A LUTA DO POETA

O poeta luta contra si
na busca de novas palavras,
mas as palavras se escondem,
brincam de ser-e-não-ser.
O poeta sorri de si mesmo
com seu jeito irônico e triste,
descontente inventa palavras,
palavras que não existem.
E se cansa de lutar
contra tudo, contra o mundo.
Deita, e sem perceber,
dorme um sono profundo.
No sono sonha que ama
as palavras do caderno
que saltam pra sua alma
e o fazem ficar eterno.
Cícero Alvernaz (autor), 1986.

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