ENTREI NA FACULDADE Dizem que para fazer ou realizar qualquer coisa não tem idade. Eu acreditei neste ditado e resolvi entrar na Faculdade. Aos 56 anos - já me disseram que aparento ter bem menos - escolhi o Curso de Letras, prestei vestibular, me classifiquei em primeiro lugar, fiz a matrícula e a partir daí não via a hora de começar as aulas. No primeiro dia de aula me perguntaram por que eu escolhi Letras. Eu disse que é porque gosto muito de ler, escrever e já trabalho na Educação, portanto tenho contato com muitos professores e eles, de certa forma, me incentivaram e influenciaram na minha escolha. Resposta simples, mas não convincente. Na verdade, nem eu me convenci da resposta. Mas foi o melhor que eu pude dizer. Passadas apenas duas semanas de aulas, eu já começo a sentir os efeitos, e a realidade já começa a pesar. Trabalhar e estudar, até para pessoas mais jovens, é difícil e desgastante. Não dormir quase nada à noite, ler e fazer atividades nos finais de semana, tentar a
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Mostrando postagens de fevereiro 11, 2018
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SE EU PUDESSE FALAR Se eu pudesse falar, debater e afirmar conclamar e expressar tudo que sinto e desejo. Falar do riso e do pranto, da canção e do acalanto, falar de tudo que existe sendo alegre ou sendo triste, falar do fogo e da brasa, da choupana e da casa, falar que o homem é isto: um ser que pode ser visto, ser até admirado e ser bem aproveitado no mais diferente trabalho. Se eu pudesse falar, mas às vezes me atrapalho, falaria deste mundo muitas vezes tão imundo, tão cruel e violento que o homem não sabe onde vai e às vezes tropeça cai e se perde sem saber. Se eu pudesse falar sem ninguém me interromper, mas fico aqui bem calado no meu banquinho sentado sem poder me intrometer. Cícero Alvernaz (autor) 16-02-2018.
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PRECISO TE INVENTAR Estou fazendo uma poesia pra você, mas você ainda não existe. Preciso te inventar, juntar cada pedaço, perna por perna, braço por braço, olhos, orelhas, e também as sobrancelhas, queixo e rosto, fazer-te com gosto, com muito cuidado para nada esquecer de tudo que existe, ou deve existir. Estou fazendo uma poesia pra você, mas você ainda não existe. Preciso te inventar e depois juntar as peças com cuidado e montar, linda você vai ficar e depois vai me olhar e também me agradecer. Na poesia te imagino como um pequeno menino imagina o seu brinquedo e guarda como um segredo o seu sonho, seu desejo, seu carinho e seu beijo. A poesia está pronta. já consigo te olhar, seu sorriso imaginar, seu corpinho elegante, mas você está distante, te imagino neste instante, linda como um diamante, dá vontade de abraçar. Cícero Alvernaz (autor) 13-02-2018.
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CURAU OU MINGAU DE MILHO VERDE Descascando milho pra fazer curau. Em Minas se diz mingau de milho verde, mas o teor e o sabor são os mesmos, só muda a nomenclatura. Esse mingau, ou curau, é uma delícia, coisa de artista seja mineiro ou paulista. É um creme gostoso, um mingau saboroso que cheira longe e atrai de forma irresistível. Esse mingau, ou curau, é gostoso, delicioso e está esperando quem chegar primeiro, seja paulista ou mineiro. Cícero Alvernaz (autor) 12-02-2018.
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PÓ A boca abocanha, o gato arranha, criança apanha se faz coisa errada. O homem persegue e às vezes consegue assim seu intento, mas foge qual vento na longa estrada. O riso percorre, na boca escorre em grande risada e até gargalhada que pode se ouvir. O homem se entrega, mas seus crimes nega e assim escorrega, consegue fugir. E todos se viram, reviram, desviram, inventam histórias, proezas e glórias mentindo sem dó. Depois tudo passa e vira cachaça e o tempo abraça, transforma em pó. Cícero Alvernaz (autor) 10-02-2018.