O POETA TAMBÉM MORRE
O poeta vai morrer como qualquer pessoa, mas ficará a sua herança espalhada em toda parte como sinal de que ele viveu e muito escreveu. O poeta se vai como a água que escorre e cai formando um rego que desce vencendo os obstáculos passando por cima dos dejetos, lixos e entulhos. A vida e a morte são duas mãos de direção que se encontram numa bifurcação e tomam cada uma o seu caminho e o seu destino final. Morrer é descansar, viver é se cansar, se fatigar, plantar e nem sempre colher. O que seria da vida se não houvesse a morte? Se não houvesse a morte o mundo não caberia os seres viventes com, talvez, milhares de anos de vida. E o poeta está inserido nesse contexto, a diferença é que ele vai deixar uma herança de versos, rimas, lições de vida que representam um grande aprendizado para toda a posteridade. (31-01-2020)

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