QUANDO EU LEIO DRUMMOND
Quando eu leio Drummond
salta de mim um dom, uma vontade de escrever
e depois me ler como leio Drummond.
Me ver e me rever com a mesma vontade,
a mesma forma, o mesmo desejo
de fazer poesia, mas Drummond é um só,
tão mineiro quanto eu, mestre dos versos diversos,
das cantigas de roda que se canta sozinho,
da pedra no meio do caminho,
do caminhar sozinho entre espinhos,
transformando-os em versos
que vão ficando pela estrada.
Quando leio Drummond eu sinto algo bom,
eu sinto que a vida é uma ilha encantada.
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