VIGIANDO A CASA
Quando eu era criança, ou melhor, adolescente, eu vigiava a casa. A gente morava na beira da Rio-Bahia, no Município de Manhuaçu, MG, e eu era incumbido de ficar vigiando a casa. Eu aproveitava para, entre outras coisas, desenhar e escrever. Até hoje tenho rascunhos daquele tempo, ano de 1969. Às vezes saía, dava uma olhada na estrada, no movimento, para ver se vinha alguma pessoa suspeita. Depois entrava em casa fechava tudo e ficava bem quietinho olhando de alguma greta para ver se tinha alguém estranho no terreiro. E às vezes tinha! Por diversas vezes apareceu gente "feia e maltrapilha" e eu ficava olhando do buraco. Ali já nascia o observador, o poeta que até hoje "olha dos buracos da vida", escreve e desenha o amor no ar, numa folha imaginária. (17-05-2017)
Quando eu era criança, ou melhor, adolescente, eu vigiava a casa. A gente morava na beira da Rio-Bahia, no Município de Manhuaçu, MG, e eu era incumbido de ficar vigiando a casa. Eu aproveitava para, entre outras coisas, desenhar e escrever. Até hoje tenho rascunhos daquele tempo, ano de 1969. Às vezes saía, dava uma olhada na estrada, no movimento, para ver se vinha alguma pessoa suspeita. Depois entrava em casa fechava tudo e ficava bem quietinho olhando de alguma greta para ver se tinha alguém estranho no terreiro. E às vezes tinha! Por diversas vezes apareceu gente "feia e maltrapilha" e eu ficava olhando do buraco. Ali já nascia o observador, o poeta que até hoje "olha dos buracos da vida", escreve e desenha o amor no ar, numa folha imaginária. (17-05-2017)
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