MARÇO
Março de chuva,
estou sem luva,
sem lenço,
mas com documento,
quase molhado
pela chuva
que passa do meu lado
formando uma rima
em cima
do meu corpo já fragilizado.
Março de chuva,
estou sem luva,
sem lenço,
mas com documento,
quase molhado
pela chuva
que passa do meu lado
formando uma rima
em cima
do meu corpo já fragilizado.
Março de água
pingando mágoa
em mim deságua
em forma de pranto,
de acalanto
na minha tarde chuvosa,
tão dadivosa
que pinga e respinga
na aba do meu chapéu,
chuva que vem direta do céu.
pingando mágoa
em mim deságua
em forma de pranto,
de acalanto
na minha tarde chuvosa,
tão dadivosa
que pinga e respinga
na aba do meu chapéu,
chuva que vem direta do céu.
Cícero Alvernaz (autor)
02-03-2018
02-03-2018
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