INFÂNCIA VIVIDA EM MINAS

Ficar olhando assim sem ver o fim,
sem ver o arco-íris na tarde clara,
sem ver os olhos que me fitaram um dia,
de uma forma rara, de um jeito doce,
sem pedir nada e desejando tudo,
ficar assim meio mudo olhando a distância.
lembrando a infância vivida em Minas
subindo montanhas com fé e sem medo
guardando segredos e abrindo mapas
procurando lugares no fim da tarde,
procurando flores, desejando amores,
tecendo poesia na festa do dia,
no tempo que vai, na tarde que cai
e desce a montanha e para na vargem,
na roça de milho, no grito do filho
buscando a mãe, querendo o pai
na tarde que cai sem ver o arco-íris
molhado de chuva, sonhando assim,
eu fico sem mim, eu fico assim
sem começo, nem fim.
Cícero Alvernaz (autor) 03-09-2018.

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