CAMINHO
Descobri o caminho
e por ele segui sozinho
como folha no deserto.
Nenhum olhar me viu,
ninguém me seguiu
nem de longe, nem de perto.
Me encontrei no caminho
e triste me vi sozinho
como um barco em alto mar.
O silêncio me cobriu,
nenhuma folha caiu,
não tive com quem conversar.
Segui por esse caminho
sem ouvir um passarinho,
como um louco a vagar.
A solidão era imensa,
não vi nenhuma presença
que pudesse me acalmar.
Como é triste esse caminho!
Mas é bom andar sozinho
e amar a solidão.
Olhando a infinda distância
pude voltar à infância
e dar chance ao coração.
Cícero Alvernaz (autor), 08-07-2003.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL

PASSARINHO MORTO