MENINO LEITOR, FUTURO ESCRITOR
Quando eu era criança pequena lá no interior de Minas
eu queria ler e não tinha nada para ler.
Ou melhor, só tinha os livros da escola, que eu já tinha lido e relido
e a Bíblia, que eu lia diariamente.
Mas eu queria ler coisas diferentes,
aventuras, piadas, poesias, alguma coisa nova.
Não tinha nem jornal para ler e nem bula de remédio.
Mas eu queria ler mais, além dos itens citados.
Ler o que?
Eu lia o que aparecia: placa de carro, propaganda,
lata de gordura ou de farinha, lata de querosene jacaré, qualquer coisa.
Às vezes acontecia de meu pai comprar sabão em pedaços
e vinha embrulhado num papel de jornal.
Assim que chegava eu desembrulhava e ia ler,
mas acontecia que antes de terminar a notícia ou a história o papel acabava.
A frustração era indescritível.
Hoje, eu não só leio a vontade como também escrevo e,
felizmente, tem muita gente que me lê.
Cícero Alvernaz (autor) 21-01-2016
Quando eu era criança pequena lá no interior de Minas
eu queria ler e não tinha nada para ler.
Ou melhor, só tinha os livros da escola, que eu já tinha lido e relido
e a Bíblia, que eu lia diariamente.
Mas eu queria ler coisas diferentes,
aventuras, piadas, poesias, alguma coisa nova.
Não tinha nem jornal para ler e nem bula de remédio.
Mas eu queria ler mais, além dos itens citados.
Ler o que?
Eu lia o que aparecia: placa de carro, propaganda,
lata de gordura ou de farinha, lata de querosene jacaré, qualquer coisa.
Às vezes acontecia de meu pai comprar sabão em pedaços
e vinha embrulhado num papel de jornal.
Assim que chegava eu desembrulhava e ia ler,
mas acontecia que antes de terminar a notícia ou a história o papel acabava.
A frustração era indescritível.
Hoje, eu não só leio a vontade como também escrevo e,
felizmente, tem muita gente que me lê.
Cícero Alvernaz (autor) 21-01-2016
Comentários