CHAPÉU

"Meu chapéu que vei da Bahia, da cor da morena, da cor do céu. Não é meu, não é de ninguém, mas é da morena que eu quero bem". Quem nunca cantou isto e nunca brincou de roda, de mãos dadas e rodando e cantando, sorrindo e se divertindo? Pensei no chapéu que veio de Minas na minha cabeça. Eu amava usar um chapéu! Me sentia um misto de boiadeiro e roceiro com uns toques de mineiro, o que realmente eu era e sou. Usava chapéu até dentro de casa porque me sentia bem, me sentia um adulto, embora eu fosse um adolescente que morava no interior de Minas. Naquele tempo também usava boné, ou casquete, contra o sol e para me compor e assim eu me sentia realmente bem melhor. Mas o chapéu era clássico, passava um ar de lord inglês e até de fazendeiro. Tudo era ilusão, mas a gente amava aquilo e curtia muito.
(03-10-2022)

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