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Mostrando postagens de junho 19, 2016
CORRENDO PRA NÃO CHEGAR Correndo pra não chegar, pois não sei pra onde vou. Eu não sei o que eu faço, o que eu fiz e o que restou. Tanto tempo a correr, tanta estrada percorri. Não cheguei, porém, a nada, mais chorei do que sorri. Tantas lutas no caminho, tanto choro, tanto pranto. Mas também tive alegria, tive amor, tive acalanto. Correndo pra não chegar, sem saber pra onde ir. Esta vida é assim, não podemos desistir. Deste mundo só se leva o que a gente semeou. Só tem paz, só tem sossego, o coração que amou. Cícero Alvernaz (autor) 24-06-2016.
OÁSIS Lugar de descanso pro corpo cansado de alguém fatigado, que de longe vem. Encontro com o tempo ao longo do dia, lugar de alegria, de sonhos também. No meio do nada, em pleno deserto, eu vejo bem perto um lindo lugar. O oásis que eu vejo, de longe me acena, depressa caminho, pois quero chegar. Lugar de alegria, espaço de vida curando a ferida que o tempo marcou. E mata a sede e traz refrigério e leva o cansaço que o corpo encurvou. Cícero Alvernaz (autor) 24-06-2016.
TEM DIA Tem dia que não dá, não volta e não segue. Tem dia que não se faz, não se tenta, não se quer. Tem dia que não se vai, não se fica e não se entrega, tem dia que tudo se nega. Tem dia que o sol não abre, não aparece e não aquece. Tem dia que o vento para, que o livro fecha e se esquece. Tem dia que o som não vem, depois se esconde e silencia, tem dia que não tem dia. Cícero Alvernaz (autor) 23-06-2016.
AMIGOS DO FACE São tantos, são mais de quinhentos, são mais de mil, são quase cinco mil. São amigos, amigos? São pessoas, sim são pessoas que são chamadas de amigas, mas eu não conheço, a maioria eu não conheço. Não conheço e talvez nunca vá conhecer, mas são pessoas amigas, são pessoas amigas? Pessoas que não respondem ao meu "bom dia", pessoas que não sabem o que eu posto, pessoas que não respondem ao meu "boa noite". Pessoas que me ignoram, mas são pessoas amigas, são pessoas amigas virtuais, e tem muito mais: são pessoas que eu não conheço, amizades que eu não mereço, cada uma com o seu preço, seu carimbo e o seu endereço, são tantas que eu até esqueço. Cícero Alvernaz (autor) 22-06-2016.
FOGUEIRA DE SÃO JOÃO Cantando e proseando, e também romanceando, com essa festa junina o povo está se animando. Cantando em prosa e verso, bem na moda caipira, tudo bem acompanhado na batida da catira. Nos gemidos da sanfona, ou, quem sabe, da viola, o sertanejo se entrega nos braços da cantarola. Neste embalo tudo é festa, tudo é vida no sertão. E lá fora está quente a fogueira de São João. Tudo roda, canta e dança, tudo vibra com o som. É a festa caipira nos foles do acordeon. Cantador já se apresenta, o poeta já acena. Vejo sentada num canto uma flor, linda morena. Cícero Alvernaz (autor) 21-06-2016.
ALARME Tem um alarme disparado em alguma casa, em algum carro, que está perturbando os meus ouvidos. Eu já estou alarmado com este alarme disparado que mais parece um gemido. Um gemido de alguém que geme alto, tão alto que quase ensurdece, um alarme desse ninguém merece. Finalmente ele parou, ou alguém o desligou. Deus ouviu a minha prece. Cícero Alvernaz (autor) 21-06-2016.
HISTÓRIA DE UMA VIDA Joaquim Alvernaz (também conhecido como Quinca Alvernaz) nasceu na cidade de Bom Jardim, Estado do Rio de Janeiro, no ano de 1885. No dia 25 de julho de 1905 se casou com Querubina Batista na cidade de Manhumirim, MG. Joaquim, quando era ainda adolescente, foi balconista, depois foi barbeiro, lavrador e sacristão. Quando adulto foi carpinteiro e também exerceu a profissão de dentista prático. Foi nessa época que Joaquim Alvernaz conheceu o Evangelho de Cr isto e se converteu na igreja Presbiteriana – se tornando um fiel cristão até o dia da sua morte. (Apocalipse 2. 10b). Com o tempo, o casal Joaquim e Querubina se mudou para um lugar denominado Volta Grande, MG, onde nasceu a primeira filha do casal a qual faleceu poucos meses depois. O casal teve ainda 10 filhos formando assim uma família grande, tradicional e muito abençoada por Deus. Foram estes os seus filhos: (a partir do mais velho) – Dulcina, Clarisminda, Juventino, Oséias, Geny, Antonio, Genésio, Adonias,