DE REPENTE
De repente eu descobri
que tenho tudo,
mas não tendo nada.
De repente eu perdi
o rumo da vida,
o sentido da estrada.
De repente eu me vi
sem saber
numa grande encruzilhada.
De repente eu percebi
que esta vida
vale tudo e não vale nada.
De repente eu olhei,
mas não vi
porque não tinha nada.
De repente eu caí,
mas depois levantei
com a mão machucada.
De repente dormi e sonhei
e depois acordei
sem lembrar de mais nada.
De repente me vejo assim:
escrevendo esses versos
sem rima, sem nada.
Cícero Alvernaz, autor.
21-08-2019.

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