ENQUANTO A MORTE NUM CHEGA A GENTE VAI PRUVEITANO A VIDA
Já miacei diversas veis saí do Feice, cheguei inté a saí duas veis, mais vortei de novo. Aqui tem de quase tudo, tem careca e cabeludo, tem magrelo, tem pançudo e tem inté narigudo. O Feice diverte a gente desde antis de onte, aqui tem minero de monte, tanto home quanto muié. Tem de Beraba, Berlândia, Belzonte e até de Muriaé. Pra quem gosta de iscrevê aqui é um prato cheio. Mesmo que ningém leia nem ache graça a gente se diverte, só de dexá os rastro da iscrita, do verso, da poesia e até da melodia. Internet serve pra isso. É pra isso que a gente paga, é pra disfrutá do produto interno bruto, ou do fruto maduro antes do passarin chegá perto. Mais, infim, a vida é isso, quem não gosta de linguiça come xorisso. E assim a gente vai caminhano e de veis in quando discansa sentado na poera ou em alguma cadera. Divirti é bão, dá umas risada fais bem pra arma e pro coração. Inquanto a morte num chega a gente vai pruveitano a vida. Afiná, se reclamá resorvesse arguma coisa, os pobre num reclamava tanto.
(07-01-2021)
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