QUIMERA Na volta que se revolta Por onde passa a escolta, O mundo dá suas voltas, Mas quando prende me solta. No ritmo que descortina Vejo abrir-se a esquina, E minh’alma desatina Olhando aquela menina. No vai-e-vem desta vida Em meio a lutas e lida De chegadas e partidas, Todos lutam por comida. No compasso da viagem Que se perde na paisagem Vejo ao longe sua imagem Me acenando qual miragem. No retorno alguém me espera Como flor na primavera,
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Mostrando postagens de março 9, 2014
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ALÇAPÃO Lugar apertado onde se fica preso, confinado, de onde não se pode sair. Viver em um alçapão, vegetar em uma prisão, sem jamais poder sorrir. Estar preso, sentindo saudade, sem paz e sem liberdade dentro de um alçapão. A vida se arrasta, definha, a alma chora sozinha, sem ter outra opção. Há muitos assim somente esperando o seu fim preso no seu alçapão. Escravos dos vícios malditos, vivem tristonhos, aflitos, em cruel escravidão. Cícero Alvernaz (autor), 12-03-2014.
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2014 – UM ANO ATÍPICO Estamos em março, o terceiro mês do ano, e já aconteceram muitos fatos este ano, tanto no campo da economia quanto da política e do esporte. Sempre tive o hábito de ler jornais, e de tanto ler jornais acabei me enveredando pelo caminho do jornalismo ocupando um espaço que me parecia impossível, pois eu nunca achei que seria capaz de escrever em jornais ou em outro órgão da imprensa. Mas os caminhos me trouxeram ou me levaram, e aqui estou há três décadas. Este ano é atípico. Todo mundo imagina o que pode acontecer, mas nunca se pode saber, com certeza, o que nos espera. Depois de tanto tentar, buscar e implorar, o Brasil, depois de 64 anos, conseguiu junto a FIFA o direito de realizar a Copa do Mundo. Em 1983, a FIFA através de seu presidente na época, João Havelange, procurou o então presidente da República, João Batista Figueiredo visando realizar aqui este evento no ano de 1986, e recebeu um sonoro não (conforme foi noticiado no Jornal
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E SE EU ME APAIXONASSE... E se eu de repente Ficasse solto, feliz e contente, Com outros mundos sonhasse... E se eu me apaixonasse. Outras palavras procurasse E de repente, sem querer, chorasse. Ficasse bobo feito criança Cheio de sonhos, cheio de esperança. E se eu de repente Falasse sozinho como se fosse um demente. E ficasse assim parado, esquisito, E achasse tudo lindo, bonito... E se eu acordasse no meio do dia Procurando flor, recitando poesia.
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MANHÃ DIFERENTE O sol vem beijar docemente Com seus raios dourados e quentes A janela do quarto da frente Onde dorme o menino doente. A manhã está linda, silente, O orvalho na relva dormente Brilha ao sol na manhã transparente, Passarinhos revoam contentes... E o sol vem beijar novamente Com seus raios dourados e quentes A janela do quarto da frente Onde dorme o menino doente. Quanta paz e ternura se sente! O menino acordou calmamente, A janela se abriu livremente E o sol pôde entrar de repente.
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NUANCES DE UMA TARDE Um colorido entremeado com cores diferentes e matizado - despejando cores e mais cores que se misturavam á tarde indiferente - fez surgir uma nova cor no céu que pairava soberana anunciando o fim de mais um dia. Dir-se-ia que o céu baixara ou a terra se erguera para ver e sentir melhor o magnífico espetáculo. Aos olhos do poeta, essas cores eram o sinal de que a poesia está em todo lugar, em todas as tardes, em todas as noites e em todas as manhãs. O sonho e o sorriso da tarde chegaram aos poucos e se reuniram ás nuances criando um quadro de sons e cores num despertar de risos de crianças, jovens e de toda a natureza feliz e bem amada. Nem todos perceberam a festa, portanto nem todos puderam dela participar. Mas o poeta, discretamente, prestou atenção em tudo e começou a escrever os seus versos inspirado no que via e no que ouvia. Enquanto escrevia, o mundo se abria e mostrava mais beleza no conjunto e na soma de sorrisos e canto
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O VENTILADOR Ele roda e gira em diversas velocidades tentando afastar ou amenizar o calor que sufoca tanta gente. Mas o calor continua com o seu ar de zombaria fazendo gracejos e sorrindo do ventilador. O ventilador se cansa e se esquenta e de tanto cansaço quase se arrebenta, mas não aguenta amenizar o calor. Suas hélices continuam girando quentes e cansadas enquanto o calor “nada de braçadas” e dá suas risadas do esforçado ventilador. É a dança da vida, a luta renhida do bem contra o mal que nos aprisiona e nos devora. E, por outro lado, é a força do calor da natureza contra a qual a tecnologia pouco ou nada consegue fazer. Um aprendizado que poucos descobrem e poucos dele se utilizam. O ventilador de parede, de teto ou no chão apoiado em algum lugar ou seguro por alguma haste faz a sua parte e tenta beneficiar alguém. No entanto, o máximo que ele consegue é fazer barulho e espalhar os papéis e jogá-los ao chão, e alguém depois terá o t
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HOJE, AS ESCOLAS NÃO CONSEGUEM EDUCAR MAIS NINGUÉM “A educação vem do berço”. Quantas vezes já ouvimos esta frase pela vida afora - e hoje ela é mais real e verdadeira do que nunca. Na verdade, a educação é dever dos pais, da família, dos parentes e até da sociedade, mas nunca deve ser delegada somente à escola que já tem a difícil missão de alfabetizar os alunos. Se depender só da escola, certamente as crianças e os adolescentes vão continuar como estão hoje, podendo piorar ainda mais. Educação é, sobretudo, um dever dos pais. Acredito que em nenhum lugar do mundo nos deparamos com tantas pessoas tão mal educadas como existem hoje nas escolas. Em mais 28 anos de trabalho em escola pública já vi de quase tudo. E a cada ano as coisas só pioram – e eu costumo dizer que a tendência é piorar ainda mais. O que grande parte dos alunos fala hoje para os professores, funcionários, coordenadores e até para os diretores se eu escrevesse aqui a chance de ver este texto p