ROUPAS NO VARAL
Recolher as roupas no varal antes da chuva, molhar o quintal de manhã antes do sol, olhar a chuva caindo, sentir o sol se abrindo, viver sorrindo. Coisas normais dentro da vida normal. Coisas triviais que realizamos no dia a dia com as quais aprendemos num momento de tristeza ou de alegria. Enfim, viver. Dentro deste bojo está a poesia enfeitando o nosso dia com seu ar quase imperceptível. Mas ela está presente porque a vida não existe sem ela. O vento bate nas roupas e brinca com elas. As roupas reagem, a lavadeira xinga o vento porque ele traz poeira, mas ele sorri porque este é o seu jeito de brincar e se divertir. O poeta observa tudo e consegue escrever um verso e tirar lições de tudo. Afinal, o vento é apenas um amigo brincalhão. Não adianta xingar o vento, pois ele vai embora e depois volta ainda mais forte. É a lei da vida, é a lei da natureza. Agradeçamos a Deus por tudo.
07-10-2013.
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