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Mostrando postagens de agosto 1, 2021
  EU VOU GOSTAR DE VOCÊ MESMO ASSIM Se você não gosta de mim eu não posso fazer nada pra você gostar. Nem se eu pegasse um pedaço do céu, embrulhasse num papel e colocasse no seu colo. Te desse a chave do meu apartamento com tudo pago, mobiliado, documento assinado e um carro zero na garagem. Nem se eu te prometesse uma viagem a Minas, ou ao Japão, nem se eu te desse um milhão você não iria gostar de mim. Se você não gosta de mim, eu me gosto mesmo assim e para completar eu vou gostar de você mesmo assim.
  ESCREVER Escrever é voltar à adolescência, dar cambalhota, calçar uma bota de dez números a mais que o nosso pé e ainda por cima cheirando a chulé. Escrever é se tornar criança, encher a pança sem ter fome, ter medo de lobisomem, esconder atrás da porta, ir brincar na horta e depois apanhar de cinta por destruir o pé de couve e pisar na cebolinha. Escrever é correr de olhos fechados, ficar assanhado quando vê uma menina, passar sem olhar numa esquina e quase ser atropelado. Escrever é andar de olho fechado só pra ver o que acontece. Escrever é dar o melhor de si, é pular igual saci, é fazer um verso enquanto a noite desce.
  VOCÊ ACREDITA NESSAS URNAS ELETRÔNICAS? Você acredita nessas urnas eletrônicas? Você seria capaz de efetuar uma compra e não requisitar o seu recibo? Você seria capaz de emprestar um dinheiro para alguém, por mais conhecido que ele fosse, sem fazer pelo menos uma nota promissória constando o total do empréstimo e com a assinatura e os números de um documento da pessoa? Pois é isto que acontece quando votamos "no escuro" sem nenhum comprovante impresso, sem nenhuma prova de que votamos realmente no nosso candidato. Na eleição passada, muitas pessoas reclamaram que votaram e não apareceu nada na tela, a pessoa literalmente votou no escuro. Mas devido a simplicidade da maioria das pessoas elas não ligam para isto. É fundamental que o voto seja impresso e auditável para que não haja nenhuma possibilidade de fraude.
  SOMOS MUITO INDIVIDUALISTAS Se estando vivo as pessoas esquecem da gente, imagina quando a gente morrer! Gosto de pensar nessas coisas, sei que muita gente não gosta de mim e não me lê por causa disto. Tem muita coisa que a gente pensa e quando fala, para muitos é uma ofensa, mas é a realidade. O ser humano, em geral, é muito individualista. Isto faz parte da nossa natureza e da nossa sobrevivência. Muita gente fala mal dos políticos, mas eles saíram do nosso meio, foram mais espertos para nos enganar e a gente caiu fácil no conto do vigário. Somos tão ingênuos que muitas vezes um político nos rouba descaradamente e até confessa publicamente que nos roubou e muita gente ainda vota nele. Somos assim e raramente as pessoas mudam. Acho que o político que rouba deveria ser marcado e excluído pelos eleitores, mas tem gente que gosta de ser roubada. De um assunto passei para outro, mas isto faz parte do contexto.
  ACABOU O MEU DINHEIRO Acabou o meu dinheiro, o meu crédito se foi. Acabou o meu café, acabou a rapadura, acabou o meu feijão, estou sem nenhum tostão. Acabou o meu emprego, acabou o meu sossego, não tenho mais meu salário, em todo final de mês, na venda que eu era freguês pra completar meu azar eu nem posso mais entrar. Acabou o meu dinheiro, o meu crédito se foi, não como mais carne de boi, só como um pedaço de angu. Aqui em Mogi Guaçu perambulo pela rua sem destino e sem norte como se eu fosse a morte sem chapéu e toda nua.
  O MENINO E O PÔR DO SOL Saí e vi uma nuvem vermelha que cobria o poente bem onde o sol se esconde. Era o pôr do sol avermelhado, vivo e ativo que me convidava e me acenava pedindo que eu tirasse uma foto. A tarde sorriu de minha ingenuidade como se eu fosse um menino que corria para registrar o voo de um pássaro, ou o aceno do sol poente. Eu era um menino com a máquina na mão pronto para registrar aquele momento único. Eu corria como um menino, aquele mesmo menino traquinas lá do interior de Minas que ainda não sabia fotografar, mas já tinha no seu coração um grande desejo de amar.
  A LIÇÃO DA FEIRA Hoje fui numa feirinha aqui perto e fiquei impressionado com a alta dos preços dos produtos. Além da questão do preço, a qualidade também decaiu. Ouvi algumas pessoas reclamando e informei que nessa época sempre foi assim pela falta de chuva e pela consequente falta de água. Acabei comprando pouca coisa, além do tradicional pastel de feira que atrai tanta gente. Depois fiquei imaginando: já deve ter muita gente afirmando que isto também é culpa do Bolsonaro. Eu ouço umas coisas que às vezes fica difícil não reagir. Esses dias eu falei pra alguém: Se as pessoas que viveram no tempo de Cristo o perseguiram tanto a ponto de mata-lo, imagina o presidente que é um ser humano comum! Pessoas que estavam acostumadas a roubar o dinheiro público agora tem que trabalhar, talvez pela primeira vez na vida. Como disse Margaret Thatcher: "Não existe dinheiro público. Existe dinheiro dos pagadores de impostos".
  MANHUAÇU Esse nome me lembra uma cidade, um lugar distante, longe dos olhos, porém perto do coração. Me lembra uma música, uma canção, um hino, me lembra um menino, um sorriso de criança, água caindo nas pedras, manhã nascendo orvalhada, me lembra um carro na estrada, alguém pedindo pousada, me lembra um grande desejo, me lembra um sorriso, um beijo, uma flor ainda em botão. Esse nome me lembra um sonho, me lembra um menino risonho que morava lá na roça numa casinha, numa choça. Esse nome me lembra uma cidade da qual eu tenho muita saudade.