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Mostrando postagens de dezembro 24, 2017
EU ACEITO Eu não preciso de plateias, eu preciso de boas ideias. Aceito presentes e ausentes, aceito animais e gentes, aceito café e sopas quentes, aceito abraços e apertos de mão, aceito beijos e queijos, aceito flores e espinhos, aceito olhares e carinhos, aceito atalhos e caminhos. Eu não preciso de plateias, eu preciso de boas ideias, bom papo e criatividade. Eu aceito ficar e demorar, eu aceito tomar banho e jantar, eu aceito a sua amizade. Cícero Alvernaz (autor) 30-12-2017.
ELE ERA O CORDEIRO Ele era o cordeiro pequeno, sem culpa, humilde e manso vivendo aqui. Ele era a vida sem fim, sem começo, que veio ao mundo por mim e por ti. Ele era a luz brilhante, divina, que espalha e ensina perdão e amor. Ele era o cordeiro por Deus enviado que sem ter pecado se fez pecador. Ele era o santo que foi prometido, mas foi desprezado aqui, sem razão. Ele era o filho da virgem Maria que veio ao mundo trazer salvação. Ele era tão grande e tão pequenino, humilde, divino, sem comparação. E hoje ainda sua voz, que é tão linda, te chama suave, quer dar-te o perdão. Jesus amoroso, o mesmo de sempre que nunca despreza o vil pecador. Seu sangue vertido por nós no madeiro é amor verdadeiro, é fonte de amor. Cícero Alvernaz (autor) 04-04-1997.
ME ESQUECERAM AQUI Me esqueceram aqui embaixo da cama como um porco na lama e me deixaram sem dó, sem amor, sem piedade, e se foram pra cidade. Fiquei aqui esquecido como um cão desnutrido procurando o seu osso, fiquei com dor no pescoço de tanto olhar a estrada esperando a chegada de alguém que longe se foi. Ficamos: eu e um boi que pastava lá no pasto e não deixaram nem rastro na areia do caminho. Eu fiquei assim sozinho, fiquei chorando baixinho esperando alguém chegar, com fome, triste a chorar, sem ninguém pra me escutar ou talvez me consolar no meu mundo solitário como um triste canário que canta pra não chorar. Me esqueceram aqui debaixo da cama como um porco na lama e se foram de repente sem amor, sem piedade, passear pela cidade... Vejam só quanta maldade o ser humano pratica. Isto é coisa que não se faz, é coisa que não se aplica, tiraram a minha paz, levaram a minha alegria - e essa triste poesia minha tristeza explica. Cícero Alvernaz (autor) 29-12-2017.
FOBIA Fobia hoje é a palavra da moda, serve pra tudo, só falta criarem um prato com esse nome. Com o advento do politicamente correto (que eu detesto), apareceram as palavrinhas e os gestos que se tornaram uma coqueluche nas redes sociais e afins. Hoje, quase tudo é considerado fobia (medo, ou aversão a alguma coisa), muitas vezes sem nenhum sentido ou lógica. O mais comum e mais falado hoje é: homofobia. É só a gente discordar de alguma coisa, ou ter uma opinião própria, que  vem automaticamente essa palavra mágica no ar para corrigir ou tolher o nosso direito de discordar de alguma coisa. Somos patrulhados, ou censurados, diariamente. Eu conhecia claustrofobia (medo de lugares fechados) e algumas outras palavras, mas agora tem várias, tem até gordo fobia (aversão a gordos), só falta inventar "poeto fobia", que seria aversão a poetas. Hoje, as pessoas tem que fingir ou disfarçar que gostam de tudo e sempre dizer: não tenho nada contra... Isto diminui as pessoas, prejudica a
CULTO DOMÉSTICO Esses dias mexendo na minha memória já um pouco cansada, me lembrei de algo que norteou a minha infância e a minha pré-adolescência e adolescência e muito me marcou naqueles tempos idos e bem vividos. O "cultinho", como era conhecido e tão querido que se realizava toda noite, sem exceção, com direito à oração de joelho, ou não, mas com muito louvor e adoração. O culto doméstico, culto em família, culto familiar no qual eu cantava e também pregava e o meu pai era o pastor e dirigia. Quando por algum motivo alguém esquecia eu cobrava e até insistia para que que o mesmo fosse realizado. Nesses dias de tanta turbulência e descrença nas igrejas, uma instituição que já teve tanto crédito, sinto falta desse culto que reunia e unia a família em torno da Palavra, da oração e do louvor simples, mas tocante que subia aos céus. Até hoje não entendi porque esses valores foram extintos e se perderam, muitas vezes em nome de uma modernidade, extintos pela tecnologia que rou
FELIZ 2018! Quando um novo ano se aproxima as expectativas aumentam em relação ao que pode e deve acontecer nesse ano, as novidades, as possíveis surpresas, decepções e perspectivas relativas ao novo ano, tudo acaba fazendo parte do nosso cotidiano. 2018 será um ano agitado em diversas áreas, diferentemente do ano que está terminando. Isto não é, ou não deve ser, motivo para preocupação porque "O que há de vir virá e não tardará". Quem se ocupar desta preocupação antecipada, certamente vai sofrer antes da hora. O ideal é seguir o conselho do salmista; "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará" (Salmo 37.5). Agindo assim, o novo ano será muito abençoado e cheio de boas realizações e muito sucesso em diversas áreas de nossa vida. Um bom 2018 para todos! (27-12-2017).
NUNCA PENSEI  Nunca pensei que seria poeta um dia e choraria, sem consolo, as dores do mundo. Nunca pensei que um dia seria um observador, alguém à procura do amor, à procura de um abraço, de um sorriso, de um carinho. Nunca pensei que ficaria sozinho implorando um dia, remoendo a minha poesia que toda faceira me deixa esperançoso e ao mesmo tempo tão carente. Nunca pensei que um dia eu ia mendigar um pouco de amor de alguém distante, de alguém que às vezes me ignora enquanto o meu peito chora e se lastima. Mas a vida também é uma rima, um verso num universo de lágrimas e sorrisos dispersos. Nunca pensei que seria poeta um dia e que em meio a tanta alegria, amor e leveza eu ia cantar e sentir a tristeza do mundo, que me invade em meio à saudade e uma ausência que paira esquecida, tão triste e tão sentida. Cícero Alvernaz (autor) 26-12-2017.
MEU BANCO Meu banco de sentar que serve até pra deitar, alívio pro corpo cansado, descanso pro coração fatigado. Gosto de ficar aqui sentado, às vezes até deitado olhando o tempo passar... Meu banco de sentar, minha cama de deitar, meu oásis e meu lar onde tanto eu amo ficar. Eu fico aqui recostado olhando quem passa apressado indo em busca de um lar. Eu fico aqui todo dia fazendo a minha poesia, sentindo o tempo passar. Meu coração bate forte sentindo as dores do mundo com meu sentimento profundo e ás vezes eu fico a chorar. Meu banco também é meu lar. Cícero Alvernaz (autor) 26-12-2017.
MEU AMOR VEIO Meu amor veio e me deixou feliz, me deixou sem palavras e cheio de ideias e pensamentos, me deixou esperançoso, me deixou mais carinhoso, me fez sentir mais feliz, me fez sentir o que eu sempre quis, algo que o meu verso não diz e o meu sorriso não conta, me deu um novo alento, me fez flutuar como o vento, me fez valorizar cada momento e me fez sorrir por dentro. Meu amor veio e me atingiu em cheio com o seu meigo carinho, depois, porém, se foi e me deixou sozinho, me deixou cheio de desejo e de vontade, me deixou imerso em saudade. Cícero Alvernaz (autor) 25-12-2017.
VIVER Viver é dar piruetas, encarnar várias facetas, mas nunca perder a classe. Viver é manter o estilo  mesmo que a roupa amasse. Viver é imitar o grilo que nunca fica quieto, mas sabe posar tranquilo, sempre feliz e ereto. Viver é olhar sem ver, mas de quase tudo saber e às vezes fingir não ver. Viver é ser e não ter, mas sempre saber que na vida querer é poder. (25-12-2016)