sonhei. Me vi em um jardim onde eu te encontrei. Me levantei em mim, depois me encontrei. Agora estou assim, pra onde vou não sei. Cícero Alvernaz (autor) 06-03-2016
PEDAÇOS DE MIM Pedaços de mim espalhados por aí, são lindas canções, repetidos refrões, vontade de ser, vontade de ter, rabiscar, escrever, andar e correr sem destino, sem fim. Pedaços de mim, momentos felizes em muitos países, em muitos planetas, além flutuando sem nunca encontrar o que se procura nesta caminhada vivendo sem lar... Pedaços de mim que eu nem conheço não sei, nunca vi, mas sei que existe. Um verso pequeno, olhar de criança alguma lembrança, pedaços de mim: amor e esperança. Cícero Alvernaz (autor) 06-03-2016.
ENTRE AMAR E QUERER Não te quero, cheguei a esta conclusão. Mas te amo, te venero, vejam que situação! Não te amo e jamais eu te amei. Mas te quero, com certeza, eu bem sei. Eu te amo, tenho toda a certeza. Eu te quero na alegria e na tristeza. Não te quero, nem te amo, você pra mim nem existe. Mas quando penso em você meu coração não resiste. Cícero Alvernaz (autor) 05-03-2016.
DESATINO A criança chora, o cachorro late a mãe ignora e não se abate. O homem passa sozinho e vai no bar da praça ele bebe e cai. A polícia chega, o bandido corre, no bar muitos bebem, já estão de porre. O dia avança na sua rotina, um bêbado entra no bar da esquina. Assim é a vida na periferia, num bairro tão pobre é assim todo dia. A água escorre, encharca a rua, é muita sujeira e assim continua. A criança chora, criança birrenta a mãe fica brava, diz que não mais aguenta. O dia se vai neste desatino, é esta a vida, e este o destino. Cícero Alvernaz (autor) 05-03-2016.