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Mostrando postagens de janeiro 26, 2020
ELA NÃO ME QUER Ela não me quer, mas eu a quero, fico de longe olhando, espero, sonho com ela voando no espaço, sinto seu corpo e o seu abraço, depois acordo e a procuro pelo espaço do meu jardim, na minha rua que continua e segue assim. Ela não me quer, mas eu amo esta mulher que não me quer, mas eu a quero, com todo ardor, com meu amor, com meu sorriso e o meu abraço, com meu desejo e neste ensejo eu muito almejo tê-la comigo, ser seu amigo, seu namorado. Ela não me quer, mas eu a quero, amo e venero triste e calado. 31-01-2020 Cícero Alvernaz (autor)
FEVEREIRO TEM CARNAVAL No mês de Fevereiro tem Carnaval. Aliás, eu nem sei bem o que é carnaval porque nunca frequentei, nunca pulei e nunca cantei, nem dancei. Só sei de ouvir falar e ouvir as histórias macabras, a violência e a falta de pudor (pra não dizer outra coisa) que cerca esses dias em que é comemorado o chamado "Reinado de Momo". O carnaval é tão tradicional que o prefeito entrega a chave da cidade nas mãos do chefe ou organizador-responsável por esta festa. Nesses  dias a polícia não pode prender ninguém e alguém falou em tom de brincadeira: "É porque não teria onde prender tanta gente". Na verdade, nesses dias só se prende alguém em casos extremos. Enfim, Fevereiro está iniciando e já tem muita gente se preparando para "brincar" o carnaval. Tem gente que é louca por esta bagunça e até viaja pra longe pra assistir. Entendo que cada um tem um gosto. Afinal, o que seria da rapadura se todos gostassem do melado? Depois do carnaval tudo volta ao no
VERSOS E REFLEXÕES Sou um senhorzinho sem eira nem beira que escreve uma "besteira" todo dia às quais eu chamo de poesia. Eu escrevo pra mim, mas às vezes alguém lê e tem gente que até curte e comenta. Meu coração não aguenta ficar sem escrever e eu sei que este é um exercício bom, é um dom de Deus que eu não devo renegar. Entendo que este dom deve ser disseminado, espalhado e semeado em forma de versos e reflexões. Escrevo porque gosto e isto é mais que um passatempo ou uma mania, para mim é uma alegria escrever e partilhar as minhas ideias frequentes e decorrentes do meu dia a dia. Agradeço a quem me lê e aproveita bem, pois faz bem tanto a mim quanto à pessoa que degusta o meu conteúdo. Agora vou parar porque não quero te cansar. (31-01-2020)
O POETA TAMBÉM MORRE O poeta vai morrer como qualquer pessoa, mas ficará a sua herança espalhada em toda parte como sinal de que ele viveu e muito escreveu. O poeta se vai como a água que escorre e cai formando um rego que desce vencendo os obstáculos passando por cima dos dejetos, lixos e entulhos. A vida e a morte são duas mãos de direção que se encontram numa bifurcação e tomam cada uma o seu caminho e o seu destino final. Morrer é descansar, viver é se cansar, se fatigar , plantar e nem sempre colher. O que seria da vida se não houvesse a morte? Se não houvesse a morte o mundo não caberia os seres viventes com, talvez, milhares de anos de vida. E o poeta está inserido nesse contexto, a diferença é que ele vai deixar uma herança de versos, rimas, lições de vida que representam um grande aprendizado para toda a posteridade. (31-01-2020)
VOLTAR NO TEMPO Eu vou voltar no tempo, vou pegar meu caderno da escola, vou procurar minha bola, minha pipa, meu anzol, vou caminhar no sol e até debaixo da chuva, vou chupar picolé de uva, vou escrever na areia, vou chutar bola de meia, vou levantar de manhã, ver de novo o sol nascer. Eu vou voltar no tempo, comer broa de fubá, vou brincar na cachoeira e vou pescar de peneira num riozinho qualquer. Vou sentar no meu banquinho que hoje está na memória, vou contar minha história que sorrindo eu inventei. Eu vou voltar no tempo, vou jogar conversar fora e depois eu vou embora, para onde eu não sei. (30-01-2020) Cícero Alvernaz (autor)
LINDA HISTÓRIA A casa ficava na beira da estrada, aquela estrada movimentada onde passavam caminhões carregados, vindo ou indo para o Nordeste, ou indo em direção ao Sul, ao Sudeste, ao Centro Oeste, "cabra da peste" transportando a riqueza produzida pela mãe natureza, ou pela extração, ou pela fundição no caminhão que rodava e cantava pelo asfalto quente que queimava tudo e fazia o ar cheirar a borracha queimada naquela estrada que seguia chamada Rio-Bahia. A casa ficava ao  lado da estrada e ali a gente morava por amor e de favor, pois o dono era muito amigo de meu pai. Tempos passados, anos arrastados na poeira do tempo, no olhar distante de um adolescente que era eu. Aquela casa foi testemunha da alegria e do sofrimento, do carinho e da presença do vento que deitava o mato e entrava em nosso aposento. Me lembro bem que ali escrevi alguma poesia, ali chorei de noite e de dia, mas também sorria e me alegrava quando o meu querido pai chegava da rua ou da roça e trazia o cari
TOMAR BANHO Tomar banho é mais do que um gosto, ou um prazer: é uma necessidade. Já tomei banho em bacia, no rio, na cachoeira, na chuva e no chuveiro. Tem gente que adora tomar banho, outros não gostam muito, mas tomam assim mesmo. Um dia alguém me disse que eu não gostava de tomar banho, disse que eu tomava uma vez por semana. Achei isto tão ridículo que nem respondi. Afinal, a gente nem sempre toma banho porque gosta: toma também por necessidade. Se a pessoa está em algum  lugar e não tem como tomar banho não tem jeito, mas isto raramente acontece. Nem que seja um balde d'água a pessoa consegue e toma o tal "banho de cavalo" e lava apenas as partes mais críticas. Acredito que muita gente não toma banho por vários motivos, mas isto nunca foi o meu caso. Dizer que uma pessoa não toma banho é um insulto, por isto eu nem respondi. Estou escrevendo também porque estou quase indo tomar o meu banho diário. Bom banho para quem fica! (29-01-2020)
GOLPE Uma das coisas mais comuns hoje em dia é golpe. Os políticos nos aplicam golpes todos os dias e nada podemos fazer, afinal eles são os legisladores. São muitos os golpes e eu já levei alguns, felizmente me levaram pouco dinheiro (porque eu não tenho muito). São golpes os mais diversos que são desferidos contra os cidadãos de bem. Um dos golpes mais antigos é o do bilhete premiado, mas existem centenas de golpes na praça. As saidinhas do Banco são famosas e geralmente sã o golpes praticados contra idosos. Tem gente que vive disto, engana, promete, às vezes deixa até um documento falso com a pessoa, ou um cheque igualmente falso e depois desaparecem, não são encontrados porque nunca dizem o nome certo e depois se disfarçam para não serem reconhecidos. Podemos dizer o Brasil é o País dos golpes, Um dia conversei com um primo sobre este assunto e ele me disse que jamais sofreria um golpe. Não levou muito tempo e ele caiu num golpe e perdeu uma quantia considerável de dinheiro. A vida
POR ISTO EU SOU ASSIM Deus me fez e me permitiu viver, chegar até aqui. Pisei em cobras e escorpiões, levei muitos arranhões e pedradas, levantei de madrugada, fui acordado de manhã, recebi noticias ruins, pegou fogo na casa, o rio transbordou, o gado escapou, alguém na casa entrou e quase tudo roubou, mas Ele me amparou, pois ele me fez e me permitiu viver, chegar até aqui. É promessa dele e ele a cumpre. "Nenhum de seus ossos será quebrado", ele não será arrastado como uma madeira no mato, não será caçado como um animal perigoso. O meu Deus poderoso me fez sua imagem e semelhança e desde criança ele cuida de mim. Por isto eu sou assim. (29-01-2020)
SE VOCÊ QUISER PODE VIR Acho que não vale a pena me conhecer. Tenho pouco para lhe oferecer, além de uma xícara de café e alguns versos de pé quebrado. Sou um poeta meio avoado, sem eira nem beira e até sem estribeira, mas se você quiser, pode vir. Espero não te decepcionar com a minha conversa poética, a minha dialética e algumas vezes o meu mau humor. Ando um pouco ocupado ultimamente, a vida me deixou pensativo, perdi alguns bons amigos e sinto falta deles principalmente quando me levanto e à tarde quando o sol se esconde. É uma lembrança estranha, diferente, algo que fere a gente de uma forma profunda e contundente. Se você ainda quer me conhecer pode vir. Tenho uma cadeira na área, um cafezinho coado na hora e muitas poesias no ar. Se você quiser pode vir, pode chegar e se sentar. Com certeza serás bem vindo.(29-01-2020)
COISA MAIS TONTA É ESCREVER! Coisa mais tonta é escrever! Sentar, pensar, raciocinar e se inspirar para relatar algo ou versejar. Escrever é se debruçar sobre o papel, é descer ou subir ao céu e ficar planando por aí como um pássaro perdido e sem destino. Coisa tonta é escrever, mas se ninguém escrevesse como alguém ia ler? Como alguém ia aprender as letras, a conjugação dos verbos, as rimas, os espaços, os traços e a pontuação? O escritor é um sacerdote, seu escrito é o seu  altar onde ele derrama o óleo da unção, ou da inspiração, e o leitor é o pecador que aproxima e bebe a rima como se fosse um sacrifício, uma oferta deixada pelo poeta como se fosse o seu último suspiro. Coisa mais tonta é escrever! Abrir o coração e a mente, se expor e contar seu dissabor, sua luta e o seu sofrimento. Mas há uma recompensa que só o tempo poderá dizer, pois só ele sabe a colheita do que se plantou em tantos anos de luta e de fadiga. O escritor é um ser alado, é alguém muito abençoado. (27-01-2020)
PORTA FECHADA Eu quero entrar em casa, mas a porta está fechada, quero rever minhas coisas, entrar na minha morada. A porta fechada impede que se entre numa casa, que se deite no aposento, que no fogão tenha brasa. E tudo fica fechado, sem entrada e sem saída. Nesta casa há um sonho, tem muito amor e tem vida. Mas eu não posso entrar, pois a porta está fechada e eu não tenho a chave desta tão linda morada. Por isto eu fico aqui fora, mas quero muito entrar, quero deitar numa cama e numa poltrona sentar. Cícero Alvernaz (autor) 27-01-2020.
VIAGEM DE TREM Entrei no trem e a princípio estranhei um pouco seu balanço, tive que me segurar pra não me desequilibrar e até mesmo cair. Comecei a procurar o meu vagão e depois o meu assento, ou a minha poltrona. O trem estava lotado e eu ia de uma a outra cidade mineira com a expectativa de ver lindas paisagens, mas primeiro tive que me ajeitar e ajeitar também a minha bagagem que era simples, mas era muito importante. A minha primeira impressão foi muito boa, tudo limpin ho, organizado e até perfumado, muita comodidade e o balanço que continuava, mas agora eu já estava me acostumando com ele, afinal eu estava sentado. O trem passava em várias estações, desciam e subiam passageiros num ritmo sempre crescente. A viagem prosseguia tranquila, apenas com um ou outro barulho desusado e a presença de algumas pessoas passando pelo corredor, passageiros ou funcionários responsáveis por manter a ordem e o bom andamento da viagem. Sete horas se passaram e eu cheguei ao meu destino, à quente e