GRATIDÃO

Mogi Guaçu me recebeu de braços abertos no distante ano de 1972. Cidade pequena, mas para mim era grande, linda e interessante. Quando aqui cheguei eu estranhei o cheiro que saía de uma fábrica de papel e a fumaça que saía das chaminés das cerâmicas, o pó nas ruas, os buracos nos bairros, mas depois entendi que isto faz parte de uma cidade movimentada e que está em franco crescimento. Fui bem recebido, fiz amizades, me firmei numa igreja muito abençoada, arrumei trabalho: comecei como servente de pedreiro, mas não me adaptei bem ao serviço, fui vendedor de enxoval na rua e prossegui a minha caminhada. Voltei a estudar, encontrei um primo que foi uma espécie de pai para mim. Enfim, dei um jeito na vida, como se diz. Hoje, 50 anos depois eu olho para trás e agradeço a Deus pela minha vida e pelas inúmeras vitórias que Ele me concedeu. Mogi Guaçu, para mim, foi um porto, um berço, uma guarida, foi bênção pra minha vida, foi tanto que eu nem mereço, mas hoje feliz agradeço.
(23-02-2022)

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