ESQUIVO
Quem muito se apequena
sai de cena, se envenena.
Quem fica muito escondido
fica invisível, perdido,
fica intangível, sumido,
fica estranho, fica esquivo,
e não pode ser achado.

Quem muito se apequena,
vira espuma, vira pena,
e passa pro outro lado.
Quem muito se apequena
na verdade não existe,
fica escondido, sozinho,
como um pássaro em seu ninho.

É preciso aparecer
e falar, também crescer,
é preciso se enturmar.
Pois quem muito se apequena
pode sumir feito pena
e não pode reclamar.

Cícero Alvernaz (autor) 21-01-2016

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL