SE DEUS ME PERMITIR, EU QUERO VOLTAR DE NOVO
Fui muitas vezes a Manhuaçu, mas a emoção era sempre a mesma, era como se fosse a primeira vez. Parecia uma rotina cansativa, mas não era. As mesmas ruas tortas, os mesmos rostos na calçada, a espera era a mesma e até o brilho nos olhos era o mesmo. Mas para mim era como se fosse a primeira vez. Eu olhava tudo de soslaio meio atrapalhado pela emoção e pela curiosidade. Mas eu já conhecia tudo, sabia de cor os nomes das ruas e conhecia todas as suas esquinas. Porém a grande diferença é que eu estava em Manhuaçu e, portanto, era como se fosse a primeira vez. Aqueles lugares me eram muito familiares, até as vendinhas, as casas velhas, as ruas calçadas de pedras irregulares nas quais eu poderia tropeçar e até me machucar. A emoção fluía no meu olhar atento e curioso. Na entrada tem a rua Antônio Wellerson, rua comprida onde fica o estádio bem na beira do rio. Depois eu chego na praça e continua a minha saga rumo a felicidade. Muitas vezes fui a Manhuaçu. Se Deus me permitir, eu quero voltar de novo.
(23-08-2021)
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