O MENINO E O CAFÉ
O menino ia apressado levar café para os roceiros, que na roça estavam trabalhando atarefados e já cansados. O menino nem olhava para os lados de tão apressado, não olhava as formigas e não admirava as folhas e as flores, mas caminhava sempre olhando pra frente buscando o seu alvo. Precisava chegar logo, pois o café precisava estar ainda quentinho quando lá chegasse. De repente, porém, encontrou alguém que o fez parar. Era um senhor alto e forte que se interpôs á sua frente e o fez parar. O menino não gostou, mas parou em obediência àquela figura expressiva. O senhor olhou para ele, e sem cerimônia lhe pediu:
- Menino, me dá um pouco deste café!
O menino obedeceu. Pegou uma xícara e o serviu. E quando já ia se despedindo, aquele senhor pediu-lhe novamente:
- Eu quero mais café. Me dá mais um pouco.
O menino não gostou nada da ideia. Já estava atrasado e não podia se atrasar nem chegar "sem café" ou com o café frio. De repente, o menino resolveu falar - e sem pensar falou: "Uai camarada, cê vai tomá o meu café todo?". E rapidamente saiu, nervoso, afinal seu tempo era precioso. Aquele senhor deu uma boa risada e nunca mais se esqueceu daquela cena que até hoje, passados mais de 50 anos, ainda é contada lá no interior de Minas, onde nasci e fui criado. Aquele menino era eu, e aquele senhor era o meu saudoso tio Genésio.
O menino ia apressado levar café para os roceiros, que na roça estavam trabalhando atarefados e já cansados. O menino nem olhava para os lados de tão apressado, não olhava as formigas e não admirava as folhas e as flores, mas caminhava sempre olhando pra frente buscando o seu alvo. Precisava chegar logo, pois o café precisava estar ainda quentinho quando lá chegasse. De repente, porém, encontrou alguém que o fez parar. Era um senhor alto e forte que se interpôs á sua frente e o fez parar. O menino não gostou, mas parou em obediência àquela figura expressiva. O senhor olhou para ele, e sem cerimônia lhe pediu:
- Menino, me dá um pouco deste café!
O menino obedeceu. Pegou uma xícara e o serviu. E quando já ia se despedindo, aquele senhor pediu-lhe novamente:
- Eu quero mais café. Me dá mais um pouco.
O menino não gostou nada da ideia. Já estava atrasado e não podia se atrasar nem chegar "sem café" ou com o café frio. De repente, o menino resolveu falar - e sem pensar falou: "Uai camarada, cê vai tomá o meu café todo?". E rapidamente saiu, nervoso, afinal seu tempo era precioso. Aquele senhor deu uma boa risada e nunca mais se esqueceu daquela cena que até hoje, passados mais de 50 anos, ainda é contada lá no interior de Minas, onde nasci e fui criado. Aquele menino era eu, e aquele senhor era o meu saudoso tio Genésio.
Cícero Alvernaz (autor), 16-03-2014.
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